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Warcraft III: The Frozen Throne

Warcraft III: The Frozen Throne

Depois de conquistar fãs, críticos e ganhar centenas de prêmios, a Blizzard parece não ter ficado satisfeita e queria mais (para nossa sorte), lançando um pacote de expansão para Warcraft III intitulado The Frozen Throne. A expansão continua a história do jogo anterior e traz algumas melhorias e novidades bacanas, deixando o já excelente Warcraft III ainda melhor.

Continuidade da trama e campanha ainda mais divertida

A trama agora se passa meses depois do game anterior e dessa vez fica mais focada em Illidan e Arthas, onde ambos encaram uma longa e difícil caminhada em busca do The Frozen Throne. A história, tal qual no clássico original, é muito bem conduzida, sempre com surpresas e vários protagonistas carismáticos, que conseguem cativar e conquistar os jogadores em pouco tempo.

O único pesar na trama dessa vez, é que não será possível descobrir seu desfecho caso você não jogue World of Warcraft, uma vez que o excelente jogo de estratégia em tempo real tornou-se um MMO, angariando milhares de jogadores pelo mundo inteiro. Não é que você não verá exatamente o fim da trama, mas ao menos que jogue World of Warcraft não é possível saber quais as consequências de todos os acontecimentos de Frozen Throne, que são muitos e bem relevantes. Apesar desse empecilho, vale muito apena aventurar-se na nova trama da expansão, que continua cativante, profunda e com tons épicos.

A campanha em si esta ainda mais divertida e variada. Agora há alguns elementos novos, como a possibilidade de em dados momentos, controlar mais de uma base em diferentes pontos do mapa, com recursos de cada uma sendo separados. O mais divertido dessas missões é que para poder avançar, é necessário limpar o caminho por um lado para que possa avançar do outro, fazendo com que uma base de operações dependa da outra.

Há muitas outras missões nesse estilo, além de um divertido mini-game na missão dos humanos que funciona igual a um jogo no estilo Tower Defense. A campanha dos Orcs funciona como um grande “spin-off”, uma história paralela a principal, muito divertida e que é divida em quatro capítulos, que foram disponibilizados através de atualizações.

No mais, voltam tudo que era bom no game anterior, entregando novamente um modo campanha divertido e com uma ótima história.

Melhorias e novidades

Na questão da jogabilidade, The Frozen Throne traz algumas melhorias e novidades, deixando o que já era excelente ainda melhor. Entre as melhorias, temos algumas unidades repensadas, como as catapultas, agora mais resistentes e com visual diferente, bem mais parecido com uma verdadeira arma de cerco.

As unidades de Warcraft também tiveram melhorias e algumas delas ganharam novas habilidades, que são liberadas após pesquisa-las na base. Outro ponto bacana foi à adição de inventário também para as unidades comuns, permitindo que o jogador possa carregar mais de seis itens para seus heróis, bastando trocar os itens na hora que precisar usá-los; somente os heróis podem usar os itens.

Porém, a melhor melhoria mesmo é a no custo geral das unidades, estruturas e tecnologias. O único ponto realmente negativo de Warcraft III foi repensado na expansão e, dessa vez, o custo (em ouro) está bem menor e condizente com a quantidade de recursos que é possível coletar. Essa redução no preço é muito bem vinda e deixa, por exemplo, a vida de quem joga com os Orcs muito mais fácil, já que era a raça com os valores mais exorbitantes.

A Blizzard incrementou e trouxe melhorias para seu editor de mapas e campanha e trouxe novas funcionalidades para a Battle.net, que trazia novos filtros para as partidas on-line e torneios automatizados. Vale citar também a melhoria nas estruturas de defesas de cada raça, principalmente nos anciões dos Night Elfs, bem mais resistentes e sem o limite mínimo de alcance; nenhuma estrutura de defesa conseguia atacar caso os inimigos estivessem muito próximos.

A lista de novidades também é generosa, cada raça ganhou um novo herói, totalizando quatro novos heróis, tão bons quantos os já conhecidos no game anterior. Mais uma novidade bacana são os heróis neutros, e assim como fazíamos com mercenários em Reign of Chaos, é possível contratá-los. São ao todo cinco heróis neutros e mais alguns incluídos em atualizações, um bônus muito bem vindo.

Em linhas gerais, as novidades e melhorias fazem de The Frozen Throne um jogo completo, melhorando a experiência do aclamado game anterior, deixando o que já era bom ainda melhor.

 

Gráficos e sons

Os gráficos são praticamente os mesmos do jogo anterior, com algumas poucas melhorias visuais, como no caso das catapultas do jogo, bem mais bonitas e mais parecidas com armas de cerco dessa vez.

Os novos heróis são bem legais, tanto em suas habilidades como no visual, agregando o plantel de heróis de Warcraft e casando bem com a temática da série. A direção de arte continua inspiradíssima e, tanto os cenários como o tema visual continuam exuberantes, sem falar das cenas em CG, contando ainda com mais detalhes e surpreendendo a todos pela qualidade visual.

A trilha sonora continua com uma excelente seleção de composições típicas do gênero e as dublagens mantém o altíssimo nível do trabalho anterior, dando vida e carisma para os protagonistas da excelente história. Os efeitos sonoros mantém o trabalho da obra, com algumas poucas melhorias, completando a parte técnica impecável de Warcraft III.

 

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