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Final Fantasy V pode não ser o melhor tecnicamente, mas é o favorito de muitos! | Opinião

Pelo menos é o meu!

Qual o seu Final Fantasy favorito? O IX? De fato, é um excelente jogo (e um dos meus favoritos!); o VII com sua história fantástica? O VI devido ao vilão Kefka que é um dos mais bem desenvolvidos dos RPGs antigos? Pois para este que vos escreve, o mais legal a nível de envolvimento é o “Final Fantasy V” do Super Famicom.

Avaliar um game é sempre um desafio, pois se formos falar puramente no nível técnico, o Final Fantasy VI do Super Nintendo é muito melhor que o V: tem gráficos melhores, uma trilha sonora mais bem produzida, mais personagens, mais summons, uma história mais bem desenvolvida e mais “tudo”. Só que por algum motivo, o V foi mais marcante para mim.

Creio que o envolvimento do game se dá principalmente pelo carisma dos personagens, que inclui em seu núcleo um homem idoso que tem idade para ser avô (Galuf), algo raro no mundo dos games, e também um personagem que muitos argumentam ser um transgênero (Faris), que detesta usar roupas femininas e não quer ser tratada diferente dos outros homens.

O sistema de customização de personagens é outro ponto que chama muito atenção, com uma riqueza ímpar em que você pode fazer o que quiser com cada um deles, com direito a roupas singulares para cada uma das profissões. Algo semelhante veio a ocorrer no Final Fantasy Tactics, que “bebe” muito dessa fonte.

Final Fantasy V pode não ser o melhor tecnicamente, mas é o favorito de muitos! | Opinião
Reprodução

A longevidade ao mesmo tempo que a aventura “flui” muito bem é outro ponto que chama a atenção, já que em nenhum momento você se sente entediado e, mesmo nos momentos que você treina os personagens para avançar de nível, você tem prazer em fazer isso. Algumas cenas ao longo do jogo são de “suar pelos olhos”, e algumas reviravoltas ao longo do enredo também.

Muitos argumentam que o vilão X-Death (ou Exdeath) é genérico, sendo apenas um ser malvado que quer dominar o mundo, o que talvez seja real, mas para a gente se envolver não necessariamente todos os pontos precisam ser bem desenvolvidos. Fora que a trilha sonora também é outro ponto de destaque, combinando com as cenas. Some tudo isso a uma aventura bem longeva para os padrões do SNES (são três mundos inteiros!), e temos mais um clássico.

Em suma, o game flui muito bem: tem uma história muito legal, uma progressão boa, dificuldade na “medida certa” e ele simplesmente é um bom jogo. Quem não tem preconceitos com gráficos datados e gosta de acompanhar uma boa história e um alto nível de customização, definitivamente deve testá-lo. Capaz de se envolver tanto quanto o autor deste texto. Ah, mas pegue a versão de Super Famicom mesmo! A da Steam também é boa e conta com uma tradução para o português, mas particularmente prefiro os gráficos em pixels mesmo. Talvez, eu esteja ficando velho.

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