Olha só quem reapareceu do buraco negro do marketing: PRAGMATA. Sim, aquele mesmo jogo da Capcom que todo mundo viu no trailer lá em 2020, achou que ia ser tipo um Death Stranding com astronauta da Shopee, e depois simplesmente desapareceu como login do Orkut.
Pois bem, ele voltou. E dessa vez, com trailer novo, promessa de lançamento pra 2026, e uma energia tão misteriosa quanto tutorial de Dark Souls em russo.
A Capcom parece ter acordado de um coma criativo e resolveu avisar: “Galera, a gente ainda tá fazendo esse jogo, tá?” E deus abençoe, porque Pragmata sempre teve um charme esquisito. Tipo aquele filme de sci-fi que você aluga na locadora achando que é bomba e sai chorando no final com a trilha sonora do Hans Zimmer na cabeça.
“Então… onde a gente tava mesmo?”
Foram dois anos no modo ninja: sem trailer, sem tweet, sem reply no fórum da Steam. Teve até gente achando que Pragmata era só um ARG de marketing pra um spin-off da Ava Max com o Kojima. Mas agora ele ressurge das cinzas com um trailer que mostra os protagonistas Hugh e Diana, uma dupla que parece ter saído de um crossover entre Interstellar, Nier Automata e Wall-E depois de cinco conhaques.
O jogo se passa na Lua — sim, A LUUUAAAAA, porque planeta já tá fora de moda. Agora é hackear IA lunática mesmo, enfrentando robôs malucos em cenário cinzento, gelado e com uma vibe tipo “Black Mirror + Mass Effect + episódio perdido de As Meninas Superpoderosas”.
Diana e Hugh: a Dupla Dinâmica da Lua
Segundo o diretor Cho Yonghee (no PS Blog, porque entrevista direta é coisa do passado), Pragmata gira em torno da sinergia entre os dois protagonistas. Hugh, o astronauta dos infernos com cara de quem foi recusado pra ser figurante no Dead Space, e Diana, uma criança fofinha (ou um robô? Ou um delírio coletivo? Já nem sei mais) com poderes e hack skills de dar inveja no R2-D2.
Você controla os dois ao mesmo tempo, num esquema “dois em um”, tipo um jogo de revezamento mental com puzzle e combate coordenado. Pense em It Takes Two, mas se a história fosse escrita por um programador de Chernobyl com crise existencial.
Combate e Hack? Claro que sim, com neon
A Capcom prometeu uma “experiência de combate” pra breve. Isso geralmente quer dizer: “ainda tamo decidindo se vai ser stealth, tiro ou quick time event com raio laser, segura aí”. Mas a verdade é que o trailer é bonito, sombrio, cheio de partícula e com aquele clima de que algo deu muito, muito errado em uma estação lunar, o que, convenhamos, é exatamente o que a gente quer.
Só a ideia de controlar dois personagens ao mesmo tempo enquanto hackeia sistemas da IA que quer te matar já dá aquele calorzinho de jogador raiz, aquele gostinho de “isso vai dar trabalho, mas eu vou me orgulhar quando terminar”.
Capcom, sua danada, você fez de novo?
Vamos combinar: a Capcom tá em modo deus nos últimos anos. Street Fighter VI, Monster Hunter Rise, remake de Resident Evil que até vó tá jogando. E agora, com Pragmata, eles parecem querer dizer: “a gente também sabe brincar de Kojima”.
Claro, pode ser só uma viagem sem freio com plot que ninguém entende, mas se for com boa jogabilidade e estética maneira, a gente perdoa. Afinal, todo gamer que se preze ama um jogo que ninguém entendeu direito. (Death Stranding te ama, bebê.)
Então, vale a pena o hype?
Olha, vale sim, mesmo que só pela curiosidade mórbida de ver onde essa maluquice vai parar. Porque se a Capcom segurar a mão no drama e deixar a jogabilidade ser tão interessante quanto a ideia, a gente pode estar diante de um novo cult sci-fi de respeito. E se não for? Bem, pelo menos vai render uns vídeos engraçados no YouTube e textão no Reddit com 15 teorias da conspiração.
Cuidado com a Lua, ela pode te hackear
Pragmata é aquele tipo de projeto que parece que saiu direto da mente de um engenheiro com insônia e acesso ilimitado a café e Evangelion. Mas aí que tá a graça. Em um mercado onde todo mundo tá jogando seguro com remakes e battle passes, é refrescante ver uma loucura espacial ambiciosa, poética e caótica do jeito certo.
Mensagem do Master Racer: Se o seu PC aguenta rodar estação lunar hackeada com duas entidades metafísicas e reflexo de partícula em tempo real, parabéns, você está no lado certo da guerra dos pixels. Se não aguenta, bem… talvez seja hora de largar o console e descobrir que o mundo é mais bonito acima dos 60 FPS.