Análises

Infinity Blade

Quando a Epic anunciou que adaptaria a Unreal Engine 3 para o iPhone, poucos acreditaram. Sim, a plataforma evoluiu muito e as produtoras começaram a trazer jogos cada vez mais bonitos, mas imaginar algo no nível de um Gears of War era quase impossível. Bem, o quase impossível se tornava realidade com a chegada de Epic Citadel, demo gratuita que serviu como showcase para o que viria.

Mas demo é demo. Fazer um belo cenário sem qualquer personagem ou interação é fácil. Como isso seria traduzido para um jogo de verdade? A resposta veio na forma de Infinity Blade, produzido pela Chair. E é este o jogo que redefine (de certo modo) tudo o que já vimos na App Store.

A Unreal Engine 3, na palma de sua mão

É complicado começar a análise de Infinity Blade sem primeiro falar de seu maior trunfo – os gráficos. Sim, estamos falando da qualidade do nível de um PlayStation 3 e Xbox 360. Texturas em alta resolução e com relevos, shaders, detalhes impecáveis, a arte, iluminação, animações… de fato,  supera qualquer coisa já vista no iPhone e iPad, com muita – mas muita mesmo – vantagem. Aliás, ver tudo isso rodando na maior perfeição, sem travadas (iPhone 4), nos mostra que mal vimos do que esses aparelhos são capazes.

Quanto ao jogo em si, ele vai agradá-lo dependendo do que você esperava. Muitos imaginavam uma aventura em mundo aberto, sendo um grande RPG. Se você estava neste grupo, vai cair do cavalo: não há liberdade pelo cenário, sendo que você apenas clica em pontos importantes e vê as animações de seu personagem andando. Quando parado, é possível mover a câmera para visualizar o cenário e buscar itens escondidos. Isso resume as possibilidades.

As batalhas requerem estratégia

Mas onde Infinity Blade brilha é nos combates. Aqui, a jogabilidade mostra como o projeto foi feito visando os portáteis da Apple. Para atacar, basta arrastar o dedo na tela em todas as direções possíveis. Mas não pense que é só fazer isso loucamente e vencer – é preciso muita estratégia. Seus inimigos atacam de diversas formas, e aí é hora de usar seu escudo, com número limitado de defesas, e a esquiva, que precisa de timing e lado correto para ser feita com sucesso. Aliás, ficar na defensiva é a melhor tática, aguardando os ataques rivais até uma brecha de sua defesa aparecer. Caso a coisa esteja ficando muito feia, há duas habilidades mágicas: uma de defesa, que congela o adversário por alguns segundos, e outra de ataque, que varia entre vários elementos e propriedades como fogo, gelo, cura e envenenamento. Esse segundo tipo é feito ao desenhar na tela o traço correspondente a cada um dos feitiços.

Vencer as lutas rende experiência e, a cada novo nível, você ganha pontos que devem ser gastos em 4 atributos: energia, ataque, escudo e magia. Diversos equipamentos podem ser encontrados ou comprados na loja. Para que atinjam todo o seu potencial, eles devem ser masterizados, rendendo vantagens bônus. Este lado RPG é bem light, o que é bom e combina com a idéia de um jogo portátil, mas pode incomodar aqueles que esperavam algo mais complexo. Vale destacar que cada equipamento tem um visual único e que muda também a aparência do personagem.

Paisagens de tirar o fôlego

Infinity Blade pode ser curto, dependendo do seu ponto de vista. Sim, isso é meio estranho, mas explico: a aventura pode durar meia hora. Certamente isso soa bizarro para um projeto tão esperado, mas  tudo faz sentido ao chegar no grande chefe, o Rei Deus. Inicialmente, seu personagem dificilmente será forte o suficiente (e talvez você não tenha habilidade para tal) para derrotá-lo tão cedo, e ele morrerá. Logo em seguida, a aventura recomeça com o descendente do seu personagem anterior, mas mantendo tudo o que já havia ganho. Alguns caminhos do castelo mudam, assim como os inimigos e posição dos itens e baús. E assim vai, até que você esteja forte o suficiente para derrotar seu rival e vingar seus parentes. E pode se preparar, porque a cada linhagem, os inimigos ficam mais fortes e ganham novos ataques.

Felizmente, a Epic já prometeu atualizações que trarão novas áreas, inimigos, armas e até um modo multiplayer online via Game Center. Dependendo do suporte dado, a aventura já não parecerá mais tão pequena.

Masterize seus equipamentos através de experiência (mais demorado) ou dinheiro

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