Atenção, guerreiros de Santuário, porque o caos bateu na porta: Rod Fergusson, o cara que segurava as rédeas da franquia Diablo desde 2020, acabou de dizer “valeu, falou” e largar a Blizzard. E não foi numa cinemática épica com o Deckard Cain chorando no fundo — foi no X (Twitter, pra quem ainda não aceitou o rebranding ridículo) com um textinho meloso dizendo que é hora de seguir em frente “de espada em punho”.
Amigo… espada em punho é o cacete. A real é que o comandante pulou do barco, e agora a tripulação vai ter que remar com o que sobrou. E olha que o Fergusson não é um qualquer: o cara já tocou Gears of War na The Coalition, foi figurinha carimbada na Microsoft e na Epic Games, e chegou na Blizzard logo depois do anúncio de Diablo IV pra “salvar” a franquia.
Cinco anos de sangue, loot e crunch
Durante seu tempo na Blizzard, Fergusson liderou quatro grandes lançamentos de Diablo — que, traduzindo, significa quatro oportunidades da comunidade reclamar de balanceamento, de monetização e de como a Blizzard está vendendo um capacete cosmético por preço de aluguel. Mas, justiça seja feita, o cara manteve a franquia viva e relevante no meio do fogo cruzado da indústria.
Agora, do nada, ele vira e fala que está “orgulhoso do que construímos juntos” e “ansioso para o que vem por aí para Diablo e para mim”. O que vem por aí pra ele? Aposto meu set ancestral que vai ser outro estúdio gigante precisando de alguém pra apagar incêndio de franquia bilionária.

E a Blizzard?
No momento, a Blizzard está no modo NPC sem quest: não falou quem vai assumir a bronca, não explicou se a saída foi de boa ou se rolou aquele “pedido de demissão” que, na verdade, é um “a porta tá ali”.
O mais preocupante? Diablo tá num ponto sensível. Diablo IV ainda tá recebendo expansões, temporadas e promessas de que “agora vai”. Diablo Immortal continua sugando cartão de crédito de gente que “só ia testar”. E Vessels of Hatred tá no horizonte, dependendo de um capitão que agora não existe mais.
Rage mode: ON
Eu vou ser honesto: essas saídas de alto escalão no meio de ciclos importantes sempre têm um cheiro esquisito. Ou o cara cansou de lutar contra burocracia corporativa, ou teve reunião com executivos que acham que “função de necromante” é departamento de RH.
E pra gente, jogador, isso significa que vamos ficar vendo o barco mudar de capitão no meio da tempestade. E, spoiler: isso nunca é suave.
A Blizzard já tá meio que na corda bamba desde que virou braço da Microsoft. O risco agora é ver Diablo sendo tratado como “mais um IP no catálogo”, perdendo aquele cuidado de franquia que sobreviveu a décadas de mudanças de mercado.
No fim das contas…
Rod Fergusson fez seu nome e deixou sua marca. Agora, Diablo tá órfão de líder, e a Blizzard vai ter que se virar pra provar que consegue manter o nível sem ele. Eu só espero que, no próximo evento, não apareça alguém dizendo que o jogo “vai focar no público casual” ou que “vai ter NFT” — porque aí, meus amigos, nem Lilith salva.