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FIFA 17

Pouco tempo depois que “PES 17” foi lançado no mercado no mês de setembro, o seu principal rival “FIFA 17” também já se encontra disponível para os atuais, e antigos, consoles de videogames – nossa análise é válida para as versões mais modernas.

Entre as principais novidades de peso para garantir a preferência dos fãs da arte do futebol virtual, a EA Sports trouxe incríveis visuais em tempo real rodados no motor gráfico Frostbite (o primeiro da franquia a usá-lo e o mesmo da série Battlefield) e a introdução de um elemento óbvio que ainda não havia sido usado: um modo história chamado “A Jornada“.

A narrativa gira em torno de um jovem e promissor atleta inglês, de origem humilde e que inicia sua carreira nos escalões mais baixos e vai melhorando de vida, alcançando novas e melhores equipes. E assim como na vida real, a envolvente história desse futebolista é apresentada com muito drama, sacrifícios e superação para alcançar o status de ser um verdadeiro campeão.

No meio dessa jornada (limitada à Premier League inglesa), além de evoluir suas habilidades, o jogador pode fazer escolhas que vão influenciar certas decisões e o futuro do seu atleta, como em jogos de RPG (puxar o saco do treinador pode garantir aquela vaga desejada no jogo e o contrário te deixar esquentando o banco dos reservas), o que é algo bem interessante. Uma coisa é certa, se você já assistiu e gostou do anime “Super Campeões“, certamente vai gostar do modo história de “FIFA 17”, que consegue conquistar e envolver quem está por trás do controle, apesar de ser meio curta e linear.

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Mas é claro, em se tratando de um jogo de futebol, você provavelmente deve estar mais interessado em saber da sua jogabilidade e mecânicas, a “alma do negócio“. Além do visual, o novo motor gráfico também trouxe melhorias na física das partidas, permitindo atuações mais realistas dos atletas em campo, assim como o próprio gramado, estádios e torcidas que foram aperfeiçoados para aumentar o clima de um jogo de futebol de verdade.

Temos jogadores bem mais fluídos e naturais dentro das arenas, sem aquelas “entrucadas” de edições anteriores, oferecendo uma experiência mais divertida e menos trabalhosa, seguindo a fórmula pela qual era mais conhecida do concorrente.

A Inteligência Artificial também recebeu melhorias visíveis, com os jogadores que não estão sendo controlados atuando de forma mais competente, com melhor posicionamento e cobertura, preenchendo bem os espaços vazios do campo. As tabelas e jogadas ensaiadas também marcam presença para aqueles que gostam de mostrar suas habilidades no domínio da redonda, apresentando um futebol bonito na tela da TV.

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Claro, a jogabilidade não está 100% perfeita, há momentos que falhas acontecem, sejam aquelas furadas da defesa, jogadores do mesmo time tropeçando um no outro, goleiros perdendo a bola para atacantes, entre outras situações inusitadas. No entanto, elas acontecem bem menos do que nas edições anteriores.

Quanto ao polêmico “handicap“, suposto recurso (nunca confirmado pela EA) utilizado para equilibrar uma partida entre dois jogadores com níveis bem diferentes, o que resultava em coisas bizarras como gols de um zé ninguém do meio de campo aos 45/90 minutos, não podemos afirmar se ele está presente ou não aqui.

Porém, em nossos testes, tivemos partidas online bem equilibradas e sem situações injustas como a citada acima – mas isso não significa que elas não estejam lá, podendo aparecer em um determinado número X de jogatina/horas ou de vitórias em sequência. O que pudemos notar, é que um time que está perdendo parece ter um fôlego maior daquele que está ganhando, mas nada que extrapole os limites ou permita “super-homens” dentro de campo.

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Além do modo campanha, o jogo também conta com os tradicionais Modo Carreira (com gerenciamento total do clube) e o Ultimate Team (na construção do seu time perfeito e com direito a microtransações para quem não tem paciência de acumular o dinheiro virtual) e pela primeira vez as Ligas Japonesas oficiais da J1 League e a J.League Cup.

O Brasileirão também está presente com os principais times brasileiros (exceto Corinthians e Flamengo, que assinaram um acordo de exclusividade com a Konami para aparecer em PES 17), além da adição de 5 clubes da Série B (Avaí, Criciúma, Goiás, Joinville e Vasco da Gama) que ficarão no “Resto do Mundo”. No entanto, apesar de contar com 23 times brasileiros, todos os atletas são compostos por personagens aleatórios, em nome e aparência, o que pode desapontar muita gente – mas vários jogadores brasileiros aparecem representados em outros times do mundo e no Ultimate Team.

Para quem gosta do futebol feminino, o jogo apresenta 14 times que apresentam física e sistemas de jogo diferentes das equipes masculinas, representando muito bem a mulherada para feminista nenhuma botar defeito. O jogo ainda conta com 80 estádios virtuais, sendo que 50 são licenciados e 30 genéricos, e a licença dos principais clubes europeus, como Manchester United, Manchester City, Real Madrid e Bayerne de Munique, que também possuem os seus seguidores brasileiros – ao todo são mais de 30 ligas e mais de 650 times de todo o mundo presentes em FIFA 17.

Por fim, o jogo conta com o retorno da narração de Tiago Leifert e Caio Ribeiro no áudio, dupla que divide opiniões dos fãs (pessoalmente, prefiro a narração do Miltão Leite no rival, mas isso é questão de gosto).

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Márcio Pacheco

Márcio Alexsandro Pacheco - Jornalista de games, cultura pop e nerdices em geral. Me add nas redes sociais (links abaixo):

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