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RIME

Após The Sexy Brutale o estúdio Tequila Works volta a surpreender com RiME. Situado num mundo semiaberto o novo game da empresa, que é publicado pela Grey Box, é um jogo repleto de puzzles e segredos, sendo protagonizado por um jovem garoto. Confira nossa análise.

RiME (como é grafado), começa sem te dar nenhuma informação. Seu personagem encontra-se desacordado na costa de uma ilha e assim que desperta se depara com uma raposa, que durante a jornada servirá como seu guia após determinados eventos e também te auxiliará quando você estiver perdido. Ainda que os mistérios sejam muitos, nos primeiros momentos a proposta do game fica bem clara: colocar o jogador para vivenciar um belo mundo e liberar caminhos resolvendo puzzles.

A jogabilidade é bem simplificada: correr, rolar, abaixar, escalar e nadar, ou seja, nada muito complexo. Os controles funcionam bem e têm uma ótima resposta satisfatória, por isso, os comandos não serão responsáveis por erros durante a jogatina. Já o controle de câmara tem um ligeiro delay que engasga a movimentação ao virar para esquerda ou direita, mas nada grave e jogadores menos apressadinhos não terão problema algum.

Os gráficos chamam a atenção pelas cores vívidas, e seja de dia ou à noite o game esbanja beleza em seus cenários. A geografia do ambiente também é outro ponto forte, pois tem bastante personalidade e cada área do game surpreende por beleza e características única. A arquitetura em Cel Shading lembra jogos como Prince of Persia (2008) e The Legend of Zelda Wind Waker.

Falando sobre os puzzles, que é o grande trunfo do game, eles são, em sua maioria, de dificuldade mediana. A primeira uma hora de jogo é sem sombra de dúvidas a mais difícil, mas após passar por determinados desafios a lógica do game fica mais clara e dá para ter uma certa “maldade” na hora de planejar a estratégia. Isso não quer dizer que o jogo fique fácil, pois cada um dos mapas tem seu próprio estilo de quebra-cabeça e no decorrer da história aparecem coisas novas que te farão pensar mais do que o normal, entretanto nenhum puzzle leva mais do que 15 minutos para ser desvendado pelo jogador.

A história de RiME é rasa e contada de forma gradativa, através de pinturas espalhadas pelo jogo e nas raras CG’s existentes no título da Tequila. Para entender o que está acontecendo ali é preciso ligar os pontos e estar atento aos detalhes ao seu redor. Já a trilha sonora é de tirar o fôlego, se encaixando perfeitamente em cada evento do game e complementam o lado emocional do jogo.

RiME é um jogo indie robusto e sem sombra de dúvidas um projeto ambicioso. Mesmo que algumas características lembrem outros títulos, estas semelhanças soam como tributo e em momento algum permitem que a obra seja ofuscada. RiME é divertido e caprichado sendo um forte concorrente a melhor game independente do ano.

Gabriel Magalhães

Colaborador do GameHall, fundador do Forever Jogando e Analista de Marketing.

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