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The Final Station

Sabe aqueles jogos indie que você olha e não dá nada, mas quando começa a jogar não consegue mais largar? Pois “The Final Station” é um desses casos, título lançado no mês passado para PC (via Steam), PlayStation 4 e Xbox One, trazendo um um tema scifi pós-apocalíptico muito interessante.

O mundo acabou, mas não para você, que assume o comando de um trem futurista que viaja em um mundo à beira do colapso, isso por conta de uma infecção desconhecida que transforma as pessoas em criaturas sombrias e letais.

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Para sobreviver, o trem deve passar por diversas estações, grandes mapas (que vão se abrindo enquanto você avança) onde o jogador deve explorar em busca de recursos para se manter, e aos passageiros, vivos. Além de procurar por itens preciosos como armas, medicamentos, comida e sobreviventes, uma manutenção no trem também é necessária, para que a máquina continue funcionando e não pare no meio do apocalipse. Além disso, o jogo também possui um sistema de crafting, onde você pode construir itens com as bagulhadas que coleta no caminho.

Então o que temos aqui é um shooter 2D com elementos de sobrevivência e exploração, com uma temática scifi bem sombria. Imagine um “Silent Hill” 2D e você terá uma ideia de como “The Final Station” funciona. A história é contada ao jogador através de diálogos entre os personagens, o que é bem interessante e desperta a nossa curiosidade para saber o que diabos está acontecendo.

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Seguindo o manual de um bom jogo de sobrevivência, sua munição é limitada, então guardar aquelas balinhas preciosas para situações de desespero é crucial – e para isso você pode matar os bichos no soco ou atacar objetos do cenários neles, ou simplesmente correr. Outro fator a ser considerado é que, quanto maior o número de sobreviventes que você tiver, maior será o gasto dos seus preciosos recursos, e por mais que deseje salvá-los, alguns irão morrer inevitavelmente (mas é possível salvar todos).

Apesar dos gráficos simplistas, o nostálgico pixel art segura a onda legal (não são tão detalhados quanto os do Mother Russia Bleeds, mas funcionam bem com a proposta do game), com visuais bem charmosos das cidades e cenários caóticos, aliados a uma trilha sonora melancólica que completa bem o pacote audiovisual.

Infelizmente, como ponto negativo, a jornada do nosso maquinista não é muito longa, com uma duração de cerca de 4/5 horas e sem grandes desafios, mas pelo valor acessível de R$ 27,00 no Steam (R$ 29 na XBLA e salgadíssimos R$ 45 na PSN), vale a pena pela a experiência inesquecível que o jogo proporciona – especialmente pelo seu final chocante. Por fim, a versão PC conta com legendas em português (não sei se as versões consoles também têm), o que facilita bastante para acompanhar a história e mexer nos menus – mas um puxão de orelha nos tradutores, temos algumas palavras escritas erradas que doem na alma.

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Márcio Pacheco

Márcio Alexsandro Pacheco - Jornalista de games, cultura pop e nerdices em geral. Me add nas redes sociais (links abaixo):

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