Análises

Need for Speed: Rivals

Acabou de comprar um Xbox One ou um PlayStation 4 e é fã de jogos de corrida? Infelizmente a má notícia é que são poucos os games desse gênero disponíveis nos novos consoles atualmente – com uma pequena vantagem para o Xbox One -, mas certamente “Need for Speed: Rivals” é um jogo que vale a pena dar uma conferida, caso você não o tenha jogado na geração anterior. Se você é um longo fã da série, talvez se decepcione com algumas mudanças realizadas. Mas se você apenas procura um jogo de corrida estilo arcade divertido, com gráficos exuberantes e uma excelente jogabilidade, “Rivals” vai ter manter distraído por vários dias.

Apesar do jogo ter uma historinha de fundo, ela é pouco explorada e quase inexistente. O negócio aqui é basicamente escolher entre ser um corredor de rachas (o que é proibido por lei) à lá Vin Diesel em “Velozes e Furiosos“, ou pertencer ao lado da lei como policial. Pra quem já jogou “Need for Speed: Hot Pursuit” vai se sentir em casa, já que “Rivals” é uma espécie de herdeiro (esqueça “Need for Speed: The Run”), só que agora em mundo aberto, ou seja, você decide qual trajeto fazer e quais missões realizar, durante a campanha.

Em termos gráficos e visuais, “Rivals” é um show de bola, especialmente nos consoles da nova geração, utilizando o novíssimo motor gráfico Frosbite 3 da Dice, o mesmo usado em “Battlefield 4“. O jogo roda a 1080p e 30 fps em ambos os novos consoles, isso devido ao número de corredores online. O design dos super carrões, desde o Aston Martin até as Ferraris, foi cuidadosamente caprichado, com reflexos belíssimos na lataria e colisões bem realistas. Talvez tenha faltado um cuidado maior a nível de paisagens, mas verdade seja dita, na hora do “pega pra capar” esse é um fator que não vamos dar muita importância. Algo que chama a atenção são os efeitos climáticos, como a chuva e o pôr do sol, além do ciclo temporal entre dia e noite.

As fugas desenfreadas, como criminosos, ou as perseguições em alta velocidade como policiais, são espetaculares e que agora contam com algumas novidades, que lembram jogos como “Mario Kart” ou “Rock n Roll Racing“. Em “Rivals” é possível acionar armadilhas e dispositivos do seu carro para atrapalhar a vida do adversário, como pulsos eletromagnéticos, ondas de choque, minas e o fura pneu, também conhecido como “jacaré”, armação com ferros pontiagudos usados pela polícia para bloquear o trânsito.

Há várias missões e desafios que o jogo lança para o jogador, como por exemplo, na pele de um policial, atingir um número de prisões, colidir determinadas vezes na traseira de um carro, usar um aparelho específico para sabotar os carros dos pilotos, etc. Já como corredor as metas variam em corridas de tempo, saltos, fugas, medalhas, colocação, etc. Vale lembrar que o jogador a qualquer momento pode alternar seu papel de corredor para policial e vice-versa.

Ao concluir essas missões, novos carros e dispositivos serão liberados, que podem ser adquiridos pelos Speedpoints, a “moeda” do jogo”. Além de comprar novos carros, é possível dar aquela “tunada” no que você já possui, deixando o bicho mais potente para as corridas (apenas os corredores, policiais não). Infelizmente o modo de customização aqui é bem limitado, em comparação aos jogos anteriores, e aqueles que gostam de gastar horas personalizando o seu carro, vão ficar decepcionados. O número de carros também é bem reduzido, sendo apenas 23 para cada lado.

Outra novidade bastante interessante é o sistema “All Drive“, que decide se vamos competir com outros corredores reais – seja na pele de policiais ou corredores – ou sozinho contra a CPU, oferecendo experiências únicas. É possível desligar essa funcionalidade e jogar completamente sozinho, mas certamente é bem mais divertido jogar com jogadores que aparecem do nada, com suas próprias aventuras, dando-nos a oportunidade de interagir com eles.

Os efeitos sonoros são muito bem empregados, com som de diversos motores, derrapadas, batidas, explosões. Já a trilha sonora é uma mistura de pop, techno com hip-hop, que é bem bacana e diversificada, mas na minha opinião pessoal faltou uma dose maior de rock n roll. O jogo está totalmente localizado em português do Brasil, com boas dublagens e legendas.

Márcio Pacheco

Márcio Alexsandro Pacheco - Jornalista de games, cultura pop e nerdices em geral. Me add nas redes sociais (links abaixo):

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