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Inside – uma evolução de Limbo!

Saudações leitores, vocês lembram de “Limbo“? Game indie lançado pela produtora dinamarquesa Playdead, inicialmente apenas para Xbox 360 em 2010 e que se tornou um enorme sucesso? Pois ela está de volta com o seu segundo jogo, chamado apenas de “Inside“, lançado recentemente para a rede digital Steam e Xbox One, sem muito alarde ou marketing.

O jogo é um “sucessor espiritual” de “Limbo”, herdando várias das características que marcaram o sucesso do antecessor. Nada é dito sobre a história ou personagens, tampouco há textos ou diálogos durante toda a sua aventura. O game inicia com o jogador assumindo o comando de um garoto que está sendo caçado em um misterioso universo distópico. Ao explorar esse ambiente desconhecido, o jogador vai descobrindo os segredos e vai então deduzindo o que está acontecendo – algo muito similar ao também ótimo indie Journey.

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A jogabilidade é composta no estilo plataforma 2.5D, onde se deve resolver vários quebra-cabeças para superar obstáculos e seguir em frente, lembrando bastante o estilo de clássicos como “Prince of Persia”, “Out of This World” e “Flashback”.

Tentando buscar uma atmosfera mais envolvente e surreal, “Inside” não apresenta distrações como medidor de vida, pontuação, danos, etc, para que o jogador se mantenha focado com tudo o que acontece com o garoto. Mas cuidado, ele ainda pode vir a morrer em armadilhas mortais, algumas de formais bem chocantes, como sendo trucidado por cachorros selvagens ou ondas de choque.

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O visual tem um design artístico que lembra “Limbo”, com muito uso de luzes e sombras apresentando cenários de forma quase monocromática, utilizando apenas alguns traços de cores para realçar certas partes do ambiente.

A trilha sonora é composta apenas por alguns temas incidentais, que tocam em momentos chaves para criar um clima de tensão, trabalhando em conjunto com o visual para contar algo desse universo. Porém, o enfoque mesmo é nos efeitos sonoros, com sons ambientes e dos passos do protagonista.

Infelizmente o jogo é bem curto e pode ser finalizado em menos de duas horas, e a sensação de “quero mais” nos momentos finais é inevitável. O valor de R$ 37 na rede Steam (R$ 39 na XBLA), está meio salgado para um jogo de apenas duas horas e praticamente sem fator replay (mas você vai querer jogar ao menos mais uma vez para tentar entender todo o seu contexto), portanto sugerimos aguardar uma daquelas promoções maravilhosas para comprá-lo por um preço mais justo.

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Márcio Pacheco

Márcio Alexsandro Pacheco - Jornalista de games, cultura pop e nerdices em geral. Me add nas redes sociais (links abaixo):

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