Você aí, reclamando do frio com 16 graus e dois cobertores? Pois se prepara, porque Permafrost tá chegando pra te mostrar o que é um inverno de verdade.
E não tô falando de “ai, que ventinho chato no metrô”, tô falando de congelamento de alma, de dígitos e de esperança. No novo trailer revelado na OTK Games Expo, a Toplitz Productions basicamente olhou pra sua alegria e jogou uma nevasca nela.
A Lua? Já era.
Sim, meu camarada: a Lua explodiu. Foi de base. Pulou fora do Sistema Solar ou virou lasquinha cósmica, vai saber. O que importa é que com ela se foi o equilíbrio do planeta, o calorzinho gostoso e a possibilidade de ir pra praia. Agora, o mundo de Permafrost é uma bela mistura de Alasca em 2060 com Mad Max usando cachecol.
O cenário? Um mundo mais congelado que o coração do último chefe de Elden Ring. As cidades viraram ruínas cobertas de neve. Os humanos? Uns gatos pingados tentando não virar picolé de gente. A esperança? Bom, essa você vai ter que fabricar com sucata, fogueirinha e muita cara de pau.
O trailer é bonito?
Rapaz… o trailer é lindo. Mas lindo tipo “olha que lugar horrível pra viver, mas que renderização maravilhosa”. A neve brilha mais que as promessas da indústria de games em conferência. As estruturas destruídas têm aquele charme pós-apocalíptico que faria o Joel de The Last of Us dar um like no Instagram. E o clima? Um frio que te atravessa só de olhar.
Sobrevivência: o modo mais gelado de dizer “boa sorte”
Não pense que você vai sair andando feliz da vida, pegando loot e construindo cabaninha. Em Permafrost, você vai:
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Passar fome, porque comida virou item lendário.
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Tomar ventania na cara, porque o clima tem o carisma de um urso polar com dor de dente.
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Tomar decisões morais, tipo “divido essa lata de feijão com meu cachorro ou como escondido enquanto ele dorme?”.
E falando no cachorro…
Sim, você tem um doguinho (e é o melhor personagem do jogo, já aviso)
O trailer mostra que você não vai enfrentar o frio sozinho. Você vai ter um companheiro canino. Porque claro, nada mais pós-apocalíptico do que um cachorro com mais carisma que os humanos do seu grupo.
Ele fareja recursos, te ajuda a se manter são (porque a solidão é real, meu chapa) e provavelmente é mais inteligente que metade das facções que vão tentar te matar. O nome dele ainda não sabemos, mas tô apostando em “Snow”, “Frostbite” ou “Dogão mesmo”.
Facções, tretas e o velho dilema: com quem eu divido o bunker?
Como todo bom mundo destruído, tem facções brigando por lascas de civilização. Vai ter gente tentando montar governos, outros virando cultistas do gelo, e uns só querendo um cobertor térmico decente. Você pode se aliar a alguns, comprar briga com outros, ou simplesmente fugir de todo mundo — decisão sua. Só saiba que cada escolha é mais fria que a outra.
Multiplayer: desgraça compartilhada é mais divertida
Quer passar frio sozinho? Pode. Mas se preferir sofrer com até 3 amigos, o jogo permite um modo cooperativo que promete gerar aquelas pérolas do tipo:
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“Ei, por que você usou nossa única pilha no rádio em vez de acender o fogão?”
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“Cara, eu dei toda a comida pro cachorro porque ele tava com fome.”
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“Gente, quem foi que deixou a porta aberta e agora tem um urso dentro do abrigo?”
É o tipo de coop que fortalece amizades… ou destrói alianças mais rápido que fogo na lenha molhada.
Filosofia da neve: o que Permafrost quer ensinar?
A real é que Permafrost não quer só te congelar fisicamente — ele quer congelar sua alma gamer. Ele te força a repensar seus hábitos, suas prioridades e sua habilidade de fazer fogo com dois gravetos e um tutorial de 45 minutos.
Enquanto outros jogos te dão poderes, armas e chances épicas, Permafrost te dá uma pá, um cachorro e hipotermia. É um “modo hard” da vida, em que o loot é escasso, o mundo é cruel e a sobrevivência é um tapa na cara de quem achava que sabia jogar.
Ele é tipo Frostpunk, só que com menos engrenagem steampunk e mais “me ajuda, cachorro, que tá difícil”. É The Long Dark, mas com mais drama e menos tutorial. É DayZ, se todo mundo usasse calça de moletom térmica e ninguém tivesse munição.
Tá bonito no trailer… mas e no jogo?
A resposta é simples: a gente espera que sim. O trailer faz um bom trabalho em criar a atmosfera. Ele promete um mundo aberto de respeito, exploração significativa e decisões com impacto — mesmo que o impacto seja “morrer congelado porque você virou a esquina errada”.
Se a Toplitz Productions entregar o que tá mostrando, Permafrost pode se tornar um nome de respeito no hall dos jogos de sobrevivência. Mas, como bom tiozão gamer que já viu muito estúdio prometer o céu e entregar um boneco torto em alpha, a gente assiste com hype moderado e um cobertor nas costas.
Prepare o chocolate quente e o machado
Permafrost é aquele tipo de jogo que chega no inverno e diz “vai piorar”. Mas ele faz isso com estilo. A ambientação promete ser pesada, o desafio parece honesto e o clima… bom, o clima é um dos maiores vilões. Não espere conforto, não espere misericórdia — espere neve, silêncio e um cachorro que provavelmente é seu último amigo vivo.
Se você gosta de se sentir miserável num mundo destruído, mas com gráficos lindos, histórias enterradas e decisões que te fazem questionar sua moral, Permafrost pode ser sua próxima gelada obsessão.
Permafrost tá prometendo. Agora é ver se vai entregar. Porque sobreviver no frio com um cachorro fiel é legal… até a fome bater e você lembrar que ele tá olhando pra você como quem vê uma coxa de frango.