Em junho, a Polytron lançou uma atualização para “Fez” que pode corromper o arquivo de progresso de quem a instalou. Entretanto, a produtora não vai corrigi-la, devido ao custo elevado cobrado pela Microsoft, disse Phil Fish, criador do game.
Em mensagem publicada no blog oficial da produtora, Fish disse que isso custaria “dezenas de milhares de dólares” à produtora – o site Giant Bomb mencionou uma declaração de Tim Shafer, segundo o qual esse valor é de US$ 40 mil -, e que a Polytron já deve muito dinheiro à Microsoft pela exclusividade de estar no Xbox 360.
Fish também diz que, por conta desse erro, o arquivo de atualização foi removido e a Microsoft deu à empresa duas opções: corrigir e pagar para a realização de um novo processo de certificação ou disponibilizá-lo novamente como está. Como a falha afetou poucos jogadores, a produtora decidiu disponibilizar novamente a antiga atualização.
“Para o [grupo com] menos de 1% de jogadores que estão sendo afetados, nós sinceramente pedimos desculpas. Sabemos que isso fere mais a vocês, porque são os que investiram mais tempo no jogo. E isso quebra o nosso coração. Esperamos que vocês não pensem que o tempo gasto em ‘Fez’ foi uma perda total”, escreveu Fish.
O criador de “Fez” disse ainda que essa foi uma decisão difícil, e fez um desabafo. “Se o jogo tivesse lançado no Steam ao invés do Xbox Live, teria sido arrumado duas semanas após o lançamento e isso não nos custaria nada”.
Perspectivas diferentes
Em “Fez” o jogador controla Gomez, criatura que parte para uma jornada que vai levá-lo a locais repletos de mistérios relacionados ao passado, quebra-cabeças e tesouros escondidos.
O jogo utiliza um sistema de alternância entre perspectivas 2D e 3D semelhante ao visto em “Super Paper Mario”, para Wii. Ou seja, embora o ambiente seja em 3D, os controles são essencialmente de um game tradicional de plataforma da década de 80, com a diferença que a perspectiva pode ser mudada, inclusive durante um salto.
Distribuido por download, “Fez” é exclusivo para Xbox 360.
