Análises

Middle-Earth: Shadow of Mordor

Se você é um fã das obras criadas por J.R.R. Tolkien e sempre reclamou de não haver um jogo à altura do peso do nome, agora é a sua chance de mudar de ideia. O aguardado “Middle-Earth: Shadow of Mordor“, que se passa entre os eventos de “O Hobbit” e “O Senhor dos Anéis“, já se encontra disponível para os donos de PC, PS3, PS4, Xbox 360 e Xbox One.

Com uma história totalmente inédita e com novos personagens inseridos na famosa saga, sem dúvida nenhuma esse é o melhor game que você encontrará sobre a série. Confira abaixo em nossa análise o que esperar desse belíssimo game.

Em busca de vingança

Antes de começar, é importante frisar que o game tem um enfoque em criar uma nova história, então não espere muitas referências de personagens das obras criadas por Tolkien – o Gollum chega a dar o ar da sua graça em uma breve participação marcante.

Mas não se preocupe, para garantir que a cronologia e informações fossem respeitadas, a Monolith, produtora do jogo, trabalhou junto com Peter Jackson, diretor das versões cinematográficas e com a Middle-Earth Enterprises, empresa que detém várias licenças da marca, para garantir que isso aconteça.

O enredo gira em torno de Talion, um patrulheiro de Gondor responsável por guardar os Portões Negros de Mordor, que presencia a vida da sua família e a sua própria, serem arrancadas pelos servos de Sauron. No entanto, graças a uma magia sombria, Talion volta a viver como um espectro, e agora com novas e mortais habilidades, busca por vingança contra o Senhor da Escuridão na Terra-Média.

A narrativa, de responsabilidade de Christian Cantamessa, o mesmo de “Red Dead Redemption”, não tem pretensões de se igualar às obras literárias ou hollywodianas e consegue manter um bom ritmo, sem ser muita arrastada intercalando-se com as partes de ação, e ainda manter o interesse do jogador. O jogo possui toda a atmosfera e feeling necessários para dar o clima certo ao jogador, que vão agradar até os mais chatos fãs.

Patrulheiro versátil

Um dos grandes destaques que podemos encontrar no título é a sua jogabilidade, que possui mecânicas inspiradas em games consagrados como Batman da série Arkham e “Assassin’s Creed”. Talion possui uma série de movimentos, seja com golpes devastadores na hora do combate, movimentos de parkour pelos cenários, ou ainda a infiltração sorrateira para pegar inimigos desprevenidos, que certamente vai despertar lembranças dos fãs dos títulos citados.

Com uma visão em terceira pessoa, o jogo possui um mundo aberto para o jogador explorar e finalizar missões paralelas à trama principal, uma excelente opção para quem busca evoluir os atributos e habilidades do seu patrulheiro-espectro. E um dos seus poderes sobrenaturais é novidade no universo da série: o de controlar inimigos como orcs, goblins e outras criaturas, para conseguir informações, contar triunfos de Talion para diminuir a moral do batalhão ou ainda para lutar a seu favor, assassinando seus líderes.

Outro elemento bem interessante, são as missões exclusivas para as principais armas de Talion: espada, arco e adaga. Ao vencer os desafios, cada arma ganhará uma fama e será mais temida peloas tropas de Sauron, facilitando assim as investidas do seu personagem.

Além disso, temos o inovador e revolucionário sistema Nemesis, existente apenas nas versões de PC, PS4 e Xbox One. Com ele, o jogo ganha novas proporções, sendo que as decisões que o jogador tomar durante a aventura, trarão consequências futuramente no exército inimigo. Por exemplo, morra nas mãos de um orc e ele será promovido e ficará mais poderoso, trazendo mudanças na estrutura organizacional do batalhão, dificultando as coisas para o seu lado.

Ou faça dois líderes Uruk-hai brigarem entre si, com sorte um pode morrer enquanto o outro fica muito ferido, facilitando a sua eliminação. Mas cuidado com os orcs que sobreviverem aos seus ataques, eles lembrarão de você e voltarão sedentos por vingança. Com o Nemesis, a estrutura do batalhão adversário ganha novos significados, fazendo com que cada inimigo atue diferente no campo de batalha.

Graficamente, o jogo é um esplendor visual. Cenários sombrios e grandiosos, personagens ricos em detalhes minuciosos, animações excepcionais e uma direção artística impecável, que não à toa, contou com a colaboração do próprio Peter Jackson e da sua produtora Weta, responsável pelos efeitos visuais das duas trilogias nos cinemas.

A parte sonora não fica atrás, com temas épicos que se ajustam adequadamente a cada situação, além de uma competente performance dos dubladores na personificação de seus personagens. Para quem prefere jogar no idioma nacional, o jogo traz áudio e textos completamente em português.

Márcio Pacheco

Márcio Alexsandro Pacheco - Jornalista de games, cultura pop e nerdices em geral. Me add nas redes sociais (links abaixo):

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