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Fighting Pad – Hori Fighting Commander 4 – Uma boa opção para jogos de luta!

Uma das barreiras que qualquer jogador pode enfrentar ao se decidir a ir além do casual em um fighting game é o próprio controle.

Mesmo que não seja estritamente necessário comprar um equipamento próprio para treinar e jogar com afinco seu jogo de luta favorito, é inegável que a grande maioria dos pró-players preferem se utilizar de um Arcade Stick.

Ao contrário do que possa parecer, Arcade Sticks verdadeiramente bons são caros e é necessário compreender as intrínsecas diferenças entre cada tipo de peça que compõe o controle para que o mesmo não o atrapalhe ao longo das jogatinas.

Ademais é necessário prática e dedicação para se adaptar ao novo modo de se jogar, o que pode levar um considerável período de tempo e ser frustrante para alguns jogadores.

Mesmo passando pelas “barreiras” acima mencionadas é possível que o jogador simplesmente não se adapte ao novo método. Isso pode ocorrer, na maioria dos casos, devido ao stick. Após uma vida inteira jogando tudo que é jogo no pad (“cruzinha” digital), a memória mecânica do jogador pode jamais de adaptar ao stick.

Imagine gastar o valor de um console em um Arcade Stick para descobrir que ele não lhe atende.

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Mas o que fazer caso o controle do seu console seja decididamente um limitador da sua evolução em fighting games, mas você não se disponha do valor necessário para a compra de um bom Arcade Stick ou mesmo não tenha se adaptado a um?

Felizmente existe uma alternativa muito válida para tal questão: os Fighting Pads.

Fighting Pad, em suma, é um controle que une a praticidade de seis botões frontais com o pad para controle da movimentação do personagem. Dentre as opções se destaca o Fighting Commander 4, da Hori.

Apesar de parecer possuir um design estranho, na verdade é anatômico. Ele possibilita o acesso do pad com o dedão da mão esquerda e dos seis botões frontais com os dedos indicador, anelar e médio da mão direita.

Apesar de os triggers da direita (R1 e R2) estarem na parte frontal, o controle possui todos os triggers em suas localizações regulares. Ou seja, no momento do mapeamento de botões é possível se utilizar também naturalmente de L1 e L2 com a mão esquerda, uma vez que a empunhadura do controle para essa mão permite acesso a esses botões tranquilamente.

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Por intermédio de uma chave é possível ganhar dois botões extras. Como os botões R1 e R2 já estão na parte frontal do controle é possível fazer com que esses botões na posição de triggers se transformem nos R3 e L3. Caso você seja um jogador que goste de mapear botões de atalhos para várias situações distintas ao longo da luta, essa é sua solução.

Importante dizer que os botões de trigger nesse controle não possuem diferenciação de pressão, sendo botões simples como os outros.

O controle também possui função de turbo para cada um dos botões. Não vejo nenhuma aplicação prática em um jogo de luta para isso, mas a opção lá está.

O pad possui a construção perfeita para não atrapalhar nenhuma execução de comandos específicos. Além disso pode ser inclinado totalmente em até 20 graus, se adequando melhor às necessidades de cada jogador.

É possível configurar também o ângulo das diagonais, para maior conforto do jogador na aplicação de movimentos que demandem da utilização de comandos como o famoso “meia lua” e afins. Basta aumentar ou diminuir o nível de angulação das diagonais e verificar qual configuração se adequa melhor a seu estilo de jogo. Simples e funcional.

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O controle não é sem fio, o que no universo dos controles profissionais não somente é normal, mas um pré-requisito. Dessa forma garante-se um input delay nulo e elimina-se a possibilidade de problemas de bateria se findando no meio de uma competição e afins.

O cabo do controle é de qualidade e possui três metros de comprimento, o que é um tamanho mais do que suficiente.  O encaixe é o bom e velho USB.

Talvez o único “problema” de ordem técnica do Fighting Commander 4 é que ele não funciona nativamente no Xbox One e no Xbox 360. Ele é um controle construído para ser utilizado somente no Playstation 3 e Playstation 4, apesar de funcionar também no PC.

Devido a isso, os botões Options e Share estão presentes no controle, bem como o que dá acesso à interface do console.

Uma chave de seleção PS3 / PS4 garante a utilização do controle em ambos os consoles. Ela é necessária pois o produto possui dois drivers diferentes para conexão e funcionamento em cada um dos videogames. No caso do PC, essa chave é desnecessária.

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Por fim, o controle possui uma chave para discriminar o que o pad deve assumir enquanto função. É possível selecionar que o pad do controle faça as vezes do pad do Dual Shock ou de um dos analógicos.

Essa função é pouco utilizada uma vez que o controle é obviamente focado em jogos de luta, mas a opção lá está para quem quiser tentar jogar outros tipos de jogos.

Importante citar um fator que pode determinar que você dê uma chance a um Fighting Pad: o preço.

Ao contrário de bons Arcade Sticks que custam caro, um Fighting Pad possui valores acessíveis. No caso do Fighting Commander 4 é possível encontra-lo por algo entre R$160,00 e R$200,00. Esse valor é basicamente o que se gastaria na compra de um Dual Shock 4.

Convenhamos, um controle profissional para um estilo de jogo em específico por um valor tão atrativo é algo muito incomum no mundo dos videogames.

Caso você deseje um Fighting Pad para os consoles da Microsoft, a MadCatz possui uma boa opção. Ele não dispõe das mesmas customizações, da mesma qualidade do pad e da mesma estrutura anatômica do Fighting Commander 4, mas é um controle bem funcional para jogos de luta e é mais barato que a opção da Hori.

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Ainda com relação a valores é importante considerar que ao contrário do que acontece com os Arcade Sticks, não se encontram peças de reposição facilmente no mercado. Dessa forma, no caso de um Fighting Pad apresentar algum problema que demande troca de peças para reparo, pode ser necessária a compra de um novo controle.

Antes de encerrar, gostaria de deixar claro que esse texto não possui nenhuma direta relação com a Hori, apesar da clara indicação do controle da mesma.

A motivação desse texto veio de uma experiência pessoal antiga. Sou um jogador que já possuiu um Arcade Stick de qualidade no período áureo de Street Fighter IV, não me adaptei e encontrei em um Fighting Pad meu porto seguro.

Ademais, no período em que comprei o meu Fighting Commander 3, não era tão fácil ou barato conseguir um controle desse por aqui. Hoje é muito mais fácil e acessível encontrar um Fighting Pad a pronta entrega. Assim sendo, acho que é importante difundir essa opção para os brigões virtuais que não se interessam momentaneamente por um Arcade Stick e / ou que não se sentem muito confortáveis jogando esse estilo de jogo usando controles convencionais.

FIghting game é um estilo de jogo muito difícil de verdadeiramente dominar, então o quão mais confortável o jogador estiver ao longo dos treinos, melhor. Mas isso é assunto para um outro momento.

Eduardo Farnezi

De volta como contribuidor freelancer do site GameHall, um dos fundadores do não mais existente blog Canto Gamer, fundador do blog Gamerniaco e ainda atuante nos projetos do grupo Game Champz e Agência Joystick. Gamer por paixão, cinéfilo por vocação, leitor de mangás e HQs por criação e nerd pela somatória dos fatores. Acredita que os únicos possíveis cenários de apocalipse são Zumbis e Skynet e não sai para noitadas por medo do que Segata Sanshiro pode fazer se encontrá-lo.

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