Já ouviu falar do game Naughty Bear para o PlayStation 3 e Xbox 360? Se não ouviu, muito bem, você está no caminho certo, continue assim. Eu joguei algumas horas deste infeliz game, e não preciso mais do que isso para dizer a vocês para não perderem o seu tempo e dinheiro com esse jogo ridículo.
Eu costumo fazer análises longas e detalhadas, mas desta vez serei breve. O game é ambientado em uma ilha paradisíaca onde ursinhos lindos e fofinhos de pelúcia vivem em harmonia. O personagem principal é Naughty(travesso em inglês), um ursinho todo estropiado e fu&¨%$ que nenhum dos outros ursos gostam. A tchurma então faz uma festa de aniversário e não te convida. Muito puto, você começa a ouvir uma voz de um narrador (que nunca aparece, como se fosse uma voz interior), mandando você pegar armas, entrar de bicão na festa e matar todo mundo. Isso em um primeiro momento pode até parecer legal, mas a mecânica repetitiva, os ângulos de câmera horríveis e gráficos pobres fazem de Naughty Bear um péssimo jogo em quase todos os aspectos.
ursinhos fofinhos prontos para serem mutilados
O game divide-se em sete capítulos, e cada um deles com cinco episódios. Cada fase começa explicando o que você precisa fazer, que geralmente é matar todo mundo, perseguir um determinado urso, usar armadilhas, etc. Ao matar os ursos você ganha pontos, ao espalhar destruição quebrando objetos dos cenários você também ganha pontos e também pode fazer armadilhas mortais para matar ursos ingênuos, numa espécie de “finishing move”. No final de cada episódio você ganha troféus, que irão destravar novas áreas.
Vamos falar primeiramente dos pontos positivos. Apesar do visual infantil e inocente, o game possui cenas incrivelmente violentas. O seu urso é tão louco que poderia ensinar uma coisa ou outra para psicopatas como Charles Manson. Você pode matar seus companheiros peludos afogando-os em bacias, congelando dentro do freezer, acertando machadadas na cara, espancando com um porrete, enfiando um facão no estômago ou ainda, quando estamos espalhando o terror pela ilha e um urso está telefonando para pedir ajuda, é possível matá-lo enfiando o telefone garganta abaixo. Além disso você tem a disposição um bom número de armas, como facas, machados, tacos, espadas de samurai, revolveres, semi-automáticas, entre outros brinquedos assassinos. E cada arma possui um “finishing move”, para você matar de forma mais cruel. Em defesa do urso psicopata, posso dizer que os companheiros dele lembram muito os Teletubbies, uma desculpa mais do que razoável para matar todo mundo.
urso psicopata solto na Ilha da Perfeição
Num primeiro momento é divertido sair arrebentado os ursos de pelúcia (é pena, algodão ou seja lá o que eles usam de enchimento para todo o lado), mas o maior problema foi a falta de variedade nas missões, que se resumem a matar os ursos, que são sempre os mesmos. Alguns novos são adicionados, como ursos robôs, ninjas, zombies e até aliens, mas nada que empolgue muito. Além disso furar o bucho de um urso com um facão não é tão divertido depois de fazer por 100 vezes.
Um sistema de mira ou trava nos inimigos fez falta, já que os ursos vivem fugindo e você então tem que ficar o tempo todo correndo atrás deles, o que depois de um tempo torná-se muito chato, com um sistema já ultrapassado. Felizmente como estão numa ilha, não vão muito longe, alguns conseguem escapar e chamam a polícia. Mate os policiais e ganhe pontos extras.
não tenha piedade e meta um balaço neste urso
Os gráficos são simples, há quebras constantes no framerate e a câmera é terrível, ficando presa em paredes e cantos que impedem a sua visão, isso quando você não tem que lutar contra ela para ficar uma direção desejada.
Há a opção de quatro jogadores multiplayer online, mas os modos são tão desinteressantes quanto o jogo offline. A versão do Xbox 360 é um pouco melhor, com mais cores e detalhes que no PS3, mas nada que mereça um prêmio.
