Os bons tempos da era de ouro dos videogames parecem que estão de volta! Após do anúncio do Mini NES Classic Edition feito pela Nintendo, a saudosa Tectoy anunciou um “novo” Mega Drive, que na verdade é uma edição especial que tenta se aproximar do hardware original o máximo possível.
E assim como antigamente, muitos fãs estão discutindo nas redes sociais e defendendo seu console favorito com unhas e dentes (até parece que eu voltei para a hora do recreio da minha antiga escola). E o que o site Gamehall pode perceber é que uma das principais reclamações é o fato do novo Megão não possuir saída HDMI, coisa que o pequeno NES tem. Resolvemos então fazer uma análise mais minuciosa entre os dois para tirar a dúvida da galera, vamos começar com o NES:
Mini NES Classic Edition
O aparelhinho foi recentemente “dissecado” por sites estrangeiros que já botaram a mão nele, e assim descobrimos algumas coisas interessantes como ele ser composto por um potente micro-computador com Linux. Segue especificações abaixo:
- SoC: Allwinner R16 (4x Cortex A7, Mali400MP2 GPU)
- RAM: Hynix (256MB DDR3)
- Flash: Spansion 512MB NAND
- PMU: AXP223
O bichinho é surpreendentemente mais potente que um 3DS ou um Wii! Mas todo esse poder de fogo tem uma explicação: em primeiro lugar, ele é um EMULADOR e portanto precisa de potência para rodar os seus jogos na TV em um sinal de 1080p nativo, usando o tão discutido HDMI.
A Nintendo poderia ter usado o popular Raspberry Pi (um micro-computador do tamanho de um cartão de crédito), mas aí estaria fazendo uma bela duma propaganda para o seu principal rival no mercado hoje em dia, que é utilizado para piratear seus consoles e jogos. Isso além de ter que pagar royalties para a desenvolvedora do Rasp. Para a Nintendo foi mais jogo criar um chipset com componentes básicos e baratos, que custa apenas US$ 60.
O Mini NES vem munido de 30 jogos clássicos na memória, mas NÃO TEM entrada para cartuchos ou entrada SD. Ou seja, SÃO APENAS esses 30 jogos e fim, sem a remota possibilidade de se adicionar outros games.
Novo Mega Drive
Agora vamos ao novo Mega Drive. A Tectoy poderia ter feito como a Nintendo e produzido um EMULADOR com um chipset barato (como já fez antes com qualidade duvidosa), mas a empresa espertamente fez uma pesquisa antes e ouviu os fãs, que disseram: “Queremos o CONSOLE ORIGINAL, com entrada para CARTUCHOS e SD, nada de emulação!“.
Dito e feito, o novo Megão NÃO É um emulador, ele vai funcionar utilizando hardware com componentes atuais, já que os antigos não se fabricam mais, o que por sua vez vai permitir o uso de QUASE TODOS os cartuchos já lançados no videogame – e estamos falando aqui de uma biblioteca de cerca de 1.000 títulos, então ficar chorando por causa de dois jogos é pura bobagem.
Além disso, o aparelho vem com 22 jogos na memória e possui a famigerada entrada SD, o que vai permitir acoplar um cartão esperto com as ROMs dos seus jogos favoritos e rodar sem problema no bichão (caso você não tenha os 1.000 cartuchos em mídia física).
“Ah, compra um Everdrive [cartucho que suporta ROMs] então“, diz você meu caro padawan. Bom, além de precisar de um Mega Drive original, um Everdrive versão X5 (a mais recente é a X7 e custa US$ 160) custa em média uns R$ 400/500 reais nos Mercado Livre da vida.
Comprar um console NOVO, com o design original e que roda cartuchos e SD pelo mesmo preço? Parece mais vantagem, não é? (a não ser que você já tenha um Mega original aí na sua casa!).
“Mas por que diabos o novo Mega não tem HDMI?“
Ok, vamos lá então que o tio responde essa, meu jovem retrogamer. Os fãs pediram um hardware original, e é isso o que vão receber, ou seja, com sinal analógico e não digital (algo que o Raspberry e o Mini Nes possibilitam via emulação).
Pra colocar o HDMI seria necessário um conversor de vídeo analógico para digital, e eu não estou falando desses conversores baratos xing-ling que custam cinquentão lá da China e com qualidade meia boca, e sim de um com sinal que faça o serviço com qualidade e upscaler (ele aumenta a imagem nativa para “caber” na tela em HD, sem distorções, borrados e outros estragos) decente. Um desses não sai por menos de US$ 300, ou seja, só fazer as contas – e não esqueçam os royalties (para que um fabricante possa utilizar o HDMI em seu produto é necessário pagar royalties para os criadores do conector)! Mesmo assim, você pode comprar um conversor para melhorar a imagem do seu novo Mega Drive, se desejar.
O que a Tectoy poderia ter feito era ter oferecido uma saída Vídeo Componente (aquele com cabos vermelho, verde e azul) que já melhoraria bastante o sinal e qualidade da imagem, ao invés do Vídeo Composto (vermelho, amarelo e branco).
E por fim, outra grande reclamação é com a ausência dos controles de seis botões, mas de acordo com o site Uol Jogos, a Tectoy está estudando colocá-los à venda junto com o novo console!
Concluindo, os fãs estão recebendo o que sempre pediram a um preço acessível e agora só nos resta esperar para ver o bicho em funcionamento para ver o seu nível de qualidade.
E vocês, quais são as expectativas para o Mini NES e o novo Mega Drive (se você for espertão, vai comprar os dois 😛)? Deixe sua opinião aí para nós!