Análise – Hearthstone: O Grande Torneio

Na semana passada foi lançada a segunda expansão de cartas de “Hearthstone“. O “Grande Torneio” veio com 132 cartas novas e com novas mecânicas, trazendo uma maior variedade de decks e novas estratégias que certamente serão analisadas e discutidas nos fóruns e redes sociais nos próximos meses. Claro que sou meio inexperiente nessa parte mais avançada e o “meta-jogo“, mas já consegui ter um gostinho do que poderemos ver no jogo daqui pra frente.

Primeiro que, diferente de muitos jogadores, eu acabei “perdendo o timing” e não fiz a pré-venda dos 50 packs da expansão por R$ 110 (que rendia um verso de carta exclusivo e um tabuleiro), mas cheguei a fazer, neste final de semana, uma pequena compra de 7 pacotes com dinheiro real (saindo a R$ 22) e posteriormente eu peguei mais um pacotinho extra com gold ingame. Por não jogar o game todos os dias (onde dá pra conseguir pelo menos 40 gold com as diárias, fora as vitórias nas partidas que podem render um pouco mais de gold, dependendo do desempenho e sorte do jogador) então eu acabo entrando mais como um “jogador casual”, mas para os jogadores mais dedicados, certamente eles tiveram uma boa quantidade de gold para comprar dezenas de boosters.

Desses boosters, tive a sorte de conseguir um “Cavalga-Kodo” (que invoca um Kodo de Guerra 3/5), provavelmente uma das cartas épicas iniciais mais interessantes para testar a mecânica do “Inspirar”, apesar de que inicialmente eu não peguei tanto as mecânicas até eu montar um deck de Paladino pré-montado e inserir mais cartas dessa nova mecânica. A mecânica de Inspirar é executada quando o jogador usa o poder heróico, adicionando mais estratégia e tendo de pensar bem antes de executar a mecânica “no automático”.

Por exemplo: para o deck de mago, com o seu poder heróico de tirar 1 ponto de vida, algumas vezes me peguei executando o poder heróico sendo que eu poderia “combar” algumas cartas para conseguir maximizar melhor as minhas chances de vitória. Mas com o deck de paladino, onde inseri algumas cartas de ganho de vida, ter 2 ou mais cartas de Inspirar no campo de batalha causava a ativação de todas as habilidades, adicionando mais pontos de vida ou criaturas extras, dependendo da carta.

Já a mecânica de “Justa” ainda não é tão explorada, mas ela foi acoplada nos “Grito de Guerra” de algumas cartas. Por exemplo o “Morsano Justador” concede 7 pontos de vida caso a revelação aleatória da sua carta custe mais do que a do adversário. Em 2 tentativas eu consegui ter sorte de ganhar os pontos de vida em 1, mas dependendo do deck que você pega, essa mecânica pode não ter efeito.

Já no ranqueado, ainda deve demorar pra ver mais decks que usarão mais cartas da expansão. Muitos jogadores ainda estão experimentando as possibilidades, mas já estão surgindo diversos decks que estão sendo bem avaliados em sites especializados. Provavelmente muitos jogadores vão tentar montar os decks com os Pós Arcanos que eles tem, acelerando o processo para ter as cartas mais poderosas do jogo.

Mas para o jogador mais casual ou que faz mais o ranqueado para pegar o verso da carta a cada mês, provavelmente eles vão comprar os boosters esporadicamente, tentando algumas experimentações mais localizadas, como andei fazendo com o meu deck oficial de “Mech-Mage“. Mas um detalhe que me chamou a atenção (e citado por um amigo que chegou ao ranking 7 na temporada de agosto) é no uso da Ardilante, uma carta da Montanha da Rocha Negra, e do meu deck ter ficado meio “dependente da carta”, apesar dele funcionar bem quando ela não está na mesa.

Também percebi depois que a carta “Regente do Punho de Prata” é interessante dependendo do desenrolar da partida, apesar dela apenas “gerar uma 1/1” com a Inspirar. Pro meu deck de paladino de level baixo que montei rapidamente para fazer as diárias, até que a opção veio bem a calhar.

A expansão me deixou bem mais animado com o Hearthstone, mas inicialmente senti falta de ter algo parecido com as aventuras que eles adicionaram recentemente, tendo confrontos contra chefes específicos e algumas cartas exclusivas. A Blizzard acaba fazendo um esquema diferente com o conteúdo do jogo, e por mais que a expansão “seja gratuita” (isso se o jogador comprar algum pacotinho de cartas com o gold das diárias, sem precisar gastar dinheiro real), fico imaginando se ela fizesse uma junção de expansão e aventura, adicionando tanto uma quantidade enorme de cartas, quanto as alas de aventuras e modo heróico.

Mas aí cairia na questão das alas ficarem pagas igual que acontece com Naxxramas e a Montanha da Rocha Negra, mas pelo jogo estar tendo um faturamento enorme (em torno de US$ 20 milhões por mês, segundo o Superdata) então sempre tem a esperança do jogo ter uma nova aventura anunciada na BlizzCon. Por hora essa expansão veio em boa hora com as novas mecânica e cartas, adicionando novas possibilidades e estratégias nas partidas, além de mais variedade nos confrontos com os jogadores (tanto no modo casual quanto no ranqueado).