Análises

Maziacs

Caça ao tesouro nesse clássico do ZX Spectrum

Jogar games como “Modern Warfare 2“, “Assassin´s Creed 2” e “Resident Evil: The Darkside Chronicles” é muito bom, mas nós aqui da Gamehall respeitamos o passado glorioso dos videogames, e é por isso que hoje teremos uma retro-análise especial: Maziacs.

Não conhece? Não sabe que bicho é esse? Tudo bem, é para isso que servem as retro-análises. Se você é gamer com os seus trinta e poucos anos, provavelmente deve se lembrar do jogo Maziacs. Ele foi lançado em 1983 (é, faz bastante tempo, antes da chegada do império Windows) para o computador ZX Spectrum, Commodore 64 e MSX.

Mesmo para os padrões da época, o game era bem simples. Você controla um boneco de palitinhos no labirinto dos monstros Maziacs em busca de tesouros. Você pode pegar comida pelo caminho para manter sua energia, encontrar prisioneiros e  espadas para poder duelar com segurança contra os Maziacs.

Simples não? Mas por incrível que pareça, Maziacs é um remake de outro jogo, Mazogs (esse era preto e branco, enquanto Maziacs era colorido), lançado em 1982 para o computador Sinclair ZX81, que não teve uma vida muito longa até ser substituído pelo ZX Spectrum.

Naquela época não tinha a enorme quantidade de pessoas que tem hoje para a produção de um game, sendo o nome de Don Priestley o único como produtor do game. Maziacs é provavelmente seu maior sucesso junto com o game 3D Tanx e Popeye, mas ele ainda produziu cerca de 15 outros games para o Spectrum e seu nome virou referência como game designer. No final dos anos 80 a indústria de games já havia mudado para grandes equipes de produção, que não se encaixava com o estilo de Priestley, e assim acabou abandonando a indústria para virar professor.

Mas voltando ao Maziacs, temos aqui um jogo que se encaixa no old school way: ele é simples, oferece um bom desafio e você vai jogar muitas vezes. Se você gosta de jogos antigos, dê uma conferida.

Você começa com seu boneco de palitinhos na entrada de um labirinto, sua missão é encontrar o tesouro e cair fora do labirinto. Para te ajudar existem prisioneiros que irão te indicar o caminho do tesouro. Após um certo número de movimentos de seu personagem o labirinto irá desaparecer, então você precisa falar com outro prisioneiro para ele voltar.

O papel dos prisioneiros é apenas esse. Enquanto você vaza fora com o tesouro, eles continuam presos lá nas paredes. Dentro do labirinto há os bichos maus chamados de Maziacs, encontre com um deles e automaticamente haverá uma batalha. Se você tiver uma espada, a vitória é certa. Se não, a luta vai ser difícil, você pode até vencer, mas as chances não são muito boas. Então é melhor sempre estar com uma espada na mão, já que você só possui uma vida.

Você também tem uma barra de energia que vai diminuindo. Para não morrer de fome você deve comer as comidas espalhadas pelo labirinto. O tesouro sempre está a uma distância mínima de 200 movimentos, e assim que você o achar deve levá-lo com você até o início. Caso precise (e você vai precisar), os prisioneiros trutas mostram o caminho novamente.

Lutas nervosas contra os Maziacs

Mas a pegadinha agora é que você pode apenas carregar ou o tesouro ou a espada, e o caminho está cheio dos malditos Maziacs. A melhor maneira é pegar uma espada e matá-los. Você vai começar a usar o mapa frequentemente, procurando por atalhos e comida pelo caminho. Parece simples, mas acredite, não é tão fácil quanto parece. Assim que você saí do labirinto com o tesouro, vai para a próxima dificuldade, com um labirinto maior e mais difícil.

Você pode acessar um mapa, mas cuidado, o jogo não pára e os Maziacs continuam indo até você. Aliás, a opção de pausar o game faz falta aqui, pois se o telefone tocar, se aparecer alguém na porta da sua casa, o cachorro latindo no quintal ou o irmãozinho mala chorando, você provavelmente estará morto quando voltar ao jogo. Há outras versões para outros computadores, umas até com mais opções e mais colorido, mas foi no ZX Spectrum que Maziacs marcou uma geração de gamers.

Márcio Pacheco

Márcio Alexsandro Pacheco - Jornalista de games, cultura pop e nerdices em geral. Me add nas redes sociais (links abaixo):

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