Curiosidades

Visual Novel: conheça o estilo que é um fenômeno no Japão, mas só lá

O gênero Visual Novel é bem diferente dos jogos tradicionais por não focar na interatividade, “gráficos incríveis”, e o objetivo é a leitura de textos e as escolhas do jogador. É uma espécie de “livro interativo”, onde o trunfo é mesmo a história contada, e a maioria dos títulos ficam restritos aos computadores japoneses e raramente saem para os consoles tradicionais, e mais raramente ainda, chegam ao ocidente.

O primeiro game do gênero é de 1983 e se chama Portopia Serial Murder Case, desenvolvido por Yuji Horii para o computador NEC PC-6001 em junho de 1983 e depois portado para o Famicom (Nintendinho japonês).  Contando a história de um crime, ele fez um grande sucesso por lá pelo final surpreendente, além de ter múltiplas formas de escolher os seus objetivos e, até hoje, é o título sozinho mais bem sucedido comercialmente do gênero, vendendo cerca de 700 mil cópias somente por lá.

(Tradução não oficial)

13 anos mais tarde, o game YU-NO: A girl who cants love at the bound of his world (1996) foi considerado um grande avanço para o gênero pela história ser muito não-linear, com elementos de viagem no tempo e universos paralelos, dando inúmeras possibilidades do jogador a fazerem o que acontecer.

Aqui no ocidente, temos dois exemplos de visual novels que fizeram sucesso: o clássico de Hideo Kojima Snatcher, lançado inicialmente para PC e depois portado para o SEGA CD; e também o Phoenix Wright: Ace Attorney, sendo considerado um dos responsáveis em popularizar o gênero por “essas bandas” e trazer diversos outros jogos.

Outro exemplo notável que fez sucesso no ocidente é o Doki Doki Literature Club, com mais de um milhão de downloads nos primeiros três meses após o lançamento, e dois milhões um mês depois. Assim como outros jogos do gênero, o game foi elogiado por sua história, boa caracterização dos personagens, e por tratar de temas como amor de modo não caricato e desconstruído.

Mesmo sem tanta interatividade, o gênero é ótimo para mostrar aos jogadores que o entretenimento não está apenas atrelado aos “gráficos incríveis” e vários efeitos especiais. Sabe aquele filme em que você pensa: “Ela devia ter feito isso, não aquilo?!”, pois o Visual Novel te dá essa oportunidade.

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