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Análise: The Division (PS4, Xbox One, PC)

Depois de 2 betas e um alpha no Xbox One, Tom Clancy’s The Division chega como um dos melhores games da Ubisoft este ano, e para muitos, o primeiro candidato a “jogo do ano”, por trazer um gameplay bastante sólido, uma quantidade enorme de conteúdo extra e um end-game considerável, apesar de que este end-game começa meio limitado nesta versão final, mas promete se expandir com raides, com a primeira saindo nesta semana e tendo outra raide em maio (junto com maius conteúdo).

Com fases que podem ser jogadas com cooperativo de 4 pessoas e PvP na Dark Zone, o shooter-MMO da Ubisoft traz bastante diversão para os jogadores, mesmo que ele não tenha tantos amigos que também tenham o jogo. Mas caso ele já tenha amigos brasileiros nas redes online e que tenham o game, o jogador consegue ter mais diversão e desafios, ainda mais nas fases de nível Hard e Desafiante, a dificuldade definitiva de uma missão principal.

Nova York Sitiada

Um vírus criado pelo homem se espalhou durante uma Black Friday, e com isso a cidade de Nova York foi devastada, com muitas mortes da população e anarquias generalizadas, junto com o surgimento de algumas facções inimigas fortemente armadas e impiedosas. Nesse cenário caótico é acionado a Division, uma divisão de elite onde os agentes estavam vivendo de forma anônima, mas que, agora que foram acionados, tem de cumprir o seu dever de tomar a cidade de volta, restaurando a qualidade de vida da população, restaurando a lei e a ordem e enfrentando as facções inimigas fortemente armadas.

Visualmente o game é soberbo, com a cidade sendo retratada de maneira bem fiel. O jogador tem bastante liberdade de escolher as fases principais e as missões secundárias, junto com diversos eventos especiais que são liberados quando o jogador destrava um novo esconderijo, ganhando experiência, equipamentos e receitas, que são usadas no sistema de crafting presente em sua Base de Operações.

The Division - Co-op e confronto nas ruas de Nova York

Equipamentos e gameplay

O gameplay de The Division é bastante sólido, oferecendo um gameplay em terceira pessoa, com uso essencial de cobertura e atirar os inimigos presentes. O jogador consegue trocar a cobertura e usar equipamentos especiais, desde torretas que atiram nos inimigos, arremessar kits médicos para outros membro do seu esquadrão, usar escudos para se proteger, e diversos equipamentos tecnológicos.

Na Base de Operações o jogador tem 3 alas, liberando novas habilidades e equipamentos: a Ala Médica, que libera equipamentos voltados para suporte, junto com máscaras especiais para ficar mais tempo em áreas contaminadas; a ala de Segurança, liberando equipamentos e habilidades de proteção; e a ala tecnológica, que libera equipamentos tecnológicos, como torretas, granadas inteligentes, entre outros recursos

Com isso, o jogador poderá fazer missões principais e encontros específicos. conseguindo créditos extras e destravando novas unidades nas alas e liberando recursos especiais.

The Division - Imagem 02

Co-op e Desafios

Para quem curte jogos cooperativos, o game tem diversas ferramentas internas que facilitam bastante nesse sentido. O jogador poderá parear um matchmaking em uma fase principal, entrando em um esquadrão com até 4 jogadores, tendo mais inimigos durante a fase. Ou ele pode ser um lobo solitário e fazer a missão sozinho, mas com co-op é sempre mais interessante e divertido.

Só que nem tudo são flores: o nível Hard, por exemplo, escalona os inimigos para o nível do jogador que esteja mais evoluído. Por exemplo: se você entra em uma sessão com um amigo que esteja 5 níveis acima do seu, os inimigos estarão com o nível dele, e com isso o jogador pode não aguentar o tranco ou tirar pouco dano por conta dele usar armas mais fracas naquele momento. Em um matchmaking com jogadores aleatórios até que o jogo consegue parear os jogadores na mesma equipe, mas pode acontecer de ter jogadores com 1 ou 2 níveis acima, deixando as partidas mais desafiadoras.

Outro problema que enfrentei em algumas partidas de cooperativo foi o sistema maluco de respawn durante as fases, onde diversas vezes o jogo me botava no meio do tiroteio entre os membros do meu esquadrão e os inimigos. Algumas vezes acabei tendo problemas para sobreviver e me proteger, mas teve outras fases que não tive tantos problemas quanto a isso.

End-Game e PvP na Zona Cega (Dark Zone)

O conteúdo end-game de The Division se baseia em 3 pilares: as raides (com a primeira Falcon Lost saindo hoje, 12 de abril), a Zona Cega e o Modo Desafiante. A Zona Cega é a etapa mais acessível, com o jogador entrando em uma área isolada de Nova York e enfrentando inimigos E jogadores. Aqui é faca na caveira: se o jogador morrer, os itens que ele adquiriu com os inimigos irão cair, com outro jogador podendo reivindicar o loot.

O jogador pode tentar voltar na mesma localidade para recuperar os itens perdidos, mas dependendo do local, se torna um desafio extra, por conta de ter desde inimigos controlados pela IA e fortemente armados, ou mesmo outros jogadores, que podem virar “Traidores”. Aqui entra um sistema altamente visceral, já que, quando um jogador se torna Traidor, ele ganha um alvo na testa por um determinado período de tempo, e com isso outros jogadores podem matar ele sem serem punidos, perdendo mais grana do que o normal, além dele “perder” os itens se ele estiver nesta posição.

The Division - Cortando a corda de loot da Zona Cega

O outro modelo disponível de end-game fica no Modo Desafiante, que é destravado no nível 30 e oferece a chance de conseguir Créditos Fênix e equipamentos de ponta. O nível de dificuldade é altíssimo para quem está recém level 30, mas depois, com a aquisição de novos equipamentos e pegando grupo bom no matchmaking, as fases ficam mais acessíveis, apesar de manter a dificuldade.

Já os créditos Fênix são usados para comprar equipamentos avançados com o vendedor, ajudando a ficar mais forte para fazer mais fases do Desafiante. Há diversas maneiras de conseguir os créditos, com a Ubisoft oferecendo novas opções esta semana, o que deve ajudar os jogadores a se equiparem para ir na primeira raide do shooter-MMO

Concluindo, The Division é uma ótima aposta para jogadores que curtem o modelo cooperativo e jogos de tiro em terceira pessoa. O game não tem mensalidade, bastando comprar o jogo e tendo uma quantidade imensa de conteúdo. O problema é que o end-game do jogo não é tão atrativo, mas o jogo promete trazer mais conteúdo durante os próximos meses, com as 2 raides vindo de forma gratuita, e depois tendo conteúdos pagos, com 2 DLCs saindo inicialmente no Xbox One (com exclusividade temporária de 30 dias) e depois saindo no PC e no PlayStation 4.

Rodrigo Flausino

Editor de conteúdo do GameHall e do Select Game e desenvolvedor de softwares nas horas vagas. Meio ranzinza de vez em quando, mas é gente boa. Vivia reclamando. Gamer quase hardcore. Tem um PS3, um PlayStation 4 e um PC razoável que roda a maioria dos games atuais!

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