Análises

Wolfenstein: The New Order

Foram cinco anos passados desde o último jogo da clássica série de ação FPS “Wolfenstein” até a chegada de “Wolfenstein: The New Order” (WTNO), produzido pela Machine Games e disponível para Microsoft Windows, PlayStation 3, PlayStation 4, Xbox 360 e Xbox One. E ao contrário do que muitos jogadores e fãs temiam, o game mostrou-se com uma qualidade muito boa e um digno herdeiro do nome “Wolfenstein“. Confira abaixo em nossa análise o que esperar desse belo FPS.

Heil Hitler!

Foi-se os tempos em que os jogos FPS se limitavam a apenas colocar o jogador num cenário recheado de inimigos e sair atirando para todos os lados, sem se preocupar com uma boa narrativa de fundo. E um dos pontos que chama a atenção em WTNO é justamente a sua história, que mostra um universo alternativo onde a Alemanha nazista saiu vitoriosa da Segunda Guerra Mundial, com uma excelente composição histórica e personagens com personalidades complexas e interessantes, não sendo apenas uma montanha de músculos atirando em sua metralhadora. Como seria o mundo se isso tivesse acontecido? Que abominações foram criadas? Quantos não morreram pelo caminho? Essas e outras questões são levantadas no palco fictício de WTNO, mas que poderiam realmente ter acontecido, apesar da liberdade e exageros em alguns aspectos.

Você começa no ano de 1946, três anos após o último jogo, controlando novamente o agente especial William “B.J.” Blazkowicz, em uma missão que acaba dando errado. Ferido, ele permanece num estado vegetativo durante 14 anos em um hospício, mas ao acordar em 1960 ele encontra um novo mundo dominado pelos nazistas, que contam com armamentos e tecnologia muito superiores. Seu novo objetivo? Iniciar uma contra-ofensiva “impossível” contra as forças nazistas que controlam o mundo.

A jogabilidade e o sistema de jogo segue o padrão dos FPS atuais, com controles com respostas precisas e imediatas com as várias armas disponíveis – é possível inclusive usar duas ao mesmo tempo. Os jogadores da velha guarda vão gostar de saber que o jogo usa o sistema de kit médicos para a regeneração de vida e a possibilidade de recolher armas, munições e peças de armadura pelo caminho como bônus, caso sua lista já esteja completa. E ainda há lutas épicas contra chefões, algumas bem osso duro de roer.

O enfoque no modo campanha é tão forte que não existe modos online ou multiplayer, algo raríssimo de se encontrar (ou não encontrar) em um game FPS, o que pode decepcionar jogadores que gostam do caos online com outras pessoas. Há algumas escolhas morais na campanha de cerca de 10 horas, que marcam a história em momentos chaves e aumentam a longevidade e fator replay, nos levando a jogar outras vezes para escolher diferentes opções nos dilemas cruciais.

Em termos gráficos, WTNO não decepciona, mas também não surpreende, inclusive nos videogames de última geração, aos quais nós tivemos acesso. Design artístico de época bastante competente, cenários e personagens bem modelados utilizando a placa id Tech 5 (o mesmo de “Rage”), bom uso de luzes e sombras e uma boa fluidez na hora da ação, sem surpresas desgostosas de lags ou slowdowns, correndo a 60 fps e 1080p. As dublagens (com variações entre inglês e alemão) e trilha sonora complementam o pacote, sendo bem executadas e combinando com a ação frenética da tela.

Márcio Pacheco

Márcio Alexsandro Pacheco - Jornalista de games, cultura pop e nerdices em geral. Me add nas redes sociais (links abaixo):

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