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Sacred Odyssey: Rise of Ayden

Sempre que falamos de um jogo da Gameloft, lembramos de jogos famosos. E por que isso? Bem, quem já jogou muitos dos títulos da empresa sabe que a mesma sempre tem “inspirações” em títulos já conhecidos.

Sacred Odyssey: Rise of Ayden poderia ser mais um deles. Aventura e ação, calabouços com quebra-cabeças, cavalgadas por grandes campos, tema fantasioso… tudo remete a uma cópia do clássico Zelda. Pela descrição, com certeza parece. Mas, apesar disso, a Gameloft colocou um pouco de identidade própria o suficiente para fazer um ótimo jogo para o iPhone e iPad e se distanciar da lenda da Nintendo.

Aqui você é Ayden, que vai iniciar uma jornada atrás dos quatro fragmentos do Cálice de Uryah para derrotar o monstro Amonbane e evitar o Apocalipse. Para isso, vai contar com aliados como a bela Princesa Lyanora e seu cavalo Miya, que pode ser usado a qualquer momento, bastando tocar seu ícone. A narrativa ganha em qualidade de produção com diálogos em sua maioria dublados, mas é uma pena que a Gameloft ainda não aprendeu a trabalhar decentemente esta parte. Há potencial aqui, mas o desenvolvimento deixa a desejar.

Os cálices serão encontrados nos diversos calabouços, com temáticas já esperadas como fogo, gelo, e por aí vai. O que brilha, porém, são os quebra-cabeças bem implementados e que farão você trabalhar e muito os neurônios. Eles envolvem as armas ganhas, que também funcionam como parte da solução, incluindo um bumerangue e uma poderosa luva. A ação, em contrapartida, é bem simples – há um botão para atacar, outro para defender e uma técnica de evasão. O que faz falta é um eficiente sistema de trava, principalmente quando se é rodeado de monstros. Fica difícil focar naquele que você deseja, e a câmera também não ajuda muito.

Visualmente, Sacred Odyssey brinda os olhos dos jogadores com cenários enormes e vislumbrantes, que vão de florestas a cavernas e terras cobertas por gelo. Para facilitar, há um mapa fixo que mostra sua posição e marca, com ícones, seus próximos objetivos, indicados por uma interrogação. A bolsa identifica onde está o vendedor, útil para adquirir suprimentos que vão ajudá-lo na campanha, como poções de recuperação.

Tudo isso, porém, tem um preço – apenas aparelhos de terceira geração em diante são compatíveis. Ainda não se sabe se isso será o padrão dos futuros lançamentos da Gameloft, pois o mesmo já ocorreu com Shadow Guardian e StarFront: Collision.

Além das missões principais, Ayden poderá ajudar diversos outros personagens em objetivos paralelos, que não são obrigatórios, mas que prolongam a aventura. São ações simples como encontrar pessoas ou matar um certo número de inimigos. Nada original ou impressionante aqui, mas que garante itens extras.

Sacred Odyssey também é compatível com o Gameloft Live, trazendo 29 conquistas. Porém, a pergunta ainda fica no ar: por que as grandes desenvolvedoras não estão adotando o Game Center? Até hoje, a Gameloft só incluiu o suporte à rede da Apple em dois de seus jogos. Do lado dela, talvez, há uma boa explicação: usando o Live, sua própria ferramenta, pode-se editar da forma que quiser e ainda anunciar seus produtos. Mas será que é isso que os jogadores querem?

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