Análises

Final Fantasy VIII

Depois do lançamento de “Final Fantasy VII, que foi um sucesso absoluto em todo o mundo, agradando a antigos fãs da série e conquistando novos jogadores pelo seu estilo inovador, seria difícil imaginar que a Square conseguisse se superar desta vez. “Final Fantasy VIII” foi um game muito aguardado pelos fãs, e dois anos depois do lançamento do FFVII, o novo episódio da saga onipotente da Square chegaria ao PlayStation em seu oitavo capítulo, e assim como os seus predecessores o game cumpriria com todas as expectativas (ou pelos menos quase todas) provando que a Square era sim capaz de recriar o maior clássico dos RPGs de todos os tempos.

Assim como todos os outros, Final Fantasy VIII ficou conhecido pelo seu espetacular enredo (apesar de eu, pessoalmente, preferir os enredos de FFVI e VII). Assim como era em FFVI, em que o tema principal do enredo era “a conseqüência de brincar com as forças desconhecidas” e com a “proteção da vida” do famoso FFVII, o oitavo game também tem um tema central. Muitos dizem ser o mais forte dos sentimentos humanos e que sempre esteve presente na história da humanidade: o poder do AMOR!

Sim, FFVIII tem como tema o amor. Parece meloso e piegas, não é? Mas não se preocupe, pois está longe de ser uma novela mexicana. Você irá presenciar a mais emocionante história de amor do mundo dos games. Mas não espere encontrar apenas esse fator como um dos atrativos do game. FFVIII trouxe muitas inovações se comparado com o jogo anterior, e com certeza a maior diferença notável é na parte gráfica, que estão muito mais trabalhadas e algumas mudanças no sistema de menu. Outra grande diferença que deu o que falar foi com o design dos personagens, que agora não era mais SD e sim, pela primeira vez, com uma aparência mais realista, quebrando uma das tradições da saga.

 

A Históriaff8-02.gif ff8-01.gif

Já no inicio nós podemos conferir uma abertura em CG arrasa quarteirão. Em algum lugar em um vasto campo de flores, uma garota de esplêndida formosura visual e cheia de mistérios guardados no fundo de seu coração espera ansiosamente pela pessoa que mudará o rumo de sua vida, uma pessoa que está tão distante quanto uma barreira que separa as almas de dois corações apaixonados.

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Enquanto isso dois homens se enfrentam em uma ardorosa batalha, batendo espada contra espada em um show de extremas habilidades de combate. Um deles, o loiro que veste um sobretudo cinza, estampa em seu rosto um sorriso sádico e um olhar de arrogância para o seu adversário. O outro todo de preto, com olhos azuis profundos e frios e cara de “Tom Cruise”, demonstra seu total desprezo.

Seifer e Squall respectivamente, dois alunos da Garden de Balamb, estão em uma aparente sessão de treinos rotineira. Mas podemos perceber pela intensidade da luta com as suas armas, as Gunblades, que não é apenas isso, temos aqui uma grande rivalidade entre eles, um combate pessoal de egos, uma oportunidade de decidir quem é o melhor.

O combate segue em um ritmo alucinante, mesclando técnicas de ataque e defesa entre os dois jovens. Seifer usa de sua arrogância para provocar Squall, visando tirar seu autocontrole. Aproveitando uma oportunidade, Squall parte para cima de Seifer para atacá-lo, mas ele não contava com a sordidez de seu rival, que utiliza uma técnica de magia no combate para derrubar Squall, coisa que é extremamente proibida nos treinos de combate.

