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Mega Drive: Pioneirismo e diferenciais

MEGA DRIVE: PIONEIRISMOS E DIFERENCIAIS

O Mega Drive, ou Genesis como ficou conhecido na América do Norte, devido a um outro produto ter sido registrado com esse nome é, sem dúvidas, o videogame mais bem sucedido da SEGA em termos comerciais. A estimativa é que houve 40 milhões de consoles vendidos ao redor do mundo, sendo 3 milhões somente no Brasil.

“Berço” de séries famosas como Sonic, sendo impossível não lembrar a fase do cassino em Sonic 2, Street of Rage com sua icônica trilha sonora e Shining com suas estratégias, a ideia da campanha de marketing norte-americana era atingir os jovens e adolescentes e não necessariamente as crianças pequenas. Graças a essa política, também houve polêmica com jogos como Night Trap e Mortal Kombat, o que acabou dando origem ao órgão de classificação indicativa que existe até hoje.

Para comemorar o aniversário do console, decidimos selecionar algumas curiosidades sobre o Mega Drive, confira!

Jogos brasileiros ou localizados do Mega Drive

A Tectoy deu suporte ao Mega Drive continuamente desde seu lançamento no mercado em 1990. Isso porque, inicialmente, a ideia era atingir todos os públicos, mas com os videogames mais potentes entrando no mercado, o console da SEGA passou a ser focado em atingir as classes C,D e E, já que ele possuía um excelente custo-benefício.

Por essa razão, houve  uma série de jogos no mercado com diálogos traduzidos, modificações ou games inteiramente originais, em especial na segunda metade da década de 90. São eles:

Duke Nukem 3D: A conversão de Duke Nukem 3D é considerada um grande feito para o Mega Drive, já que o game possuía visuais sofisticados e jogabilidade “aceitável” considerando as limitações técnicas do console. Foi lançado em 1998.

Férias Frustradas do Pica Pau: Lançado em 1996, ele usava a fórmula de correr e pular e gráficos simples, porém que “cumprem a sua proposta”.  No entanto, o game foi criticado pela jogabilidade abaixo da média e não ser tão divertido, algo visto pela própria SEGA que inicialmente revenderia o jogo nos mercados norte-americano e europeu, mas acabou desistindo sob a argumentação dele “não estar nos padrões exigidos”.

Yu Yu Hakusho Sunset Fighters: Na época, o anime era exibido pela extinta TV Manchete e a Tectoy aproveitou a popularidade do desenho animado para lançar o jogo com textos traduzidos aqui no Brasil. Curiosamente, o lançamento original ficou restrito ao mercado japonês, sendo um game que não chegou a Europa e aos Estados Unidos. Além disso, a tradução ficou um pouco “fiel demais” ao Japão, não contando com nomes adaptados, já que o Yusuke, por exemplo, ficou com o nome de Urai, enquanto o Kuwabara é Kuwaha. Foi lançado em 1999 e é considerado um excelente jogo de luta feito pela Treasure, a mesma de Gunstar Heroes.

Show do Milhão: Vindo de uma parceria com o SBT, o programa de perguntas e respostas com apostas em dinheiro era uma das maiores audiências da televisão brasileira e a equipe do Silvio Santos resolveu se unir a empresas parceiras para desenvolverem jogos. O primeiro veio  para computadores e se tornou um dos mais bem sucedidos em vendas na época. Nesse contexto, a Tectoy aproveitou a oportunidade, fechou parceria com o SBT e lançou o Super Mega Drive 3 com o jogo do Show do Milhão. Lançado em 2000, rendeu sucesso comercial o suficiente, e no ano seguinte, foi lançado o cartucho “Show do Milhão Volume 2”, com 1000 perguntas inéditas.

Turma da Mônica na Terra dos Monstros: Modificação do jogo Wonder Boy IV: Monster World III, o Turma da Mônica na Terra dos Monstros coloca a personagem criada pelo Maurício de Souza como protagonista em um game que mistura a jogabilidade em 2D sidescrolling com elementos de RPG. Foi lançado originalmente em 1994 e depois relançado em 2017 pela Tectoy e hoje em dia é considerado um “clássico cult”. Colecionadores do mundo inteiro pagam verdadeiras “fortunas” por ele.

Phantasy Star II: Curiosamente, o título chegou primeiro ao Brasil com seus textos em inglês, mas no ano de 1996 a Tectoy decidiu traduzí-lo e lançar no mercado e temos uma versão oficial em português, sendo bem elogiada pelos fãs do game.

Phantasy Star III: Este já foi lançado traduzido em 1998, numa época em que o Mega Drive havia sido descontinuado, mas ainda rendia algum sucesso no Brasil.

Shining in The Darkness: Outro game cuja tradução saiu tardiamente, o Shining in The Darkness teve diálogos em PT-BR apenas no ano de 1997.

Pioneirismos do Mega Drive

A SEGA sempre foi ousada e procurava se diferenciar dos concorrentes pelo pioneirismo. Graças a isso, diversas ideias vieram, como o periférico Sega CD e o 32X, só que em termos de pioneirismo, os destaques vão para:

Sega Meganet : Este era um acessório que conectava ao serviço Sega Channel, que era o servidor da empresa na internet. Lançado em 1990, era possível checar e-mails, ler revistas e até jogar online com amigos no melhor estilo “Xbox Live” e “PSN” nos dias de hoje.

Ao redor do mundo, vários jogos foram lançados exclusivamente para o console, incluindo um game raro do Sonic chamado “Sonic Eraser”, que era um Tetris com o mascote.  No Brasil, chegou em 1996 com certo ceticismo da Tectoy, já que o serviço era consideravelmente caro, já que a internet vinha por linha telefônica.

Activator: Considerado o “predecessor” do Kinect, o Activator é um controle sensorial lançado em 1993 que usava um sistema infravermelho com um dispositivo octogonal que ficava no chão.

Acabou não rendendo sucesso comercial por ser considerado caro, ineficiente, além de que era necessário montar e desmontar cada vez que ia jogá-lo. Mesmo assim, foi a primeira tentativa de fazer com que o jogador interagisse sem um controle.

E você? Já teve um Mega Drive? Qual sua história com ele? Diga pra nós!

Sammy Anderson

Fundador do GameHall e produtor do programa Versus.

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