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Patrick Stewart revela que é “frustrante” ser lembrado apenas por Star Trek e X-Men

Certamente um dos objetivos de ser ator é conseguir um papel que se destaque na cultura pop e que seja reconhecido mundialmente pelas pessoas. Mas o que parece ser um sonho, as vezes pode ser uma maldição.

Em entrevista ao jornal português Público, o ator Patrick Stewart revelou sua frustração por ser lembrado apenas por seus papéis como Jean-Luc Picard na franquia Star Trek ou como o Professor Charles Xavier na série de filmes X-Men.

Quando perguntado se já tinha sofrido preconceito por ser britânico nos EUA, Stewart respondeu que nunca teve problemas com isso, mas sim com a excessiva fama de seus dois populares personagens.

Não. Pelo contrário, acho que nós, atores ingleses, na Broadway e em Hollywood, nos destacamos mais porque os atores ingleses são olhados com muito respeito. Nos EUA, nunca tive nada que não fosse uma calorosa recepção“, revelou.

O único problema que tive tem a ver com ser identificado como Jean-Luc Picard ou Charles Xavier. Isso tem sido frustrante. Uma vez, lutei para ter um papel secundário num filme americano importante e, quando finalmente consegui falar com o diretor, ele me disse: ‘Você é um ator magnífico, mas por que eu iria querer o Jean-Luc Picard no meu filme?’ Bem, este preconceito existe a toda a hora e é injusto“, desabafou.

O ator de 75 anos, atualmente está estrelando uma série de comédia chamada “Blunt Talk“, onde vive Walter Blunt, um âncora de TV britânico que tem um objetivo: conquistar o mundo dos Canais a Cabo Americanos.

Quando a jornalista diz para o ator que sua atuação na série a faz esquecer dos seus famosos personagens, Stewart se diz lisonjeado:

Essa é a melhor coisa que alguém já me disse sobre Blunt Talk. Você não consegue imaginar o sorriso que tenho agora na minha cara. Eis como me sinto em relação a isso: Interpretei Jean-Luc Picard em Star Trek durante sete anos na televisão e por quase 12 anos em filmes, e para muitas pessoas esse é o papel e o trabalho que definem quem sou. Quando ando na rua, as pessoas não me dizem que me viram em Macbeth, na Broadway. É logo: ‘Ei Capitão, como é que vai indo?’ Ou: ‘Professor, onde é que está a sua cadeira de rodas?’, lamenta.

Não sou nenhum destes dois homens. Eles são bem mais inteligentes, mais apaixonados pelo mundo, mais corajosos e brilhantes no que fazem do que aquilo que sou. Aquilo foram performances. No entanto, sou conhecido mundialmente por Jean-Luc Picard e Charles Xavier. Por isso, muito do que tenho feito nos últimos anos, com o Stephen Colbert ou o Jon Stewart, o Seth Macfarlane e o Ricky Gervais [produção e elenco de Blunt Talk], é tentar minar essa impressão que as pessoas têm de mim“.

Stewart não é o primeiro, e provavelmente não será o último, a sofrer com essa “maldição“. Atores como Christopher Reeve (Superman), Mark Hamill (Luke Skywalker) e Leonard Nimoy (Spock), são alguns exemplos clássicos de como também sofreram com esse “preconceito“. Stewart ainda teve um pouco mais de sorte, conseguiu deixar seu nome na história com dois personagens…

Márcio Pacheco

Márcio Alexsandro Pacheco - Jornalista de games, cultura pop e nerdices em geral. Me add nas redes sociais (links abaixo):

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