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Valeu muito a pena esperar por Destiny 2 no PC

O título mais vendido do ano até o momento nos consoles, de acordo com os dados divulgados pela NPDDestiny 2 demorou mas finalmente chegou para PC na semana passada. Após passar algumas horas jogando, digo que é sem sombra de dúvida um dos melhores ports de jogos para computador feitos nesta geração.

Graficamente falando, o game está muito a frente das versões de PS4 e Xbox One. Há uma infinidade de opções gráficas para deixar os visuais ainda mais bonitos, com direito a suporte para jogar em até 200 fps (quadros por segundo). E engana-se quem acha que é necessário possuir uma máquina parruda para conseguir um desempenho satisfatório ou superior ao encontrado nos videogames.

Utilizando um PC equipado com um Core i7-4790K e uma GeForce GTX 970, consegui facilmente não apenas atingir, mas superar a barreira dos 60 fps na maior parte do tempo que passei jogando. Por tratar-se de um jogo de tiro em primeira pessoa, poder experimentá-lo desta forma, em 1080P e ainda por cima com a qualidade gráfica no máximo, faz uma grande diferença. Sinceramente, eu não me vejo mais jogando Destiny 2 nos consoles depois de fazer isso no computador.

Após perceber que o trabalho de optimização está impecável, decidi ir além e resolvi tentar jogar na cobiçada resolução 4K nativa, e fiquei surpreso após diminuir a qualidade de algumas das opções gráficas mais exigentes como “Profundidade de Campo” e “Qualidade das Sombras”, ver que minha placa de vídeo, com cerca três anos de uso, me permitiu jogar com a mesma performance encontrada nos consoles, só que na insana resolução de 3840×2160. Isso significa que se você tem uma das poderosas GeForce GTX 1080 ou 1080Ti, rodará Destiny 2 em 4K nativo e 60 fps sem nenhuma dificuldade. Há também um medidor integrado no game que possibilita ver a quantos fps ele está rodando na sua máquina.

O port desse jogo no PC é tão minunciosamente bem feito que permite até jogá-lo em computadores cujas configurações estejam um pouco abaixo da mínima recomendada. O pessoal do site Digital Foundry, inclusive, fez um vídeo a respeito disso, apresentando o game sendo completamente jogável através da placa de vídeo integrada do processador Pentium G4560, que você consegue comprar facilmente por menos de R$ 350 no Brasil.

O ideal, no entanto, é que você jogue utilizando uma placa de vídeo dedicada. Caso seu orçamento esteja apertado, saiba que não precisa gastar muito para comprar uma vga que sirva para aproveitar Destiny 2. Até mesmo a baratíssima GeForce GT 1030, que faz uso da tecnologia Pascal, dá conta do recado. Trata-se de uma placa com a tecnologia mais atual da Nvidia, que pode ser adquirida por R$ 320 no Brasil através de lojas como a Pichau. Aliás, falando da Nvidia, ela criou um excelente guia explicando o impacto de cada opção gráfica do jogo no desempenho, muito útil para te ajudar a extrair o máximo do que seu computador permite no game.

Se você pensa que as mudanças em Destiny 2 no PC são apenas no aspecto gráfico, está enganado. Até a jogabilidade mudou, e não estou falando simplesmente do fato de que você pode jogar com mouse e teclado. O modo como a arma se comporta muda de acordo com o que você estiver usando para jogar – mouse/teclado ou controle tradicional. Ao usar, por exemplo, o Fuzil Automático com mouse e teclado, o padrão de coice da arma será espalhado aleatoriamente em todas as direções, enquanto que no controle ele ficará focado em jogar a mira para cima. É um detalhe interessante e mostra o cuidado que a Bungie e a Vicarious Visions (principal responsável pelo port no PC) tiveram com esta versão do jogo.

Particularmente sempre preferi jogar títulos de tiro em primeira pessoa com mouse e teclado ao invés de com controle, já que ganha-se um poder maior sobre a mira e a movimentação. Isso me fez até mesmo gostar do modo competitivo de Destiny 2, que eu detesto jogar no videogame.

Se você é um jogador que prefere apenas ou na maior parte do tempo usar o PC para seus jogos e não teve a oportunidade de aproveitar o antecessor, não se iluda, pois mesmo assim vale a pena jogar a sequência. A história, pelo menos durante as primeiras horas que joguei, mostrou-se muito mais interessante, e conforme detalhei até agora, é um port incrivelmente bem feito, tanto que parece algo desenvolvido primeiramente para computador. Você até pode ficar com o pé atrás pela ausência de servidores dedicados, algo que afeta também a versão para consoles, mas falando sinceramente, não tive problemas de lag nas vezes em que fiz uso dos aspectos especificamente voltados para o multiplayer.

Há de se comentar também sobre o fato do jogo estar utilizando a Battle.net da Blizzard, um ótimo jeito de intimidar os trapaceiros, os quais, se forem apanhados fazendo uso de algo ilícito para obter vantagem em cima dos jogadores, serão devidamente banidos, conforme a Bungie já deixou claro.

Em matéria de como desenvolver a versão para PC de um jogo de videogame, Destiny 2 encontra-se nas primeiras posições da lista de exemplos que outros estúdios deveriam usar como referência quando forem fazer o mesmo. Bom trabalho Activision, Bungie e Vicarious Visions!

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