Análises

Resident Evil: The Darkside Chronicles

As crônicas sinistras de RE estão de volta em game on-rail

Miolos, miooooolos e a zumbizada está de volta atrás de mais miolos, especialmente o seu, em mais um game da franquia “Resident Evil” lançado em 2009.”Umbrella Chronicles” dividiu os fãs da série por se tratar de um game on-rail, ou seja, você não tem o controle do seu personagem, que se movimenta automaticamente nos cenários, cabendo a você o controle da mira das armas, como no game “Dead Space Extraction“. Alguns aclamaram o título, a maioria criticou, mas parece que a série Chronicles veio para ficar.

Em “Darkside Chronicles” temos novamente um game on-rail, com a história girando em torno das tramas e tragédias pessoais dos personagens da série. O principal foco está nos acontecimentos de “Resident Evil 2“, um dos títulos mais jogados e apreciados da franquia, e “Resident Evil: Code Veronica“, embora um novo capítulo também está incluído.

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Nos segmentos que envolvem “Resident Evil 2”, o jogador irá controlar os protagonistas Leon S. Kennedy e Claire Redfield, com Ada Wong e Sherry Birkin atuando como personagens coadjuvantes. Já o capítulo de “Code Veronica” temos novamente Claire, acompanhada pelo prisioneiro da Ilha Rockfort, Steve Burnside. Albert Wesker e Chris Redfield também marcam presença.

No capítulo inédito que se chama Operação Javier, traz Leon e Jack Krauser, personagem de RE4, como dupla. Eles visitam um vilarejo na América do Sul na tentativa de salvar uma jovem chamada Manuela e caçar um misterioso rapaz chamado Javier.

Se você já é um matador de zumbis desde os tempos do PlayStation, certamente vai apreciar revisitar cenários clássicos sob uma nova perspectiva. Porém se você é novo no universo de RE, poderá ficar perdido com a quantidade de informações que é exposta para o jogador. Mas seja um veterano ou um iniciante, prepare suas armas e pau na zumbizada!

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Personagens

Leon S. Kennedy – Protagonizou RE2 e RE4. Leon é um policial novato que chega em Raccoon City para o seu primeiro dia de trabalho, quando se depara com o pesadelo dos mortos-vivos na cidade.

Claire Redfield – Outro personagem vindo de RE2. Claire é uma aventureira que parte para Raccoon afim de encontrar seu irmão Chris, e acaba tendo que unir forças com Leon para sobreviver.

Steve Burnside – Steve é um prisioneiro da Ilha Rockfort que ajuda Claire em Code Verônica.

Chris Redfield – Protagonista de vários jogos da série (sua aparição mais recente foi em RE5) e irmão de Claire.

Jack Krauser – Krauser é um dos principais vilões em RE4, e um velho companheiro de farda de Leon. No game, Krauser protagonizará um cenário ao lado de Leon, onde ambos estão em missão na América do Sul.

Ada Wong – Fez sua estreia também em RE2, onde aparece apenas nos cenários de Leon. Ada também estrela RE4, novamente ao lado de Leon.

Sherry Birkin – Sherry é uma garota de 12 anos perdida em meio a devastação de Raccoon City, ela é filha do criador do G-vírus.

Anette Birkin – Pesquisadora da Umbrella. Mãe de Sherry e esposa de William Birkin.

William Birkin – Pesquisador da Umbrella e criador do G-Vírus. William aparecerá no game tanto em sua forma humana quanto as suas diversas formas de monstro.

Hunk – Único sobrevivente da Umbrella Specials Forces Unit.

Alexia Ashford – Alexia é uma dos vilões em Code Verônica,

Alfred Ashford – Outro antagonista em Code Verônica.

Edward Ashford – O pai de Alexia e Alfred.

Manuela – Era conhecida pelos fãs como “Mistery Lady” quando foi anunciada. Será uma peça importante no novo cénario estrelado por Leon e Krauser.

