História do Videogame

Jogo indie: no início dos games, praticamente todos os jogos eram independentes | História

Já como conhecemos hoje passou a ser na década de 2000

Um jogo “indie”, que é uma contração para um jogo de videogame independente, é um game criado por um pequeno grupo de indivíduos, às vezes uma pessoa só, sem o suporte financeiro e técnico de uma publisher. Sendo bem básico, é aquele jogo que seu amigo nerd quer desenvolver com as ferramentas que ele tem na casa dele ou uma pequena equipe, geralmente não vinculado a empresas.

Como os jogos não contam com gráficos ultra sofisticados e com recursos muito escassos, os desenvolvedores dos jogos indies procuram focar na inovação ou em jogos ao estilo retrô para atingir com força o público alvo. Eles existem desde os primórdios dos games, mas com o avanço da tecnologia, distribuição online e projetos de financiamento coletivos, hoje se tornaram muito comuns e alguns games como Undertale, Cuphead, Celeste, Stardew Valley, To the Moon e outros se tornaram famosos.

No entanto, definir o início dos jogos indies é muito difícil, já que a palavra em si, começou a ser utilizada apenas no início da década de 2000, e os primórdios dos games nos anos de 1970 e 1980 eram, praticamente todos “indies”, já que os games eram feitos em casa por entusiastas da tecnologia, seja por uma equipe pequena ou às vezes por uma pessoa só. Geralmente, o que entendemos por jogos independentes eram todos desenvolvidos para PCs.

Em 1963 (!), o jogo Spacewar foi desenvolvido por uma pequena equipe, mas não distribuído comercialmente. No entanto, a primeira pessoa considerada como designer indie para games foi a engenheira atualmente aposentada Joyce Weisbecker, criando alguns games bem simplórios para o obscuro videogame RCA Studio II em 1976.

Em 1977 foi lançado o primeiro computador pessoal, e nele foi incluído uma versão pré-instalada da linguagem BASIC, que permitia as pessoas programarem programas e games. Em 78, David H. Ahl lançou o livro “Basic Computer Games” incluindo códigos fontes para mais de cem games.

No final da década de 1970 e início de 1980, os jogos de videogame já eram feitos por empresas, mas os de computadores ainda eram produzidos por um grupo pequeno de pessoas. Isso era mais forte no Reino Unido, em especial com a popularidade do microcomputador ZX Spectrum, servindo como um pontapé inicial para diversos games, incluindo Manic Miner e Alien Garden.

Com a indústria de games crescendo, com jogos cada vez mais caros e demandando cada vez mais profissionais, os games indies ficaram bem raros, em especial durante a década de 1990. No entanto, games que acabaram se tornando fenômenos em popularidade, como o Wolfenstein 3D e o próprio Doom foram desenvolvidos pelo iD Software que, na época, se tratava um estúdio bem pequeno, sendo os mais notórios desta época.

Aí no início dos anos 2000, os jogos independentes como conhecemos hoje começaram a “tomar forma”, em especial devido a distribuição online, além de recursos como Adobe Flash, e algumas engines que nem necessitavam de conhecimento em programação (como o Rpg Maker e o GameMaker Studio, por exemplo). O japonês Cave Story, de 2004, é um dos destaques da década de 2000.

A partir de 2005 houve uma “explosão” de jogos indies no mundo, já que sistemas de distribuição como Steam começaram a surgir, fazendo com que os games fossem lançados junto com títulos AAA lançados por grandes empresas. O próprio Minecraft, lançado em 2009, se originou como um game indie, sendo considerado o mais bem sucedido de toda a história. Por fim, com o avanço dos jogos mobile, os jogos indies passaram a se tornar quase tão cotidianos quanto os AAA.

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