Análises

Rocket Knight

Novo game resgata o estilo plataforma 16 Bits

Você lembra de Sparkster e do jogo Rocket Knight da Konami para Mega Drive? Se não lembra, leia nossa análise para ficar por dentro do assunto. A Konami resoloveu fazer um revival da sua antiga mascote e deixou o trabalho para a Climax Studios, que lançou ano passado o excelente Silent Hill: Shattered Memories.

Batizado simplesmente de Rocket Knight, ele é um jogo no bom e velho estilo plataforma, com gráficos 2.5D, ou seja, jogabilidade 2D com visual em três dimensões. O último game do gambá aventureiro foi em 1994 para Mega Drive e SNES. E o que podemos esperar deste novo game, exclusivo via download para Steam, PSN e XBL? Será que vale a pena baixar? Bom, se você curte jogos clássicos de plataforma, então a resposta é SIM, vale muito a pena adquirir esse jogo.

A Konami sempre foi conhecida por fazer ótimos jogos. Quando começou a lançar títulos para o Mega Drive, ela não fazia meros ports de versões já existentes, ela criava um jogo totalmente novo, como foi o caso de Castlevania e Contra. E o mesmo se aplica com Rocket Knight. Não espere um remake do Mega Drive com gráficos melhorados e tal, mas sim uma aventura totalmente nova, que melhora em tudo os conceitos criados na geração 16 Bits. Ao contrário de Mega Man 9 e 10, que mantém suas essências 8 Bits, Rocket Knight possui visuais incríveis que nada lembram as aventuras dos anos 90. Ok, lembram um pouco.

Para começar, a história é uma continuação da história já mostrada nos antigos games. Fãs do jogo original irão se sentir em casa, pois a jogabilidade é muito similar aos originais, ou seja, simples e divertida, como um jogo desse estilo necessita. A ação é rápida e intensa, Sparkster pode atacar com a sua espada, projetar tiros de energia, pular, rebatar ataques inimigos e voar graças ao seu Jet Pack nas costas.

E é graças a esse jato nas costas que o game ganha uma boa variedade no design dos seus cenários, podendo ricochetear pelas paredes e alcançar novas áreas normalmente não acessíveis pelas vias normais. E falando nos cenários, eles são muito bem feitos e criativos, com muita ação à base de plataformas, passagens estreitas, espinhos, armadilhas, inimigos estrategicamente colocados nas fases e assim por diante, que vai exigir muita habilidade e agilidade nos comandos. Além disso temos alguns puzzles, nada muito desafiador é verdade, mas que acrescenta algo a mais no jogo, assim como elementos dos cenários que podem se interagir com o personagem e abrir caminhos secretos, por exemplo. Assim como no original, há fases no estilo shooter de “navinhas”, em que você controla Sparkster voando e destruindo inimigos.

Os gráficos são bem trabalhados, são bem coloridos e com um visual estilizado de cartoon, que combinou bem com o jogo. Porém não apresenta nada de espetacular ou inovador, são gráficos simples, sem efeitos especiais e tal. Sparkester por exemplo, está menor na tela do que em suas versões 16 Bits, mas possui belas animações e detalhes.

Mas nem tudo são flores. Rocket Knight não possui a mesma quantidade de combates de chefes que existia no jogo original, o que era um dos pontos fortes do jogo. Mas os que têm são bem feitos e dão conta do recado. O chefe robô gigante que arrebenta uma parede para o primeiro plano é bastante impressionante. Axel Gear, o rival de Sparkster também está de volta nesta aventura e irá atormentar bantante o nosso herói. As músicas orquestradas seguem o mesmo estilo dos jogos antigos, nada que impressione mas são bacaninhas e empolgantes. Os mais atentos poderão ouvir a remix do tema original, um prato cheio para os saudosistas.

Um ponto negativo (pelo menos para mim) é que o game é muito curto. Eu terminei ele em pouco mais de duas horas. Felizmente o jogo oferece um bom nível de dificuldade (nada de saves e checkpoints, apenas três continues – a maneira oldschool de se jogar, vai encarar?), as últimas fases são bem desafiadoras e alguns chefes exigem habilidade e estratégia para serem vencidos. Os cenários são bem extensos e oferecem oportunidade de jogar novamente para uma nova exploração à procura de itens. Para completar, o jogo tem conquistas e troféus que aumentam o valor replay do jogo.

Márcio Pacheco

Márcio Alexsandro Pacheco - Jornalista de games, cultura pop e nerdices em geral. Me add nas redes sociais (links abaixo):

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