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Caído no chão e ainda meio atordoado, Squall prepara-se para levantar, quando Seifer, impiedosamente, golpeia o rosto de seu rival enquanto ainda está de joelhos. E no momento que a lâmina afiada de sua Gunblade marca o rosto de Squall, Seifer puxa o gatilho para que o ferimento seja mais profundo. O sangue de sua cicatriz escorre pelo seu rosto e o ódio toma conta de todo o seu corpo, esquecendo todo o resto e tendo apenas a visão de Seifer em sua frente. Com o seu ódio incontrolável, Squall descarrega toda a sua cólera em um movimento simples, porém rápido da sua Gunblade acertando o rosto de Seifer e também o deixando marcado. As cicatrizes que os dois guerreiros fizeram um ao outro podem ter um significado mais profundo em seu destino do que eles podem imaginar…

veja a introdução do game

Squall é o personagem principal deste game, um estudante das escolas Garden e que entrará em sua tropa de elite, a SeeD, que visa, entre outras coisas, treinar os cadetes com habilidades de guerra muito superiores a de formandos normais, como a arte do combate armado, desarmado, o uso de magia e estratégias militares. As Gardens, além de serem escolas militares privadas, são mercenárias, ou seja, se alguém precisar de seus serviços, terá que pagar. No total existem três Gardens: A de Balamb, a qual Squall e Seifer pertencem, a de Trabia e a de Gabaldia, que é a maior de todas.

O país de Gabaldia está  em guerra. Em meio a tudo isso, Squall ingressa na SeeD e juntamente com alguns outros companheiros recebem a missão de ajudar os Forest Owls (organização anti-Gabaldia) a libertar Timber de Gabaldia. Durante o processo muito se descobre sobre o Presidente e a sua perigosa aliada, a Feiticeira Edea, a vilã do jogo, que está por trás de tudo o que acontece no game. Falando em Feiticeiras, elas são extremamente odiadas e pouquíssimas existem hoje em dia. Tudo por causa de uma Feiticeira chamada Adel, que tempos atrás governou de forma tirânica o país e continente de Esthar.

Dizem as lendas que uma poderosa Feiticeira conhecida como “A Grande Hyne” criou os humanos, porém sem a capacidade de fazer mágica. Para tal, era necessário que esse dom passasse de Feiticeira para outra, através de um processo de transferência de poder. Alguns poucos humanos tinham a capacidade de receber esse dom. Através dos tempos o mundo foi controlado pelas Feiticeiras “descendentes” de Hyne, até chegarmos na tirânica Adel.

Adel foi aprisionada em uma estação espacial em estado de hibernação onde ela não poderia manifestar seus terríveis poderes, e assim sendo, isolada onde estava, ela não poderia escolher uma pessoa como nova descendente e receber seus poderes.

Esse é apenas o começo, assim como os jogos anteriores, muitos personagens irão aparecer e a trama seguirá para diversos caminhos até a sua conclusão contra Ultimecia, a Feiticeira megalomaníaca que quer controlar o tempo (dãã?!). Não espere encontrar aqui um enredo intrincado e desenvolvido como o de Final Fantasy VII, mas certamente o enredo de FFVIII irá agradar ao público em geral (a não ser que você odeie histórias de amor).

Os Personagens ff8-05.gifff8-11.gif

Squall Leonhart: O que falar de Squall… um cara com uma personalidade extremamente fechada e clone do Tom Cruise. Muito pouco se sabe sobre o seu passado, motivações e preferências pessoais. Pra ajudar, ele não gosta de falar desses assuntos. Aliás, ele não gosta de falar sobre nada, seja de si mesmo ou de assuntos alheios. É, ele é bem xaropão mesmo, mas é um excelente e habilidoso cadete da SeeD. Ele é frio, calculista, abomina pessoas curiosas e indiscretas. Um lobo solitário, que prefere ficar só, pouco sociável e por vezes até insensível e grosseiro. Usa como arma a Gunblade, uma peculiar arma que mistura revolver e espada. É um líder nato e tem como hábito analisar a maneira de agir e pensar das outras pessoas. Porém, sua personalidade inexpressiva e outros elementos irão mudar durante o decorrer do jogo, principalmente por causa da chegada de uma jovem de cabelos negros e uma mecha dourada.

