Após a polêmica que a Fox sofreu com o cartaz de “X-Men: Apocalipse”, agora é a vez do renomado Studio Ghibli, estúdio japonês de animação responsável por sucessos como “A Viagem de Chihiro” e “O Castelo Animado”, entrar na linha de fogo.
Em entrevista ao The Guardian, o produtor do estúdio, Yoshiaki Nishimura, fez uma declaração polêmica sobre a falta de mulheres no comando dos filmes da empresa.
“Depende do tipo de filme que seria. Diferente do live-action, com a animação o que precisamos fazer é simplificar o mundo real. As mulheres são mais realistas e lidam com o dia-a-dia muito melhor. Já os homens tendem a ser mais idealistas – e filmes de fantasia precisam dessa abordagem. Eu não acho que seja uma coincidência que sejam sempre homens dirigindo“, afirmou o produtor.
É claro que a declaração de Nishimura deu o que falar e foi criticada por muitos na internet pelo seu teor sexista. Porém, antes de colocar o cara na fogueira e acender o isqueiro, vale lembrar que os filmes do estúdio, principalmente os dirigidos por Hayao Miyazaki, são conhecidos por terem personagens femininas fortes e independentes e que a cultura japonesa é bem diferente da ocidental, e o que é normal para eles, pode parecer não muito comum para os ocidentais.
A animação mais recente do estúdio é “As Memórias de Marnie“, dirigido por Hiromasa Yonebayashi e lançado em 2014 e que tem como protagonista uma jovem loira chamada Anna. Uma menina reclusa com um grande talento para o desenho, ela é enviada por sua mãe solteira a viver com os tios no campo. Lá, ela descobre uma mansão abandonada que vem à vida para revelar o espírito da bela princesa Marnie, que servirá de guia de Anna para uma existência mais glamourosa.
