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Monster Hunter: World

Enquanto “Monster Hunter: World” não chega ao PC, os jogadores de PlayStation 4 e Xbox One já estão caçando os mais variados tipos de monstros desde o final de janeiro. E com pouco mais de um mês de lançamento já  comprovou o seu sucesso, conquistando o título de “melhor venda de lançamento da história da Capcom“, segundo informou a própria empresa alguns dias atrás.

E esse triunfo é merecido, já que o game  apresenta um alto nível de qualidade, podendo concorrer facilmente como um dos melhores lançamentos de 2018. E não se preocupe, o título tem força para agradar tanto os fãs antigos da franquia, quanto novos aventureiros que estão acabando de conhecer esta série da Capcom, que se iniciou lá em 2004 com o PlayStation 2.

Já de cara o jogador confere uma introdução épica, digna de produções do naipe de “God of War”, com caçadores dentro de uma embarcação rumando em direção ao Novo Mundo, onde muitos monstros poderosos vagam. Após customizar o seu herói e o companheiro felino Amigato, um gigantesco monstro marinho ataca o navio destruindo-o por completo, o que felizmente não impede à sua chegada ao destino final.

Ao chegar no novo continente, o caos ainda continua com a recepção de alguns monstros agressivos, com direito a um enorme Anjanath, um monstro semelhante a um T-Rex, atacando outro bicho menor que ameaçava o jogador – uma situação típica no universo de “Monster Hunter: World”.

É nesse momento que o jogador é apresentado à sua principal base: Astera. Assim como em tradicionais MMORPGs, este local oferece uma grande variedade de opções e NPCs com missões, itens ou ainda importantes informações sobre este novo mundo.

O game apresenta uma narrativa que instiga a curiosidade do jogador em seguir em frente, explorando espaços ambientais misteriosos, coletando novos monstros e principalmente, descobrindo os segredos do misterioso Dragão Ancião, que está migrando para o Novo Mundo.

É claro que, para pode acompanhar a evolução da narrativa, o jogador deve também evoluir os equipamentos do seu caçador, em busca de missões mais avançadas e de monstrengos mais poderosos. E a grande sacada nesta mecânica é que, quanto mais poderoso ou raro o monstro, melhores materiais ele vai fornecer que servirão para fabricar armas e armaduras mais distintas e eficazes.

Toda a atmosfera do game consegue transmitir que está vivo, desde com os designs artísticos, animações e inteligência artificial desafiadora das dezenas de criaturas (nem todas agressivas), até aos ecossistemas que também se apresentam de forma muito natural e crível na tela da TV.

Essa ambientação é transmitida ao jogador através de gráficos e visuais fantásticos, certamente um dos mais bonitos da atual geração, com várias cenas cinematográficas empolgantes e muito bem trabalhadas.

Vale destacar também o excelente trabalho de localização para o português brasileiro, com traduções de nomes, termos e legendas bem adaptados ao nosso idioma. Só faltou mesmo uma dublagem dos personagens em português para ficar 100% perfeito, mas o jogo oferece três opções de áudio: inglês, japonês e uma própria do universo do jogo.

Caçar os bichos às vezes vai exigir um pouco de paciência, já que alguns são especialistas em fugir ou de se ocultar de predadores, então além do mapa é preciso prestar atenção no rastreamento de pistas como pegadas, muco, arranhões e até fezes. Para ajudar nesta tarefa há o recurso Guialumes, adquirido mais tarde, que direciona o jogador e deixa a caçada mais fácil.

Outro elemento muito bacana são os Boosts, que conferem atributos adicionais ao status do personagem, que podem ser essenciais para caçadas bem sucedidas. E para consegui-las basta apenas comer no restaurante do acampamento. A variedade de comidas é enorme, oriundas principalmente dos monstros caçados e plantas especiais, e preparada por uma equipe de chefs felinos.

Algumas missões inclusive oferecem receitas de pratos diferentes, com outros benefícios para o seu herói, e quem quiser pode até testar suas habilidades na cozinha e preparar seus próprios pratos suculentos. Pode parecer uma coisa boba, mas só esse elemento já agrega mais um fator de diversidade ao jogo.

Por fim, é importante ressaltar que “Monster Hunter: World” não é um game para ser jogado sozinho, e sim de modo cooperativo online com até quatro pessoas, para que se alcance todo o potencial que o título oferece. Além de deixar a experiência mais dinâmica e divertida, cada partida em grupo será diferente, deixando as missões e tarefas menos repetitivas, quando se joga sozinho por exemplo.

Ao jogar com um grupo de amigos, é possível desenvolver diferentes tipos de caçadores, armas, armaduras e equipamentos, além de adicionar níveis de estratégia mais complexos na hora de caçar, especialmente se for monstros muito poderosos. É neste modo que o jogo deve ser realmente aproveitado, oferecendo uma experiência e diversão de muitas e muitas horas.

Único ponto negativo mesmo é o preço salgado de lançamento de R$ 250,00 a edição básica em ambos os consoles. O jogo é bom, mas não é todo mundo que pode gastar essa grana toda em um jogo, então é recomendado aguardar uma promoção, que deve ocorrer com o lançamento na versão para PC, provavelmente para o final de 2018.

Márcio Pacheco

Márcio Alexsandro Pacheco - Jornalista de games, cultura pop e nerdices em geral. Me add nas redes sociais (links abaixo):

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