Em 13 de novembro o MMO mais famoso da atualidade estará ganhando uma nova expansão. World of Warcraft é um dos principais jogos da Blizzard e que agora terá um novo continente com novas aventuras, junto com uma nova missão de impedir a invasão da Horda de Ferro. Já tivemos uma pequena prévia na CG de abertura divulgada em um evento transmitido online, e agora o pau vai comer violentamente em Draenor, a nova locação que está em outra época temporal. Uma das novidades é o recurso de boosting para o nível 90, onde o jogador que comprar a expansão poderá criar um personagem já no nível 90, para aproveitar a nova expansão e poder depois chegar no nível 100.
Só que esse recurso já trouxe um pouco de controvérsia por parte da imprensa especializada. No Now Gamer, por exemplo, eles consideraram uma má ideia, já que o personagem foi criado e já foi jogado direto na disputa, com o jogador tendo de se adaptar rapidamente para conseguir ser produtivo durante os eventos pré-expansão. Questões como a rotação, árvore de habilidades, mudanças na árvore de talentos, etc.
Só que de certa forma é uma questão bem complicada. A questão da rotação é algo que sempre deixou o game relativamente engessado, obrigando o jogador a trer de jogar seguindo regras de jogabilidade. Quando jogava bastante o game durante a expansão Cataclysm, eu via que muitos jogadores levavam ao extremo a questão de “maximizar DPS”. Quando vi que tinha pouco DPS, vi na janela de chat que as pessoas deveriam me kickar do jogo por ser um “péssimo jogador”, sendo que tudo é apenas um jogo. Por muito tempo joguei de Hunter, e as épocas que eu mais me divertia foram as épocas que não tinha que me preocupar com questões matemáticas e ficar “treinando DPS e fazendo mudanças de habilidades”, tendo de jogar com um estilo que eu nunca jogava direito. Era sempre tenso visitar as raides no localizador de raides da Alma Dragônica (a única que tinha localizador na época do Cataclysm) e ter de jogar ao extremo-hardcore, pra conseguir terminar e não levar xingamentos de outros jogadores mais extremistas.
A reclamação do Now Gamer acaba sendo relativamente injusta, e vinda de um jogador que já jogou o game anteriormente e queria “cortar caminho” e já sair sabendo de tudo e jogando igual um master-hardcore. Claro que seria interessante se a Blizzard tivesse um tutorial para esses recém-chegados nesse nível (algo que ela insere aos poucos quando o jogador começa do zero), mas também ela criou esse recurso extra para que os jogadores mais apressados já saltem direto pro novo conteúdo. Só que isso alimenta ainda mais o papo de que “o jogo começa mesmo no nível máximo” ou lia algo como “Parabéns, agora que o WoW realmente começa” quando eu chegava no nível 85 anteriormente, o que acho errado. O jogo tem muito mais do que isso em seu cerne.
Agora, um elemento que concordo com eles é que o jogador poderia iniciar o game do zero mesmo, dos primeiros níveis. A linha de aprendizado do jogo e da diversão são altamente sólidas, e você sente que o seu personagem está realmente evoluindo, ficando mais forte. Temos buscador de masmorras/dungeons para diversas taxas de níveis, temos raides, e com os servidores brasileiros e o game 100% localizado em português o jogador consegue entrar numa guilda e ter muita interação. A experiência completa do World of Warcraft se faz dos níveis mais baixos, e claro que é uma atividade que demandará muito tempo e muitas horas. Mas quem se aventura pelo World of Warcraft já sabe que o jogo tem muito conteúdo, tem PvP, tem dezenas de missões em todas as localidades, temos dungeons, temos raides.
Eu ando cogitando em ver os eventos de pré-expansão, mas como estou com um personagem de lv 87, teria de conseguir chegar ao nível 90 rapidamente, e uma coisa legal que a Blizzard fez foi ter inserido o Mists of Pandaria de graça na Battle Chest, a versão básica do World of Warcraft que está disponível por R$ 29.90. O jogo tem modelo de assinaturas, mas 15 reais por mês não é um valor alto, e é mais barato que a versão americana, pois no exterior o jogo sai a 15 dólares por mês nos EUA. Pelo preço, o World of Warcraft se torna um dos melhores custo-benefício do mercado, ainda mais se o jogador curte RPGs e/ou chegou a e aventurar em outros RPGs online, como o Tera Rising, Aion e similares.
Editor de conteúdo do GameHall e do Select Game e desenvolvedor de softwares nas horas vagas. Meio ranzinza de vez em quando, mas é gente boa. Vivia reclamando. Gamer quase hardcore. Tem um PS3, um PlayStation 4 e um PC razoável que roda a maioria dos games atuais!
