De acordo com uma reportagem publicada esta semana pela Bloomberg, a Nintendo aumentará a margem de lucro com o novo Switch OLED, pois as melhorias nele terão um impacto de aproximadamente US$ 10 a mais no custo de produção de cada unidade em relação ao modelo atual.
O novo modelo com tela OLED será vendido por US$ 350, um valor um pouco mais alto do que preço padrão de US$ 300 praticado hoje. Atualmente não é incomum ver um console receber uma versão com melhorias na metade de sua vida útil e que custa mais do que a versão atual (basta lembrar do PS4 Pro e do Xbox One X), mas no caso do Switch OLED o preço mais alto parece não se justificar, já que as únicas mudanças são a tela, o armazenamento, e a nova base com entrada para cabo de rede.
“A Nintendo falhou em fornecer valor agregado suficiente para justificar um aumento de US$ 50 no novo hardware,” disse Kazunori Ito, chefe de Equity Research da Morningstar, à Bloomberg. “O novo hardware parece algo incompleto e não ajudaria em nada a sustentar o atual momento da plataforma. O Switch teve seu pico no ano passado e só vai desacelerar a partir daqui.”
Outros analistas discordam, acreditando que a tela melhorada e a popularidade do console justificam o aumento de US$ 50 no preço do novo aparelho, que ajudará o Switch a alcançar as 100 milhões de unidades vendidas no ano fiscal atual.
“A Nintendo tomou uma decisão realmente ousada porque é óbvio que as pessoas gastariam mais em serviços e menos em bens no futuro,” disse Takayuki Miyajima, economista sênior da Sony Financial Holdings. “Do ponto de vista macroeconômico, a mudança não poderia ser feita se eles tivessem mesmo uma pequena preocupação sobre o quão bem o console se sairia.”
O analista da Wedbush Securities, Michael Pachter, velho conhecido da comunidade gamer, também disse que o preço de US$ 350 é justificável, pois crê que a Nintendo não cobraria isso se não tivesse certeza de que o console venderia bem por esse preço.
