Análises

Pokémon Trading Card Game

Pokémon Trading Card Game

Pokémon Trading Card Game é um jogo de cartas que fez muito sucesso entre os fãs dos monstrinhos da Nintendo, isso por que o jogo permite várias estratégias para derrotar seus adversários. Vendo uma oportunidade, a Nintendo delegou ao estúdio Hudson Soft a missão de fazer um jogo para Game Boy Color baseado no jogo de cartas da franquia, e assim nasceu mais um bom game para os fãs dos monstrinhos.

Tornando-se um duelista lendário

Como de praxe dos jogos da franquia Pokémon, a primeira parte do game é a criação do seu personagem e há uma pequena introdução do mundo envolta do game para os jogadores. Após a pequena introdução, o jogador toma controle do personagem dentro do laboratório do Doutor Manson, onde nos é apresentado nosso objetivo dentro da aventura, tornar-se o maior duelista de todos os tempos; sim, duelista e não treinador, pois não há pokémons na ilha onde o jogador se encontra, sendo os duelos feitos por cartas que simulam as habilidades dos pokémons.

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Esse início do jogo é muito importante, por que além de receber um deck – Dr, Manson irá lhe oferecer três opções de deck – será explicado ao jogador nos mínimos detalhes as regras e fundamentos dos duelos, além de permitir ao jogador treinar e rever as explicações quantas vezes forem necessárias.

A partir desse ponto em diante, o jogo se desenrola da maneira que todos conhecemos dentro da franquia pokémon, você terá de duelar contra vários adversários, coletar cartas, vencer os vários ginásios da ilha para poder ganhar o direito de derrotar os quatro duelistas lendários além de enfrentar um rival durante toda a aventura. A campanha até diverte, há muitos duelos e montar decks é uma tarefa divertida e que requer tempo e conhecimento das cartas, porém, diferente do que é visto em outros jogos da série, como em Pokémon Gold, por exemplo, a campanha não é tão empolgante ou “viciante”.

Não há um desenvolvimento dos personagens, nem uma trama por trás da campanha, o seu rival dentro do jogo passa longe de ser marcante como Gary Oak, além das poucas horas de duração da aventura não existe uma recompensa ao jogador quanto ao progresso do game; você ganha novas cartas conforme avança no game, mas como é tudo praticamente igual (vai ginásio x, derrota duelistas e pega a insígnia), a aventura acaba perdendo charme e o jogador não é surpreendido em momento algum, tirando impacto e a sensação de real progresso.

Como eu disse antes, a campanha até diverte, mas muito pelo fato dos duelos serem empolgantes e desafiadores do que pela campanha propriamente falando, que deixa a desejar por não apresentar novidades no decorrer da aventura. Após terminá-la (campanha), não há muitos incentivos em continuar no game, restando somente duelos com amigos através do Cabo Link ou recomeçar aventura com decks diferentes.

Duelos divertidos

Se a campanha deixa a desejar, os duelos rumam em águas diferentes, mostrando muita competência e trazendo desafios cabeludos em alguns momentos; quem já jogou Yu-Gi-Oh! ou Magic se familiazará rapidamente com o jogo. Os duelos iniciam com a colocação de prizes (prêmios) na mesa, que normalmente são quatro ou seis, esse prizes são cartas do seu baralho e você não sabe quais cartas elas são, já que é aleatória a seleção dos mesmos. Sempre que um Pokémon é derrotado, pega-se um prize e o jogador que recolher todos eles vence a partida;  também perde quem não tiver mais cartas para sacar do deck.

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O jogo conta com cartas dos 151 pokémons tradicionais, além de outras cartas que trazem benefícios dentro da luta, como cartas para recuperar vida dos pokémons, aumentar força do ataque, sacar mais cartas, entre outras. Outra carta extremamente importante são as cartas de energia, já que para usar as habilidades dos pokémons é preciso colocar energia neles. Cada ataque requer um tipo diferente de energia e uma quantidade distinta, podendo ser desde a uma carta de energia normal ou três cartas de energias de fogo, tudo varia do Pokémon usado, sendo que alguns consomem as energias em determinados ataques, obrigando o jogador a repô-las para poder usar as habilidades dos monstrinhos; as energias variam entre psíquica, elétrica, fogo, água, etc.

Somente lendo, é complicado entender o funcionamento dos duelos, por isso a explicação do Doutor Manson no início do game é tão importante, pois além de explicar as regras, tudo é feito na prática e guiando o jogador passo a passo, ou seja, é um breve tutorial explicando cada detalhe dos duelos, e também dando várias dicas valiosas, tanto para montagem do seu próprio deck quanto para os duelos.

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Como os duelos são variados e possuem muitas vertentes, como cartas que podem mudar a situação da partida, tornar-se um grande duelista é algo que irá requerer tempo, treinamento, domínio das cartas e paciência dos jogadores, ainda mais por que é realmente difícil montar decks competitivos, já que há limitações, tais quais quantidade máxima permitida de cartas no deck (60 cartas), limitações nas quantidades de energia, itens de suporte, etc.

Jogadores casuais, não se desesperem, dentro do jogo há uma máquina no laboratório do Dr. Manson que montará seus decks caso não tenham tanto domínio suficiente do jogo para monta-los vocês mesmo além da dificuldade do game ser progressiva, ou seja, conforme for avançando na aventura ela irá ficando mais difícil, o que ajuda no início quando você esta se familiarizando com os duelos mais fáceis ao passo que traz desafios dignos depois de algum tempo de jogatina, quando já estamos entrosados com o sistema de duelos.

Se a campanha é fraca, os duelos são divertidos e desafiadores, exigindo que os jogadores tenham pensamentos mais cuidadosos e estratégicos na hora de fazerem suas jogadas, saindo da monotonia de ficar usando o ataque mais forte sempre, como acontecem em dados momentos nos demais jogos da série Pokémon.

Gráficos e efeitos sonoros poderiam ser melhores

Tecnicamente o jogo tem seus altos e baixos, as cartas são bem desenhadas e não deixam nada a desejar dos monstrinhos vistos em outros games da série, porém os efeitos dos ataques são bem mais simples. Os gráficos no geral também são medianos a fracos, nunca se destacando e apresentando muitos cenários genéricos sem contar o sistema de cores, que não é muito agradável, com tons muito fortes, principalmente em algumas cores, como verde claro.

Os cenários além de genéricos são simples e pecam pela falta de polimento e detalhes em alguns casos, não que sejam feios, mas pelo que foi visto em outros jogos da série Pokémon para Game Boy Color (como Pokémon Gold, Silver e Cristal), Pokémon Trading Card Game está bem abaixo ainda mais por se tratar de um game da Nintendo. Os efeitos sonoros também são razoáveis e a trilha sonora é bacana, mas nada que se destaque ou mereça maiores elogios. No geral, a Hudson Soft poderia ter caprichado mais já que o portátil da Nintendo mostrou que tem potencial para apresentar gráficos melhores e efeitos sonoros mais refinados.

Versão repaginada de Pokémon Tradind Card para jogar on-line de graça
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