* Atenção para SPOILERS das atuais histórias do Homem-Aranha nos EUA!
Lançada recentemente nos EUA, a série “Dead No More: The Clone Conspiracy #1“, que vai contar com cinco edições, é o início de uma nova saga na vida do Homem-Aranha, com roteiros de Dan Slott e desenhos de Jim Cheung.
Essa minissérie foi anunciada como o “evento do ano” nas histórias do Cabeça de Teia, com a promessa de abalar a vida do personagem – mais uma vez – trazendo a polêmica de clones de volta. Tudo o que acontecer aqui vai servir de cânone na história do personagem, ou seja, vai entrar oficialmente em sua linha do tempo.
Pois bem, Slott resolveu mexer no passado do personagem, em uma das suas histórias mais clássicas: a morte de Gwen Stacy, publicada originalmente em 1973. Como todo bom fã do Teioso deve saber, a então namorada de Peter Parker foi raptada pelo Duende Verde, que estava preparando uma armadilha para o Homem-Aranha. O vilão a derruba inconsciente de uma ponte, o herói tenta salvá-la mas ela acaba quebrando o pescoço no processo e morrendo – sem saber que Peter era o Aranha.
Esse momento, como a morte do Tio Ben e do Capitão Stacy (pai de Gwen) antes, redefiniram a vida do herói, que sempre se culpou por essas tragédias, e é lembrado pelos fãs como um fato histórico na vida do personagem até hoje, mais de 40 anos depois da sua publicação.
Em “The Clone Conspiracy”, Slott revisita essa história, mas sob uma nova perspectiva, a de Gwen Stacy, adicionando um detalhe mórbido: ela estava consciente, e nos últimos momentos de vida, descobriu que Peter era o Aranha e morreu odiando o namorado, por esconder esse segredo (ela culpava o herói pela morte do seu pai, portanto não era grande fã dele).
Apesar dessa novidade ser bem inserida na trama original (o Aranha não a vê acordada e os diálogo dele com o Duende Verde seguem como na história original, apenas o leitor vê os pensamentos dela e sabe que a jovem está consciente), ver a reação dela morrendo dessa forma é de partir o coração de qualquer fã. Seus últimos pensamentos foram “eu não mereço isso“.
Mas por que diabos Slott foi mexer nesse vespeiro então? Isso tudo serviu de apresentação para volta do clássico vilão Chacal – sim, aquele mesmo da Saga dos Clones. Mas seus novos clones são diferentes dos antigos: antes, eles tinham a memória até o dia em que era coletado sangue do original, mas agora eles têm suas memórias e experiências desde o momento da sua morte. São cópias completas.
Assim, o Chacal, que sempre foi apaixonado pela Gwen, usa essa traumatizante lembrança para fazer da nova versão de Gwen sua aliada (assim como outros personagens falecidos na vida do herói, mas não vamos entrar nessa caverna complexa).
A história tem causado bastante polêmica entre os fãs, com alguns que odiaram essa mudança no passado do herói, enquanto outros acharam uma forma interessante de se criar novas e torturantes histórias para o Homem-Aranha.
E você, leitor do Gamehall, o que acha dessas mudanças na vida do herói? É um sacrilégio modificar radicalmente uma história antológica como essa, ou essa reviravolta pode trazer novos ares para o amigão da vizinhança?
Confira abaixo as páginas que recontam a morte de Gwen Stacy:
