Análises

Shank 2

macho man Shank está de volta, em um game ainda mais violento do que o anterior, trazendo de volta a nostálgica pancadaria 2D para a tela do seu PS3, X360 ou PC (disponível via rede online). “Shank 2” traz algumas melhorias significativas em relação ao primeiro título, que tinha uma jogabilidade mais travada, e agora corre mais suave e instintiva. Além de novas mecânicas de combate, temos novas armas, mais sangue e carnificina, e a grande novidade, um modo multiplayer para dois jogadores online (ou offline se preferir).

O game manteve o clima “tarantino” do original, com visuais sangrentos e cheios de ação. Apesar de os gráficos não terem sofrido uma grande evolução, eles continuam com um estilo todo próprio e muito bonito na tela, com uma direção de arte mais detalhada e com bom uso de luz e sombras. Os personagens possuem um estilo caricato estilizado que combina bem com a mecânica 2D do game. Há mais objetos interativos nos cenários, é possível destruir mesas, caixas, barris e até usar máquinas/armas/armadilhas do cenário para atingir os inimigos. O arsenal de armas está bem variado, muitos deixados pelos próprios inimigos, como bastões, canos, facões, foices e uma infinidade de itens que podem ser encontrados pelo caminho, permitindo que você trucide seus oponentes de formas ainda mais sanguinárias e violentas.

A ação em “Shank 2″ rola livre, leve e solta, com comandos simples e com respostas rápidas, o que deixa o jogo bastante dinâmico e divertido de se jogar. O destemido Shank pode carregar até três tipos de armas: as de curto alcance para combates corpo-a-corpo, como as facas; as de longo alcance, como as pistolas e os explosivos, como as granadas. Você pode variar os tipos de ataques e formar combos bem interessantes, como no meio da porrada pegar suas pistolas e atirar no oponente e depois terminar o serviço com uma motosserra, decepando seus membros.

Outro fator que vai incentivar o jogador e variar seu estilo de matança é que os inimigos estão mais difíceis e espertos agora, e alguns vão exigir um certo nível de estratégia, pois só ficar massacrando os botões nem sempre adiantam (especialmente nos chefões). O jogo começa com inimigos de dificuldade moderada, que vai aumentando assim que a aventura prossegue. Os inimigos são variados, com vários tamanhos e portando vários tipos de armas, que vão sofrer um bom nível de desafio.

A trilha sonora, apesar de não ser um grande destaque, embala bem a jogatina, com temas parecidos com o do jogo anterior, e com bons efeitos sonoros de tiros, explosões e gritos. Há vários extras como armas, personagens (são vários coadjuvantes que também podem ser usados no multiplayer) e skins para Shank que incentivam o fator replay.

Infelizmente não temos mais um modo história para dois jogadores como no antecessor, mas temos um modo Survival, que pode ser jogado por duas pessoas local, ou via online (que não tinha no primeiro). Como o nome já diz, a ideia é sobreviver o máximo de tempo possível, e aniquilar a maior quantidade de inimigos, impedindo que eles instalem bombas no cenário.

Apesar de todos esses pontos positivos, o jogo derrapa em outros. O primeiro é a sua história, que não tem nenhuma ligação no que foi mostrado no original (uma jornada de vingança contra o vilão que matou a sua amada). Não que isso seja um problemão, mas a nova narrativa é sem charme e não convence muito, em que Shank deve salvar Elena, dona do orfanato onde ele foi criado, e derrotar o malvadão General Magnus. O jogos contém algumas cutscenes, mas elas são fracas e não empolgam nem um pouco.

Outro problema, mais grave, é a duração da sua campanha solo, que consiste apenas de oito nível, e que pode ser finalizado em duas ou três horas. Deveria ter, no mínimo, o dobro de fases. Os cenários, apesar de bonitos, podiam ter designs e desafios mais variados, sendo que a ação ocorre de maneira muito similar em todos eles (ande, derrote inimigos, suba por alguma paredes, deslize por cabos). Faltou mais empenho da desenvolvedora nesses probleminhas, que inclusive estão presentes no game anterior.

Márcio Pacheco

Márcio Alexsandro Pacheco - Jornalista de games, cultura pop e nerdices em geral. Me add nas redes sociais (links abaixo):

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