Como muitos devem ter conhecimento, Super Mario Bros teve duas continuações distintas no Japão e EUA. Enquanto o mercado nipônico recebeu uma versão desafiadora e divertida, que fora conhecida como Lost Worlds no remake para Snes, os norte-americanos tiveram que se contentar com uma versão bem esquisita, que remetia a culturas árabes. A desculpa para as diferentes versões era que a versão japonesa era bem difícil e muito similar a Mario Bros, assim não agradaria ao público americano; análise da versão americana.
Literalmente no Mundo dos Sonhos
O jogo da uma breve introdução, onde Mario entra no mundo dos sonhos, Subcon, para derrotar o vilão Wart.
E assim começa uma das aventuras mais esquisitas e toscas de Mario. Nessa versão o jogador pode escolher entre quatro personagens, entre eles estão Mario e seu irmão Luigi, Toad e a princesa Peach.
Cada personagem tem uma característica própria, Luigi que pula mais alto, a princesa Peach consegue flutuar por um curto período de tempo, Toad é mais forte para arremessar “beterrabas” e Mario o mais equilibrado.
A primeira coisa a se fazer quando jogar essa versão é esquecer tudo que fez de Super Mario Bros o sucesso que é, assim como a própria Nintendo fez. Ao invés dos clássicos inimigos como Goombas e Kroopas, temos os Shy Guys e Birds, que apareceram em outros jogos da série do bigodudo com muito mais estilo.
Para derrotar essas novas ameaças é preciso, literalmente, retirar vegetais do solo e jogá-los contra os inimigos ou pular sobre um deles, levantá-los com o botão de ação e arremessa-los contra inimigos ou precipícios. Quando você “colhe” os vegetais, em alguns casos pode achar alguns itens especiais, como bombas, um relógio que para o tempo e uma pequena fórmula em um frasco químico.
Ao arremessar esse frasco uma porta aparece e ao entrar nela os cenários ficam em preto e branco como se você só visse a sombras do personagem e cenário, e por um curto período, é possível coletar moedas e cogumelos ao retirar os vegetais do chão. Vale citar, o sistema de vidas aqui é bem diferente, seu personagem já começa “grande” e o jogador tem dois corações marcados na tela, ao ser atingido por um dos inimigos o jogador perde um coração deixando Mario e companhia pequenos, caso tome mais um hit nesse estado ai sim o personagem morre.
Com essas novidades estranhas, Super Mario Bros 2 conseguiu ser um dos jogos mais chatos de Mario. As novas mecânicas deixaram o jogo muito fácil e movimentar os personagens é muito estranho, às vezes você erra saltos simples por não ter se acostumado com os saltos estranhos e desgovernados que os personagens dão.
As fases também carecem de inspiração, são misturas genéricas do que vimos em algumas fases de Mario Bros com um tema árabe que em nada combina com um encanador italiano. Para completar, os chefes são basicamente os mesmos até encontrar o vilão Wart. O mais tosco é que são dinossauros que arremessam ovos pela boca e seu visual lembra vagamente o carismático Yoshi; bom, ao menos esse jogo serviu de boa inspiração para personagens futuros.
Gráficos e Sons
A trilha sonora do jogo é bacana, está longe de ser um verdadeiro marco no universo da série como em Super Mario Bros 3 e Super Mario World, mas desempenham bem seu papel. Os efeitos sonoros são básicos, seguem o nível padrão da Nintendo.
Em relação aos gráficos, eles até que são bem feitos nos personagens, Mario, Luigi, Peach e Toad, cada um possui características próprias, como altura, cor da roupa e design, assim como os inimigos, alguns bem detalhados como os Shy Guys e outros bem mais simples.
Em contra partida, os cenários são os piores de toda a franquia. Criatividade passou longe, são pobres em detalhes e muito deles deixam a desejar na qualidade e acabamento. Mesmo Mario Bros, uma aposta da Nintendo onde eles não sabiam se ia ou não dar certo, apresentou um trabalho técnico bem mais competente do que vemos nesta versão de Mario.
SMB 2 também apareceu na coletânea Super Maril All-Stars
