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Direto da E3: Impressões de “Super Mario”, “Mario Kart”, “Luigi’s Mansion 2” e outros (3DS)

Pedro Fernandes, enviado especial a Los Angeles – Depois de enfrentar uma fila suportável, tive a oportunidade de jogar alguns games do Nintendo 3DS, incluindo “Super Mario” e “Mario Kart“. Leia a seguir as impressões dele:

Super Mario: Controle e jogabilidade muito parecido com a de “Mario Galaxy“. A função 3D é bastante sólida e utilizada com criatividade. Com o 3D habilitado você consegue notar uma profundidade que o permite  visualizar partes do cenário que não são facilmente acessadas em 2D, por exemplo passagens escondidas atrás de blocos. Como em “Super Mario 3“, a folhinha o transforma em raposa e, com ela você ataca os inimigos com a cauda.

Não consegui voar como em “Super Mario 3”, mas possivelmente essa é uma função que ainda será implementada. O item que você está segurando aparece grande na tela de toque, e quando quer utilizá-lo basta tocar nele. Ao que parece você poderá segurar vários itens ao mesmo tempo, há uma seta na tela de toque indicando a possibilidade de mudar de página. As possibilidades para o uso do 3D em uma aventura de Mario são inúmeras e a equipe por trás do desenvolvimento são figurinhas carimbadas nessa área. Podemos aguardar muitas surpresas por vir.

Mario Kart: De início pude escolher praticamente todos os personagens principais da série. Ao começar a corrida utilizei o turbo com o mesmo timing das versões de DS e Wii. Funcionou! Me senti em casa, já que “Mario Kart” é um dos jogos que mais joguei ao longo dos anos.

A mecânica em geral é bem parecida com a do Wii, gráficos semelhantes (não levem em consideração o visual tão serrilhado que apareceu no vídeo da conferencia, na tela menor tudo parece mais bonito). Todas as funções do Wii estão presentes, pulo com drift no botão R, item no L. Não vi nenhum item novo aparecendo.

As novidades aqui ficam por conta da customização do carro e os “itens acessórios”, que no caso a única opção era uma asa delta que o permite planar durante pulos altos específicos. A customização do carro ainda pareceu bastante limitada, com opções de trocar apenas a carenagem e rodas. Por último, quando planando há a opção de controlar o carro com o giroscópio movendo o aparelho para os lados, mas girar o aparelho atrapalha a visão do jogo em modo 3D, esse parece ser um problema comum em todos os jogos que joguei até agora. “Mario Kart” do 3DS não deve reinventar a roda, mas com certeza vai impulsionar as fracas vendas do portátil até então.

Luigi’s Mansion 2: Esse foi uma surpresa para a grande maioria dos presentes na conferência. Para os mais atentos, antes de iniciar a apresentação, nos telões ficaram rodando várias perguntas estilo trivia sobre franquias da Nintendo e uma delas era “Luigi’s Mansion”, ao que tudo indicava todas aquelas perguntas eram dicas do que estava por vir.

O jogo não é um remake e, segundo Reggie Fils-Aime o jogo terá varias mansões. O desenvolvimento desse jogo é uma escolha corajosa, uma vez que o primeiro não vendeu lá essas coisas. A jogabilidade e visuais estão bem parecidos com o anterior, onde Luigi tem que espantar e capturar os fantasmas da mansão mal assombrada.

Com o botão A Luigi espanta o fantasma e enquanto ele esta em choque, com o botão R você suga o inimigo. Enquanto segura o botão para aspirar o fantasma, você pode controlar a direção movendo o 3DS para os lados e, como em todos os jogos do portátil que utilizam essa função, isso atrapalha a visão em 3D, tudo fica borrado e difícil de acompanhar.

O clima do jogo é ao mesmo tempo sombrio e engraçado, com o personagem se borrando de medo o tempo todo. Achei a ação um pouco lenta, não há um botão para correr ou andar mais rápido. Ainda não há muito o que avaliar em “Luigi’s Mansion 2“, vamos esperar estágios mais avançados de produção.

Zelda Ocarina of Time 3D: Foi possível jogar parte da primeira parte de “Zelda: Ocarina of Time 3D”, e a sensação de ver esse jogo refeito é incrível. O jogo roda com uma fluidez invejável e os controles são intuitivos e parece que nunca envelheceram.

Dos jogos que vi até então é o que a função 3D dá a maior sensação de profundidade, porém infelizmente, ele sofre do mesmo problema de todos os jogos do 3DS: existem funções onde você controla a visão ou mira do personagem com o giroscópio do aparelho (movendo o 3DS para os lados) e quando você o tira um pouquinho do seu campo de visão, a função 3D fica prejudicada.

Não é um problema do jogo em si, mas uma limitação do aparelho. Espero que seja possível melhorar o ângulo de visão em 3D em futuras versões. Zelda é clássico e não vou entrar em detalhes do jogo. Será o primeiro título de grande peso a ser lançado para o 3DS e estará nas lojas já na semana que vem. Como eu queria estar aqui em Los Angeles ainda para levar alguns para casa (muambeiro feelings)…

Star Fox 64 3D: não tive a oportunidade de jogar o original no N64, então escrevo sem preconceitos. O jogo roda fluido e com ação ininterrupta. Não consegui calibrar o 3D muito bem nele, ao contrário de todos os outros demos que joguei.

Talvez Star Fox seja o título do 3DS que vai mais sofrer com o limitado ângulo de visão do aparelho. Uma das grandes sacadas do jogo é controlar a nave girando o portátil, só que, como disse nos outros hands-on, a visão em 3D fica prejudicada com essa movimentação. Ou seja, você escolhe: ou joga com visão em 3D e controles tradicionais, ou joga em 2D com os controles de movimento (eu fico com a visão em 3D e jogabilidade tradicional, obrigado).

E é isso, mais um remake de um clássico adaptado para o 3DS.

Sammy Anderson

Fundador do GameHall e produtor do programa Versus.

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