Javier Hidalgo – É um traficante severo que atua na América do Sul. Um homem bastante violento e poderoso, é o principal motivo de Leon e Krauser estarem no local.

Albert Wesker – O grande vilão da série também aparece em TDC.

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Pau na zumbizada!

O ponto forte de RETDC certamente é o seu enredo cinematográfico, interligando três épocas/cenários do universo da série de maneira espetacular. A ação começa com Leon e Krauser na América do Sul, passa pelos eventos de RE2 e então para CV. Impossível não se deixar levar pela nostalgia, se você jogou os games anteriores.

A mecânica on-rail do jogo, principal alvo das críticas, continua praticamente o mesmo que o da “Umbrella Chronicles”, ou seja, a ação se desenrola automaticamente e você controla a mira das armas, e de vez em quando pode escolher o caminho. A principal novidade é a interação com objetos dos cenários. Você pode atirar em caixas, estátuas, quadros, vasos e outros objetos em busca de itens escondidos ou pelo simples prazer da destruição alheia.

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O visual do game impressiona, está muito bem feito e detalhado, levando em consideração que é para o Wii, um sistema bem menos robusto graficamente do que os rivais. Os cenários são variados e fiéis aos originais, com novas perspectivas e ângulos de câmera que lembram os melhores filmes de zumbis. O design dos personagens também está de parabéns, bem modelados e com expressões faciais bem trabalhadas. As cutscenes se destacam em momentos memoráveis, que servem de transição dos momentos de ação para uma atmosfera de tensão para as cenas seguintes, além claro de desenvolver a trama.

A dublagem e os diálogos também garantem bons momentos, os personagens conversam entre si constantemente e de vez em quando até soltam frases clichês de filmes trash, prato cheio para os fãs do gênero. A trilha sonora e efeitos especiais estão perfeitos, são bem produzidas e envolventes. Os compositores originais de RE2 e CV, Shusaku Uchiyama e Takeshi Miura, garantem um ótimo trabalho nos temas clássicos repaginados e nas novas músicas.

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Além dos zumbis temos muitos monstros e criaturas, algumas já velhas conhecidas, outras novas como sapos mutantes, piranhas sanguinárias e aranhas gigantes (ok, essas já existiam). Para te ajudar na extinção das espécies, você poderá usar um arsenal variado. Sua pistola é a arma básica, que nunca fica sem munição, mas você pode encontrar outros equipamentos, como metralhadora, espingarda, granadas e se você quiser abalar as estruturas e espalhar miolos por toda a parte, a desejada Magnum .357.

A câmera trabalha contra você durante todo o jogo, para criar um clima de tensão maior, ela fica sacudindo o tempo todo e dificulta sua mira na zumbizada. A maior frustração do game são as lutas contra os chefes, em sua maioria repetitivas e chatas. Você apenas atira nos bichos enquanto sua longa barra de energia vai lentamente diminuindo. De maneira geral o jogo apresenta uma dificuldade fácil, sem muito volume de inimigos pelo caminho. Há a opção de se jogar com dois jogadores, o que garante uma diversão mais efetiva, afinal estourar cabeças de zumbis é mais legal em dupla.

E os momentos de terror, “vou passar muitos sustos jogando isso?“. Bom, aí vai depender. Se você é fã da franquia e conhece todos os jogos, provavelmente não vai se assustar muito (ou nada). Mas se você não está acostumado a jogos de terror, com certeza vai levar alguns sustos. O game apresenta muito sangue e violência e ataques surpresas dos monstros que podem gerar pulos da cadeira. Aconselho a jogar de noite, com as luzes apagadas e o volume no talo para uma experiência mais efetiva. Fiz o teste com a minha namorada, que não é fã da franquia, e ela levou uns bons sustos enquanto jogava (e eu rindo dos pulos da coitada).

Márcio Pacheco

Márcio Alexsandro Pacheco - Jornalista de games, cultura pop e nerdices em geral. Me add nas redes sociais (links abaixo):

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