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HOB

Os jogos indies estão gradativamente mais robustos, por isso já se tornou comum ficarmos admirados com títulos deste cenário que cada mais cresce e atrai o olhar dos jogadores. HOB é um exemplo disso. Apostando numa fórmula simples, porém bem executada, o título se destaca pela sua proposta.

HOB é um game de aventura, com visão isométrica protagonizado por uma jovem criatura humanoide dotado de uma luva cheia de habilidades. O foco do jogo é a solução de puzzles que liberam seu caminho, e durante esta jornada poderes são descobertos e o mundo ao seu redor se transformará à medida em que sua exploração acontece.

O jogo tem uma bela direção de arte. HOB traz cenários vibrantes, cheios de detalhes e muita inspiração no universo steampunk. A arquitetura representa um ambiente altamente tecnológico, com estética surrealista cercada por um mundo nada urbanizado, seguindo um estilo semelhante ao que já vimos em RiME, The Legend of Zelda Wind Waker e Twilight Princess, por exemplo.

A jogabilidade no PC na configuração padrão do teclado não é tão amigável, pois os comandos concentram-se perto dos direcionais (WASD) e as teclas de ação ficam praticamente abaixo destas teclas de movimento, por isso, dependendo do tamanho da mão da pessoa ela pode se atrapalhar pela necessidade de posicionar as ruas mãos do lado esquerdo do teclado, uma debaixo da outra. O mais indicado é que a pessoa configure as teclas antes de começar a jogar buscando uma posição mais confortável, ou se for possível, que experimente o título via um controle. Vale ressaltar: não há problemas no gameplay, é a penas uma questão ergonômica que se resolve no setup do jogo.

HOB é um jogo de exploração e desde o início não passa nenhuma dica ao jogador. É necessário sair pelo mapa e entender o que está a acontecendo, em outras palavras, a exploração é a chave para suas respostas. Não há fala no título e também não temos a forte presença de trilha sonora, mas o game é musicalizado pelos efeitos do ambiente que são presentes e representam muito bem cada área do jogo.

Há combates durante a jornada. Basicamente todas as lutas se resumem em rolar e atacar quando a oportunidade surge. Não há grandes desafios nas lutas, mas às vezes você pode ser prejudicado pela câmera, pois como dito anteriormente o HOB tem a visão predominantemente isométrica, mas não dá o controle de câmera ao gamer, ou seja, o ângulo de visão é ajustado automaticamente de acordo com sua posição, por isso, em alguns momentos você pode se encontrar num ponto cego.

Nosso protagonista é forte. Sua luva tem habilidades surpreendentes que ajudam a solucionar os puzzles e também a enfrentar os monstros. Com o soco é possível quebrar superfícies e bater fortemente nos adversários; com a super velocidade você pode passar rapidamente do ponto a ao ponto b e também “atravessar” os inimigos; e com o gancho tem-se a habilidade de agarrar áreas elevadas e também o núcleo que alguns inimigos.

HOB é uma aventura simples que se baseia em elementos clássicos, mas com um nível de dificuldade ajustado para os dias de hoje. A história é cativante assim como seu trabalho de arte e torna-se atraente pela sua proposta, que atualmente é rara de se ver nos games. Por mais complexo que um puzzle possa ser ele jamais tomará muito de seu tempo, testando seu raciocínio de forma justa, sendo assim, é um game indicado para jovens e adultos, perfeitos para se aproveitar num fim de semana.

Gabriel Magalhães

Colaborador do GameHall, fundador do Forever Jogando e Analista de Marketing.

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