Análises

Samurai Warriors 3

– Um jogo chato e sem inspiração –

“Samurai Warriors” é uma série paralela da popular franquia “Dynasty Warriors”, da Koei, conhecida pela característica de o jogador enfrentar uma grande quantidade de inimigos ao mesmo tempo.

“Samurai Warriors 3” conta com uma história baseada em personagens reais da era feudal Sengoku do Japão, uma época muito rica culturalmente e marcada por violentos conflitos internos na história do país, com a ascensão da família Tokugawa ao poder. Quem já jogou algum episódio da série, infelizmente vai notar que o título desaponta por não inovar em sua mecânica, já ultrapassada, com combates intermináveis e repetitivos.

São 38 personagens do século XIV para se escolher, a maioria com sua própria história no modo campanha. A mecânica do jogo é a mesma já conhecida: o jogador deve explorar um cenário aberto e derrotar dezenas de inimigos que lhe aparecem à frente. Infelizmente o fator exploração é muito pouco aproveitado, restando ao jogador poucas opções a não ser de derrotar hordas e mais hordas de inimigos.

Fraco e sem inspiração

Os controles são simples e não usam os sensores de movimentos do Wii Remote, com um botão dedicado aos ataques com a arma principal, outro para o poder especial e um terceiro para um atributo característico do personagem em uso. Armas e poderes variam dependendo do personagem escolhido e o jogo aceita o uso do controle clássico, o que na verdade não faz muita diferença, já que o apertar frenético dos botões continua o mesmo.

Além do modo história, há outros modos disponíveis, mas que na verdade não adicionam nada relevante ou complexo à mecânica, pois tudo o que se faz acaba sendo sempre a mesma coisa: esmagar botões sem parar. Algo que ajuda a quebrar a monotonia é a opção de se jogar com um colega, que ajuda a completar as missões, que nem são muito difíceis devido à baixa inteligência artificial dos inimigos.

Os personagens podem evoluir através de pontos de experiência ganhos ao completar objetivos e assim adquirir novas armas e armaduras. Porém os comandos de ataques e combos continuam os mesmos, falhando em oferecer uma variedade nos combates. Em jogos da geração passada era legal derrotar dezenas de inimigos na tela, mas passados 10 anos usando o mesmo sistema é possível perceber um desgaste na série e grande falta de criatividade. Tentaram inovar com alguns elementos, como a possibilidade de usar um cavalo, mas devido à grande quantidade de inimigos, raramente é possível andar direito com ele.

Em termos gráficos, “Samurai Warriors” possui modelos de personagens bem detalhados, mas os inimigos não variam muito e o mesmo pode ser dito dos cenários e áreas que são bem básicos, com alguns defeitos de programação e problemas constantes com os ângulos da câmera. A trilha sonora conta com alguns temas interessantes, que misturam música orquestrada com sons eletrônicos modernos, porém são afetadas pelos efeitos sonoros e vozes massantes que se repetem durante todo o jogo. Para os fãs do rock, o cantor e compositor japonês Gackt compôs duas músicas para o título.

* Texto originalmente publicado no UOL Jogos

Márcio Pacheco

Márcio Alexsandro Pacheco - Jornalista de games, cultura pop e nerdices em geral. Me add nas redes sociais (links abaixo):

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