Rinoa Heartilly: É a gata do game, uma linda japa de longos cabelos negros e uma mecha colorida é a única que tem paciência de lidar com Squall e vive dando em cima do cara, mas falta atitude no “boiolão” para pegar a gata e fica num chove não molha interminável. Ela é praticamente tudo o que o Squall não é: alegre, gentil, cheia de energia, paixão e possui uma personalidade marcante. Incrivelmente bela e enigmática, ela faz parte da organização Forest Owls, que pede auxilio à Garden de Balamb, gerando um reencontro inesperado com o Squall (o primeiro encontro entre eles foi num baile de premiação da SeeD). Ela possui uma fiel companheira, uma cadela a qual ela chama de Ângelo (sim, no masculino). Ainda possui um passado misterioso com Seifer. Ela consegue encantar a todos a sua volta e sempre fala o que pensa. Todavia existem muitos segredos por trás desta garota sonhadora…

 

Zell Dincht: Um garotão cheio de energia e uma mala sem alça. São as características que melhor definem Zell. Com o seu cabelo de “crista de galo” (como o Seifer o chama) ele é cheio de entusiasmo e pode ser irritante, principalmente para Squall, a quem Zell vive atormentado para ser o “amigão” do “famoso” aluno. Ele adora comer, especialmente os cachorros-quentes das lanchonetes. Apesar da imaturidade, Zell é um mestre nas artes marciais com uma força e golpes impressionantes. Ele entrou na Garden aos 13 anos, motivado à admiração de seu avô, que também foi um renomado soldado. Reside na cidade de Balamb com a sua mãe e as pessoas de lá o veem como um herói.

Quistis Trepe: Outra gata do game, essa bela instrutora é uma lenda viva entre as Gardens, pois entrou na escola com apenas 10 anos (o normal era 13) sendo a primeira aluna da história da instituição que passou nos testes da SeeD com apenas 15 anos e tornando-se instrutora aos 17. Ela possui um fã clube conhecido como “Trepies” (não confundir com os “trekies”), que são alunos que a veneram pela sua beleza (lógico) e pela atenção e carinho com que ela trata seus alunos. É uma grande estrategista e acompanha Squall como sua supervisora a mando da SeeD. Ela utiliza como arma um chicote a la “tiazinha”. Por seu convívio com o rapaz, conhece suas mais escondidas manias. Ela nutre um carinho especial por ele, mas apenas decepções a aguardam no destino…

 

Seifer Almasy: Estudante da Garden com muito potencial e aspirante a um cargo na SeeD. Desde a sua infância fora tratado como uma criança problema, por seu excesso de violência, egoísmo, e dificuldade em seguir ordens preferindo agir por conta própria. Possui sede de vitória, poder, impaciência e espírito de competição. Sua própria imagem exprime sua arrogância, sempre tratando os outros com desprezo e indiferença. Adora puxar briga fazendo provocações. Entretanto possui dois “amigos” que são leais a ele: Raijin e Fujin. Apesar de tudo, Seifer respeita as capacidades de Squall e vê nele um rival à sua altura. Também usa como arma a Gunblade.

Selphie Tilmett: Esta jovem possui um ar angelical e uma personalidade meiga e meio infantil. Ela foi transferida da Garden de Trabia para Balamb, onde realizará o teste final para ingressar na SeeD. Ela é a “baladeira” do grupo, gosta de organizar festas, faz amizades facilmente e possui uma espécie de blog na rede interna da Garden, em que conta suas aventuras e anuncia eventos e outras coisas. Apesar de sua aparência inofensiva, possui um talento nato para a batalha e usa como ninguém a sua arma, o Nunchaku. Tem a língua afiada e adora dar opiniões sobre tudo.

 Irvine Kinneas: Se Squall é a cara de Tom Cruise, Irvine é o próprio Brad Pitt. Cara bonitão e galanteador sabe aproveitar as coisas boas da vida (ou seja, festas e mulheres). Cadete da Garden de Galbadia é o mais bem sucedido no grupo de atiradores de elite. Bonitão, confiante e um pouco irresponsável, o cara é capaz de dar em cima de Rinoa, Quistis e Selphie uma atrás da outra sem se importar em levar um fora (o que realmente acontece). Apesar de parecer irresponsável e de só se importar com a liberdade, guarda dentro de si uma personalidade séria e sensível.

