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Resident Evil 7: Biohazard

Resident Evil 7: Biohazard esteve cercado de mistérios desde seu anúncio e mesmo após a demo (que não faz parte do game) muitas dúvidas ainda surgiam na cabeça dos fãs. RE7 é o primeiro game da franquia principal que pode ser jogado em Primeira Pessoa, bem como é o primeiro a não contar o com os personagens icônicos que já conhecemos, por isso, a sensação é a mesma que tivemos há 12 quando Resident Evil 4 foi lançado. Um jogo novo e diferente, onde até veteranos são aprendizes, pois ninguém tem ideia do que virá a seguir.

Família Baker
Família Baker

Justamente por suas diferenças não é necessário conhecer a história da série para jogar este título. Nosso protagonista é Ethan Winters, que está à procura de sua esposa, Mia, e após receber uma notícia de sua companheira de que estava na cidade fictícia Dulvey, Louisiana/EUA, Ethan viaja até uma plantação onde encontra a mansão da família Baker.

Ethan não é membro de nenhuma força militar, mas sim um cara normal que terá de lidar com situações bizarras e monstruosas, então, esqueça os chutes na cabeça de zumbi dados por Leon e Chris, aqui suas armas são (na maioria das vezes) uma faca, pistola e capacidade de esquivar e correr como um se não houvesse o amanhã.

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A mansão dos Bakers é um lugar sombrio e sem vida. Uma casa velha, com sinais de mofo e falta de zelo, um lugar nada aconchegante que irá incomodar o jogador desde o primeiro momento. Em outras palavras a atmosfera de RE7 retoma o clima de suspense e terror que estava presente nos primeiros quatro games da franquia principal. A insana e mórbida família Baker é formada pelo pai, Jack Baker, a mãe Marguerite, a “avó” Eveline e o filho Lucas. O único membro saudável é Zoe, que tenta ajudar Ethan via telefone (isso não foi um spoiler).

A trama acontece de maneira gradativa, preparando o jogador aos poucos. No início do game o stealth será sua melhor arma enquanto se esconde dos donos da casa até que você começa a lidar com verdadeiros monstros e as coisas mudam totalmente. É preciso dizer que ao mesmo tempo que temos os Bakers com muita personalidade temos os demais inimigos que soam um tanto quanto genéricos em sua aparência e atuação.

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A jogabilidade muda de acordo com a arma que está em mãos. O jeito de atirar, o impacto da arma e a reação do inimigo é específica para cada situação e isso aumenta o realismo do game. Quanto a inteligência artificial, com um pouco de prática não é difícil ser mais esperto que os monstros devido a lentidão das criaturas, entretanto, poucos golpes recebidos são o suficiente para levar Ethan a morte.

Os puzzles não são chegam ao nível de complexidade dos primeiros games, mas resgatam o espírito investigativo dos quebra-cabeças que a série tinha perdido. Quanto ao lore (documentos espalhados pelo cenário) do jogo, não há muita coisa para encontrar, muito menos documentos que façam ligações diretas com outros momentos da história da saga.

Embora os gráficos não representem o que há de mais bonito no momento, o jogo não faz feio, estando com uma qualidade acima da média, sem serrilhados ou problemas de textura, além de cenários bem detalhados e personagens com boa modelagem facial.

RE7: Bioharzard mostra que a Capcom está atenta ao mercado cinematográfico de horror (principalmente ocidental) e trouxe todos estes elementos para os videogames. A mansão decaída parece ter saído direto dos filmes clássicos dos anos 2000, assim como a família Baker soa como uma homenagem a grandes vilões do gênero. Este novo capítulo da série renova a franquia com uma história e personagens que não nos fazem sentir falta de jogar com a “velha guarda” da série.

Gabriel Magalhães

Colaborador do GameHall, fundador do Forever Jogando e Analista de Marketing.

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