Análises

Red Steel 2

– Uma salada de faroeste e ninjas que faz bom uso dos sensores de movimento –

O primeiro Red Steel foi lançado em 2006 e foi um dos primeiros games a mostrar as novas possibilidades dos sensores de movimento do Wii. Era um jogo bacaninha, com pontos altos e baixos que conseguiu conqusitar alguns fâs, mas ficou longe de ser um sucesso comercial, vendendo um pouco mais de um milhão de cópias ao redor do m undo.

Mas não satisfeita, quatro anos depois a Ubisoft aposta novamente no FPS com Red Steel 2, exclusivamente para o Nintendo Wii. E parece que a empresa fez direitinho a lição de casa, apresentando uma excelente sequência com gráficos estilizados em cell-shadding, em contraste do estilo mais realista utilizado no jogo anterior.

O game utiliza o Wii Motion Plus, o acessório adicional ao Wii Remote que aumenta a precisão e melhora a jogabilidade dos games. Há um ano no mercado, o pequeno aparato parece não ter convencido muito as produtoras de suas funções, com pouquíssimos jogos lançados para ele. Red Steel 2 é um deles, e parece que o Motion Plus era a peça que faltou no primeiro game para ser mais convincente e melhor qualidade.

*E se você clicou aqui só por causa da imagem da garota na chamada, no final tem um bônus 😛

Templos, saloons e sushi

Temos aqui uma salada de estilos orientais e ocidentais, com o uso de armas de fogo do velho oeste e o manejo intensivo de espadas, ninjas e samurais. Temos um novo herói (não batizado no game, mas chamado de Hero). Ele é o último membro do Clã Kusagari que busca vingança de Payne, líder da gangue dos Jackals. O enredo não vai muito além disso, alguns outros personagens aparecem como Jian, mestre do clã Kusagari, a jovem Tamiko que está tentando organizar um grupo de resistência contra os Jackals e um xerife desaparecido. Do lado dos bandidos temos a gangue dos Jackals, formada por vagabundos, ladrões, assassinos e outras escórias que vivem na vasta e desolada terra de Red West. São liderados pelo psicopata impiedoso Payne, que por sua vez segue ordens de chefão misterioso. Temos também outro clã, os Katakara, que conta com samurais e pistoleiros e são comandados por Okaji.

como em todo bom faroeste, não poderia faltar a explosão na ponte

Mas a história é o elemento menos importante. Aqui o fator que mais conta é a jogabilidade, que está dividida em dois gêneros: o FPS com o uso de armas e o hack’em slash, com o uso de espadas em primeira pessoa. E o melhor de tudo é que você pode alterná-las quando bem quiser, funcionando com naturalidade e eficiência.Você se movimenta com o Nunchuk e usa o Remote como mira e atirar nos inimigos que estão a distância. Mas se por um acaso alguém mais destemido pular na sua frente, você desferir um movimento com o braço usando assim a sua katana para cortar o inimigo mais próximo. São golpes verticais, horizontais, nas diagonais e estocadas. Além disso você pode usar a espada para desviar das balas inimigas, como um Jedi. A medida que você vai avançando no jogo, novas habilidades especiais e armas serão habilitadas. A quantidade de combinações de movimentos, tanto ofensivo como defensivo, é bastante grande e você sempre estará descobrindo novos golpes e movimentos à medida que progride na aventura (pode-se ver um tutorial com uma gostosa ensinando os movimentos dos controles). Alguns movimentos mais frenéticos nem sempre são detectados pelos sensores de movimento, especialmente nas batalhas contra os chefes de fase, que vão exigir muita ação com o uso de pistolas e espada. Mas nada prejudicial à diversão e que claramente muito superior à versão original.

nada como usar sua katana para matar ninjas no velho oeste

Red Steel 2 também se destaca pelo seu sistema de missões não linear, cabendo a você escolher qual o próximo caminho. Você também pode comprar novos golpes para serem usados com a espada, melhorar o seu equipamento e se quiser, pode treinar um pouco antes de ir pra coisa real. Os cenários e áreas não requerem muita exploração e sua progressão é no geral bem tranquila, principalmente pelo uso de um radar que indica a direção. Você pode arrebentar caixas e abrir cofres pelo caminho para ganhar um dinheiro e munição para as armas.

Visualmente o game se apresenta com uma qualidade muito boa, usando um estilo Velho Oeste oriental, com cenários com texturas bem feitas e coloridas e personagens bem definidos e detalhados, rodando a 60fps lisinhos. Provavelmente um dos melhores visuais que já apareceram no Wii. Apesar de ser um FPS e hack’m slash, não espere ver sangue, corpos mutilados e tripas voando, como em um No More Heroes. Não há uma gota de sangue e os corpos desaparecem em uma névoa. A trilha sonora complementa a interação visual, com temas e melodias inspiradas que combinam com a ação. Porém a dublagem deixou a desejar, com interpretações pífias.

quando quiser descansar o braço, nada como a boa e velha espingarda de cano duplo

 

Márcio Pacheco

Márcio Alexsandro Pacheco - Jornalista de games, cultura pop e nerdices em geral. Me add nas redes sociais (links abaixo):

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