Em uma entrevista ao site Axios, o ex-chefe do PlayStation nos EUA, Jack Tretton, disse ter desejado que a Sony tivesse dado mais suporte ao PlayStation Vita.
O portátil foi lançado em 2011 como sucessor do PSP e estima-se que tenha vendido menos de 15 milhões de unidades antes de ser descontinuado em 2019.
Ele considerou o PS Vita como uma das muitas tecnologias do PlayStation que ele sentiu terem ficado “um pouco órfãs” pela Sony.
“Certamente havia tecnologias que eu achava boas, mas não tinham o nível de suporte necessário”, disse ele, citando também os jogos 3D e o PlayStation VR, que só saíram depois que ele deixou a Sony em 2014.
Ele afirmou que grandes empresas, para terem sucesso, às vezes precisam fazer sacrifícios quando determinadas partes dela não apresentam um bom desempenho.
“Então, você cria novas tecnologias para apresentar à indústria e aos consumidores. Mas você tem o orçamento de marketing para realmente passar essa mensagem? Você tem os dólares de suporte do desenvolvedor para incentivá-los a desenvolver jogos para apoiar esta iniciativa? E às vezes você criava a tecnologia e esperava que ela engrenasse”.
Conversando em 2017 com a IGN sobre o Vita, Tretton disse que a Sony achava que o produto chegou tarde demais ao mercado.
“Agora que não trabalho mais lá, acho que internamente o pensamento era: ‘Esta é uma ótima máquina, mas é tarde demais’. O mundo mudou e agora usa dispositivos portáteis que não são máquinas dedicadas para jogos”, disse ele.
“E acho que o PSP foi incrivelmente bem-sucedido. Adorei o que ele fez e achei que ele entregou uma experiência de console caseiro e trouxe gêneros para um jogador mais velho, que normalmente não tinha jogos de console para jogar em uma plataforma portátil”.
“Mas o Vita era uma boa máquina em uma época em que poucas pessoas sentiam que precisavam de um dispositivo portátil dedicado a jogos”.
