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Realmente é necessário o reconhecimento do Comitê Olímpico para o cenário de eSports?

O site estrangeiro, The Esports Observer, em uma discussão no evento GEF 2019, abordou um tema que também está sendo muito comentado aqui no Brasil: os eSports devem ser considerados esportes tradicionais, ao ponto de fazer parte das Olimpíadas, sim ou não?

Opiniões controversas, como a da conselheira do Flamengo, Marion Kaplan, que ofendeu jogadores de “League of Legends”, não são exclusivas apenas do nosso país. Em muitos lugares do mundo, a modalidade eletrônica encontra certa resistência por parte de organizações tradicionais.

Michael Blicharz e Nicolas Besombes – respectivamente, vice-presidente da Pro Gaming na ESL, e sociólogo envolvido no cenário francês de eSports – , afirmaram encontrar, sim, méritos em uma possível união entre o comitê olímpico e organizações de eSports, mas não do jeito que muitas pessoas pensam.

“A associação com as Olimpíadas seria um comprovante de legitimação. Isso abriria, potencialmente, vários olhares para o cenário de esportes eletrônicos. O mundo inteiro conhece as olimpíadas. Se os eSports se inserissem dentro do panorama olímpico, então… todos os pais e avós terão mais facilidade para aceitar os videogames quando seus filhos quiserem fazer parte de uma equipe e disputar eventos”, diz Blichartz.

Os pontos apontados não precisam, necessariamente, da inserção direta da modalidade nos Jogos Olímpicos – ideia que incomoda tantas pessoas, ainda. Seria uma associação na qual viabilizaria a troca de conhecimentos e aprendizados entre dois públicos e organizações.

O foco maior, no presente momento, não é a suposta “necessidade de aprovação” que um atleta patrocinado de jogos como, por exemplo, Counter-Strike: Global Offensive, possa vir a ter. Muitos deles, com certeza, pouco se importam com isso, porque possuem contratos milionários e o seu próprio público-alvo – apreciador do seu ofício e da sua real personalidade.

Não é necessária aprovação externa para tais profissionais. Claro, conforme já apontado, seria muito mais fácil caso alguns país e avós não tivessem tanto preconceito com a emergente modalidade, mas não é algo totalmente impeditivo.

Como toda e qualquer forma de competição, com altas somas em dinheiro no processo, existem aqueles que gostariam de abocanhar a fatia monetária para os seus próprios negócios não tão bem-sucedidos. Tal reação é normal e não deve ser destacada com mais impacto do que possui realmente – é apenas uma opinião de uma pessoa e/ou uma organização.

O que realmente importa é o impacto que a modalidade traz para o seu próprio público interessado e para aqueles envolvidos no seu desenvolvimento. Os atletas precisam de patrocínio, e suas equipes têm a responsabilidade de fornecer um ambiente adequado para desenvolver suas habilidades com responsabilidade e segurança.

De maneira orgânica, o mundo está reconhecendo os eSports como eles realmente são: uma moderna forma de competição. A necessidade de treinos para refinar os reflexos (do corpo e da mente) já é um fator determinante para existir diversos níveis de jogadores – amadores e profissionais.

Sendo assim, e com o ascendente apoio de empresas de diversos mercado do mundo inteiro – contando com nomes poderosos, como montadoras renomadas de veículos -, o potencial para os esportes eletrônicos está apenas no seu início de desenvolvimento.

Ao longo dos anos e das décadas, presenciaremos os caminhos trilhados por algo há pouco tempo criado, mas que ainda possui muita capacidade de expansão e aprimoramento.

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