Um grupo de artistas paulistas resolveu se unir em 1992 para fundarem o estúdio “44 Bico Largo” que, durante um período, passou a produzir animações e jogos para computador. Em 1996, eles lançaram o seu primeiro grande sucesso, o jogo Gustavinho em o Enigma da Esfinge, que vendeu 60.000 cópias (impressionante para a época!), sendo um típico jogo de aponte e clique comum naquele tempo.
O jogo inicia-se com um jogo de futebol em que Gustavinho acaba chutando uma bola em um idoso sentado em um banco de praça. Porém, ao exigir a bola de volta, ele acaba sendo rude com o velho, que furiosa, o envia ao Antigo Egito. Na “viagem”, Gustavinho para dentro da Pirâmide de Gizé. Aí, o objetivo do jogador é seguir pelo game para voltar aos tempos atuais.
Sendo um jogo educativo, o game conta com algumas figuras históricas como Júlio Cesar e Cleópatra, sendo que esta última foi interpretada em live action pela atriz Marisa Orth, sendo uma agradável surpresa. Também chama a atenção que a dublagem é ótima para a época, com dubladores não sendo caricatos demais, com profissionalismo.
Os visuais também chamam a atenção e os enigmas idem, não devendo em nada a produções estrangeiras contemporâneas. O que deixa a desejar é a qualidade das animações, que não são nem um pouco fluidas, a gravação da Marisa Orth, visivelmente feita em outro momento devido à baixa qualidade quando comparado a outras dublagem, e o fato do jogo durar cerca de uma hora.
Para comemorar os 20 anos do game, em 2013, a equipe (que agora se chama 44 Toons Interactive) lançou um remake em 2013 uma versão para iOS, e em 2017 para Android. Dessa vez, o game aposta em gráficos tridimensionais, foi facilitado, e algumas piadas foram atualizadas. Além disso, pela primeira vez o game também contou com uma tradução para o inglês.
Educativo sem ser careta, este é um game que dá orgulho aos gamers brasileiros. Um clássico!