 Laguna Loire: Um dos personagens mais interessantes do game. É soldado do exército de Gabaldia que posteriormente irá trabalhar como jornalista enviando artigos para as revistas conhecidas como Timber Maniacs. Um cara tímido e com um senso de orientação terrível, ele e seus amigos Ward e Kiros, são os responsáveis pelas principais cenas de humor do game. Cheio de vida, possui um coração bem intencionado, gentil, procura agradar a todos. Utiliza como arma uma metralhadora, é um grande líder com coragem que inspira vontade e confiança aos seus amigos inseparáveis.

Kiros Seagul: Pouco se sabe sobre esse soldado de Gabaldia. Serviu juntamente com Laguna e largou a carreira militar junto com ele. Está sempre ajudando Laguna a tomar decisões difíceis e será interprete de Ward nas conversações. Leal e respeitoso, atua como um conselheiro a Laguna, agindo com sensatez em situações adversas. Usa como arma duas lâminas que saem dos seus braços.

Ward Zabback: Assim como Kirus, pouco se sabe sobre esse gigante corpulento que carrega como arma uma lança que mais parece um arpão de caçar baleias. E apesar de carrancudo e quietão ele é fiel aos seus companheiros. Ward não hesita em ajudar seus amigos em situações de perigo, apesar de ter medo de alturas. Em certa altura do game ele vai perder a habilidade de falar, tendo Kirus como seu melhor intérprete.

Edea: Pouco sabe-se sobre a feiticeira Edea, a não ser que ela herdou poderosos poderes mágicos em algum momento da sua vida. Ela surge como a feiticeira do tempo atual, uma raça que os humanos já haviam esquecido e que hoje não existem mais. Como embaixatriz através da sua aliança com o presidente Vinzer, comanda um exército e espalha morte e terror pelo mundo. Suas verdadeiras intenções por de trás de suas ações são desconhecidas. Em certo momento tem Seifer como seu guarda-costas. Uma mulher extremamente bela e mortal, uma combinação fatal.

Esses são os personagens principais do game. Existem ainda muitos outros coadjuvantes, que irão ajudar enriquecer as tramas, como o diretor Cid (que é a cara do ator Robin Willians), Julia a bela cantora mãe de Rinoa, Elone a garota misteriosa, Raine a bela que irá consolar Laguna, entre outros.

Gráficos ff8-06.gif


 Se FFVII ficou devendo no quesito de gráficos, FFVIII chegou para reparar esse equívoco com total maestria. Impossível quem não se impressionou na época com a belíssima abertura de FFVIII, com certeza um dos momentos mais antológicos da história dos videogames. Em uma época em que as CGs começavam a despertar nos games, a Square nos trouxe uma obra-prima com cenas que deixava qualquer um de boca aberta, como a sequência da dança com Squall e Rinoa ou ainda os mais de 10 minutos de CG no final do game. Graficamente superior ao seu predecessor, com batalhas texturizadas em tempo real (e não mais em Gouraud Shaded), cenários pré-texturizados mais detalhados do que nunca, foram mais do que suficiente para ganhar o público e a crítica. Esqueçam os personagens quadrados de FFVII (ou SD Poligonos, como eu apelidei na outra review).

Os personagens agora estão perfeitos, cheios de detalhes e sem “deformações” físicas, assim como os cenários do game, muito bem feitos e detalhados. Outra grande inovação, que quebraria uma das tradições da saga, é o design dos personagens, não sendo mais SD e sim algo mais realista. Ah sim, os personagens agora não “entram” mais no líder, seguindo-o agora em fileira (que diga-se de passagem uma boa mudança). Mas claro, o que realmente chama atenção e que merece mais destaque são os trabalhos realizados nas CGs. Tudo o que não tinha em FFVII, está presente aqui, em grandes quantidades e com uma velocidade frenética, que surpreendem pelo realismo das movimentações e dos detalhes impecáveis. FFVIII foi um dos primeiros games que usou e abusou das CGs, algo que hoje em dia é coisa normal nos games e já não impressiona tanto. Mas pode acreditar, se você nunca jogou, vai se impressionar com o realismo da dança entre Squall e Rinoa, ou os Street Dancers da passeata de Edea.

