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Onimusha: Warlords

Foi em 2001 e para o PlayStation 2 que “Onimusha: Warlords” apareceu pela primeira vez no mundo dos games, abrindo as portas para uma nova série de aventura/ação de samurais com elementos sobrenaturais para a Capcom.

Agora, após 18 anos, o título retorna em versão remasterizada na tentativa de agradar os antigos fãs e de conquistar uma nova geração de jogadores, disponível nas plataformas PC, Nintendo Switch, PlayStation 4 e Xbox One.

Será que ele vai ter êxito nestas duas missões? Continue conosco e descubra!

BEM-VINDO AO MUNDO DOS SAMURAIS SOBRENATURAIS

Se esse é o seu primeiro contato com a série Onimusha, você talvez fique meio perdido no começo do jogo, especialmente porque ele não traz nenhum tipo de localização para o português do Brasil – pô, que mancada heim Capcom! – então para acompanhar a narrativa é bom ter um conhecimento em inglês.

Mas para te ajudar na ambientação do game, nós vamos te dar um resumo do que está acontecendo: situado no período feudal do Japão, a trama é centrada em Samanosuke Akechi, um samurai que empunha o poder dos antigos Oni (ou Ogres como citados no game, que são demônios da cultura japonesa).

A introdução nos mostra Samanosuke observando o lendário guerreiro Nobunaga Oda na Batalha de Okehazama, que realmente aconteceu no século XVI. Mesmo em desvantagem, Oda venceu a batalha graças às suas estratégias, mas supostamente acabou perdendo a vida – ele é ressuscitado posteriormente por um clã de demônios chamado Genma, principais antagonistas do game.

Após a Batalha de Okehazama, Samanosuke recebe uma carta de sua prima, a princesa Yuki, pedindo a sua ajuda para combater monstros que surgiram em seu reino e que estão matando todos os seus serviçais do castelo.

Assim, nosso jovem samurai parte para salvar a donzela, com a ajuda de uma parceira (jogável), a ninja Kaede (imagem abaixo), mas ao chegar lá descobre que a princesa foi raptada pelos demônios, que contaram com a ajuda de Nobunaga Oda.

E aqui começa a sua aventura.

ARQUITETURA JAPONESA REFINADA

Apesar de ser um jogo bastante antigo e sem grandes inovações, “Onimusha: Warlords” se apresenta bem na tela, provando que um bom jogo pode sim resistir ao teste do tempo.

Os visuais continuam os mesmos, porém a remasterização em alta definição deu uma boa valorizada no belíssimo design artístico original, retratando com detalhes mais nítidos paisagens, ambientes e personagens da antiga e linda arquitetura/vestimentas japonesa.

Claro, nem tudo são flores. As câmeras travadas e o gameplay mais truncado, herdados da franquia “Resident Evil”, além de uma progressão bastante linear e movimentos desajeitados e demorados do protagonista, podem incomodar jogadores acostumados com as dinâmicas e liberdades de escolhas dos jogos modernos – felizmente há uma opção para controles um pouco mais fluídos.

Os combates não são complexos. Samanosuke pode usar uma série de ataques, que cronometrados com a habilidade de defesa, podem infligir danos críticos nos inimigos.

Há diferentes armas que podem ser equipadas, cada uma delas com diferentes poderes de magias elementais, que permitem ataques mais poderosos como raios, fogo e vento – e ambos podem ser aprimorados por meio das almas coletadas de demônios derrotados.

Apesar de mais centrado na ação, o jogo apresenta outras referências popularizadas por “Resident Evil”, como algumas áreas que precisam ser exploradas, coleta de itens e resolução de quebra-cabeças para avançar em novos terrenos dentro do castelo da princesa.

A bela trilha sonora é recheada de temas orquestrados, que complementam a atmosfera assustadora e o exército de monstros que permeiam todo o game.

Já a dublagem, temos opção da excelente japonesa e a meia boca em inglês, ambas do game original – a versão em inglês é bem canastrona, como eram a maioria das dublagens daquela época, e na verdade pode ser até bem divertida e uma viagem no tempo.

Infelizmente não há legendas em português, só em inglês. Os diálogos são extravagantes e exagerados, e as vezes mais parece que estamos assistindo a um anime dos anos 90, como um “Dragon Ball Z” ou “Cavaleiros do Zodíaco”.

Por fim, alguns pequenos detalhes podem incomodar jogadores acostumados com os confortos atuais, como a falta de saves automáticos – tem que salvar “na mão” mesmo em pontos específicos – e a possibilidade de pular cutscenes – o que pode se tornar frustrante em chefões mais difíceis, ser obrigado a assistir as mesmas cenas repetidas e subsequentemente quebrando a atmosfera.

Outro ponto negativo é que enquanto no PC (Steam) o jogo se encontra com um valor mais acessível de R$ 40, nos consoles os preços mais elevados podem afugentar os gamers: PS4 (R$ 71,50), Xbox One (R$ 61) e Switch (US$ 20 – cerca de R$ 75, em conversão direta). Caso a grana esteja curta, recomendamos aguardar uma promoção para comprar os games nos consoles.

O jogo foi analisado com cópia gentilmente cedida

Márcio Pacheco

Márcio Alexsandro Pacheco - Jornalista de games, cultura pop e nerdices em geral. Me add nas redes sociais (links abaixo):

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