Análises

Ys Seven

– Uma boa opção de JRPG para o seu PSP –

A série de RPG “Ys” é uma das mais antigas dos videogames, passando por diversos consoles nesses quase 30 anos de existência. “Ys Seven”, produzido pela Falcom e distribuído no ocidente pela Xseed Games, é o seu primeiro lançamento após uma parceria entre as duas empresas de lançar vários jogos da Falcom no ocidente.

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O título marca a última aventura do protagonista de cabelos ruivos Adol Christin, que já apareceu em quase todos os títulos da série. Adol e seu companheiro Dogi chegam à capital de Altago e logo ficam encarregados de investigar estranhos fenômenos que ocorrem ultimamente no reino, como terremotos assustadores e monstros furiosos que atacam as pessoas. Os eventos se desenvolvem e Adol e Dogi se encontram numa jornada épica para encontrar os Cinco Dragões lendários para evitar um grande mal que se aproxima, com a ajuda de novos companheiros.

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O game preserva a tradicional mecânica de RPG de ação da franquia, mas no início demora um pouco até chegar à ação, mas depois que começa é repleto de batalhas intensas que funcionam perfeitamente no PSP.

Sua principal revolução na série é o seu novo sistema de grupo composto por três membros, num total de nove personagens selecionáveis. Enquanto o jogador pode controlar somente um herói, os outros dois são controlados, surpreendentemente bem, pela inteligência artificial do game. Os ataques funcionam bem em conjunto, tendo o jogador a preocupação de além de atacar, manter os personagens vivos e escolher aqueles com ataques mais eficientes contra os inimigos.

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As batalhas são em tempo real e são muito ágeis e intensas, por vezes parecendo mais um jogo de ação do que qualquer outra coisa. Os personagens contam com uma lista de combos e habilidades regulares, além de outras especiais, que podem ser usadas após o preenchimento de uma barra. Os golpes especiais são essenciais para derrotar inimigos mais poderosos, especialmente os chefões, que apresentam um comportamento e ataques mais complexos, que vão exigir mais do jogador do que apenas apertar o botão e atacar sem parar.

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As habilidades especiais podem ser evoluídas a medida em que se as usa, e para consegui-las vai depender das armas equipadas em seu personagem. Use a habilidade da arma várias vezes e o herói aprende de forma permanente a técnica, não precisando mais do acessório para acessar a habilidade. Esse sistema é excelente, pois incentiva o jogador a experimentar todo o arsenal e usá-lo por um determinado tempo, criando uma boa diversidade às batalhas. Cada personagem usa um tipo de arma, o que cria uma boa dinâmica em que o jogador pode alternar os heróis em busca de ataques mais eficientes contra os adversários.

Os cenários e visuais 3D de “Ys Seven” impressionam na tela do portátil, com ambientes, monstros e personagens bem feitos, detalhados e coloridos. Os labirintos possuem um design criativo, com alguns elementos de quebra-cabeça para serem revolvidos pelo jogador, como encontrar itens especiais para acessar novas áreas. Fora da história principal, o jogador pode se aventurar em tramas paralelas, com objetivos que variam do fácil ao mais difícil, mas essencial para o jogador colecionar novos itens e armas.

A trilha sonora é espetacular, um dos elementos sempre muito elogiado nos jogos da série, e que se apresenta com muito boa qualidade nesta aventura. As músicas têm composições inspiradas, cheias de energia sem ficar repetitivas, que se encaixam muito bem com o ritmo acelerado do jogo. Estão do nível da composição de Yuzo Koshiro, que fez a (soberba) trilha sonora dos dois jogos originais, há muitoooo tempo atrás (mas ainda grandes composições) e de outros clássicos como Streets of Rage e The Revenge of Shinobi.

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Infelizmente o game apresenta alguns pontos negativos, como não apresentar um mundo mais extenso, fazendo o jogador voltar às mesmas áreas diversas vezes, o que pode cansar jogadores sedentos por novidades. Não há diálogos ou vozes dubladas e o enredo e personagens não são tão desenvolvidos como poderiam ser, mas dão conta do recado. O que falta em profundidade, sobra em ação.

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Márcio Pacheco

Márcio Alexsandro Pacheco - Jornalista de games, cultura pop e nerdices em geral. Me add nas redes sociais (links abaixo):

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