Os cenários do jogo são muito bem feitos e detalhados, variados e extensos estimulando o fator exploração. A estrutura do jogo é bem diferente do seu antecessor. Enquanto as cidades de FFVII tinham um toque mais simplistas, com um visual sombrio e até meio gótico, as cidades de FFVIII, como Esthar, são vivas, coloridas e muito futuristas. As cenas de batalha estão lindas, com os personagens tendo várias movimentações diferentes, inclusive suas expressões faciais, algo que não era possível fazer (pelo menos com tanto detalhismo) se os personagens fossem em SD. Espere ver durante o jogo belíssimos cenários mesclados com CGs maravilhosas cheias de ação.

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Rinoa tentando hipnotizar Squall e Quistis com ciúminhos

Músicas  ff8-07.gif

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Assim como FFVII, a trilha sonora do game não utiliza toda a capacidade sonora do áudio digital, mesmo assim ela não chega a decepcionar. Duas músicas merecem destaque, e são elas: “Liberi Fatali”, música da abertura cantada em latim e lindamente orquestrada, que dá um toque magistral e de grande impacto (e que ainda serve de tema para Edea). E a música tema “Eyes on me”, cantada pela famosa (em Hong Kong pelo menos) cantora pop Faye Wong. A letra da música conta a história de Laguna e seu amor secreto pela cantora Julia, a pianista. É uma bela música e encaixa-se perfeitamente ao enredo do jogo, apesar de aparecer por completa somente na sequência final.

As músicas do game em si não possuem a mesma qualidade que as duas acima citadas, porém são assinadas por Nobuo Uematsu e é inegável o seu talento como compositor para criar melodias para as diferentes situações, num total de mais de 70 músicas, que variam entre temas sombrios, românticos, de batalhas e “fofinhas”, dando o toque necessário que certas cenas precisam, principalmente aquelas carregadas emocionalmente. Desta vez ele não reutilizou muitos temas clássicos (claro que alguns estão presentes, como o tema da Highwind, de vitória, entre outras) e muitas das músicas são inéditas, muitas delas com arranjos parecidos com a música tema, Eyes on Me ou ainda usando arranjos da música tema de Edea. Os efeitos especiais não contam com nada de excepcional e aproveita muito dos sons já usados nos jogos anteriores, cumprindo bem o seu papel.

escute o tema Eyes on Me abaixo

Escute aqui algumas MP3 do game:  ff8-13.gif

1 – Liberi Fatali

2 – Blue Fields

3 – Don´t be Afraid

4 – SeeD

5 – Starting up

6 – Never look back

7 – The Man With The Machine Gun

8 – Julia

9 – The Mission

10 – Succession of Witches

11 – The Stage is Set

12 – Fithos Lusec Wecos Vinosec

13 – Movin

14 – Love Grows

15 – Ride on

16 – The Legendary Beast

17 – Maybe I´m a Lion

18 – Ending Theme

Jogabilidade  ff8-10.gif

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jogabilidade aproveita a já excelente e perfeita fórmula usada em FFVII: Simples e eficiente. Aqueles que jogaram o anterior não tiveram problema nenhum a se adaptar ao novo jogo, muito fácil de se controlar e sem grandes problemas. Tudo é muito simples, o manuseio dos menus de magias, itens, GFs e a movimentação dos personagens que flui sem dificuldades, podendo-se usar o controle analógico inclusive.

Assim como a maioria dos jogos com ângulos de câmera, as vezes alguns desses ângulos podem atrapalhar, mas não será nada que você saía xingando a mãe dos outros. Você ainda poderá enfrentar centenas de inimigos espalhados pelo grandioso mapa central. Falando no mapa, ele é realmente grande e vai levar um bom tempo até você explorar tudo e destrinchar os seus segredos, como os Weapons, itens secretos, GFs escondidos e por aí vai.

Ah sim, aqui você usará as GFs (Guardian Force), as famosas invocações, que voltam em cenas de cair o queixo. Se você achou algumas invocações de FFVII exageradas, é porque ainda não viu as do FFVIII. Só pra citar duas muito fodas: Odin e Bahamut. Ao usar uma GF, você ganhará comandos como draw, magic ou item, correspondentes às habilidades de seu GF, podendo também ligar alguns atributos dos personagens, como defesa, ao GF. Os GFs aqui são mais como personagens (e não “conhecimentos” como em FFVII), podendo subir de níveis, evoluindo suas habilidades, energia e magias.

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Outra mudança acontece com as magias, que agora são encaradas como itens que você pode conseguir lutando contra os oponentes. Elas também podem ser associadas as GFs, podendo combina-las para conseguir certos Status, como defesa contra magias ou ataques mais fortes.

Outras mudanças que chamam a atenção é que agora você não precisa mais se preocupar com grana. Como membro da SeeD você tem o seu salário garantido, e de tempos em tempos você recebe uma certa quantia de dinheiro, o que tornou o jogo bem mais fácil nesse aspecto. E também acaba com aquela velha discussão de “onde diabos aquele monstro carregava tanto dinheiro?”. Quanto mais alta sua colocação na SeeD, mais verdinhas (ou seja lá a cor) você recebe. Você pode realizar testes através dos computadores da Garden, e a cada teste bem sucedido seu cargo se eleva.

Suas ações no jogo também podem garantir promoções, como terminar uma missão em um tempo razoável. Claro que o inverso também pode acontecer, então seja esforçado e nada de vagabundagem que a grana está garantida. Quanto  às armas, você não compra novas, apenas melhora a que você já possui. Para tanto é necessário conseguir certos itens e revistas, que mostram os ingredientes necessários para conseguir fazer o upgrade. O jogo possui várias side-quests, que vão garantir algumas horas de diversão extras, e um jogo de card games extremamente viciante (os jogadores de rpg de mesa vão adorar).

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I´ll be waiting… here… for you… if you come here, you’ll find me… I promisse…

Apesar de todas as inovações e as maravilhosas CGs que Final Fantasy VIII trouxe, está longe de ter o mesmo carisma que o FF 6 e 7 conseguiram, transformando-se em jogos cultuados até hoje. Tem como tema principal o amor, o que causou certa negação em alguns jogadores (e que algumas mulheres amaram). Felizmente a história não rola apenas nisso, e temos conflitos políticos, bruxas, traições e viagens no tempo, mas não esperem um enredo genial como o de FF 7.

A vilã Ultimécia só aparece nos momentos finais do jogo com seu plano mirabolante de controlar o tempo (que saudades do Sephiroth). Três personagens se destacam no jogo e praticamente roubam a cena de Squall e cia (com excessão da Rinoa – muito gatinha, eheh): Laguna e seus dois companheiros, Kiros e Ward. Apesar de na maior parte do tempo apenas aparecerem em estranhos flashbacks associados aos protagonistas, eles conservam o carisma que fez da série um sucesso. É impossível não se encantar com Laguna, um dos melhores personagens do game, com seu jeito todo tímido, atrapalhado e apaixonado por Julia. Seifer está longe de ser um Sephiroth, mas mesmo assim ainda conseguiu ganhar algum status entre os gamers. É um jogo com um enredo mais sério e realista (na medida do possível) que os outros, com gráficos soberbos e mais bonitos do que nunca e com revolucionários CGs que ficaram na história. FF VIII tem seus pontos altos e baixos, mas com certeza é um Final Fantasy e merece uma jogada, diferindo altamente do seu antecessor com suas próprias particularidades e estilo, fazendo dele um jogo único. Definitivamente um game que deve constar na sua lista de games preferidos.

Márcio Pacheco

Márcio Alexsandro Pacheco - Jornalista de games, cultura pop e nerdices em geral. Me add nas redes sociais (links abaixo):

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