Segundo uma coluna do Ricardo Feltrin (no UOL), as TVs por assinatura do Brasil estão declarando guerra ao Netflix. Segundo elas próprias, o governo não cobra ao Netflix alguns impostos que a TV a cabo é obrigada a pagar, por isso, eles acham que estão sendo injustiçados por terem cargas tributárias maiores e pedem ao órgão público (que está de acordo) que estes impostos passem a ser cobrados no Netflix também.
Dentre os impostos que o Netflix não é obrigado a arcar (por enquanto) estão: ICMS de 10% sobre a mensalidade, não paga Condecine (uma taxa de R$ 3.000 sobre cada título de seu catálogo) e,também não são obrigados a exibir um tempo mínimo de conteúdo nacional.
Este tipo de briga tem acontecido bastante ultimamente, podemos até comparar este impasse entre Netflix e as tvs por assinatura com a guerra do Uber vs Taxistas e até das telefonias móveis com o WhatsApp.
O mais engraçado disso tudo é o seguinte: Ao invés das empresas se unirem e brigarem todas juntas por menos impostos, para poderem aproveitar mais do livre mercado e investir mais nos seus conteúdos e serviços com o intuito de melhorá-los, eles preferem exigir que os novos concorrentes também paguem os impostos abusivos que existem no Brasil.
Confira o que a assessoria de imprensa do Netflix tem a dizer sobre o caso:
“A Netflix Brasil está baseada no Brasil e paga todos os impostos devidos. Sobre a Condecine, aguardamos para trabalhar com a Ancine [Agência Nacional do Cinema] enquanto eles discutem sobre os serviços de VOD e OTT [over-the-top].”
Não é novidade para ninguém que o mundo está em constante evolução, não importa o seguimento da empresa, todas elas precisam acompanhar os avanços, as novas demandas e se adaptar a elas para sobreviver. Talvez o futuro se pareça mais com a Netflix, que oferece um conteúdo variado em que o consumidor assiste o que quiser na hora que quiser. Diferente das tvs que tem um horário marcado para tudo e que se você não gostar do programa ou você é obrigado a assistir ou a mudar de canal.
Os consumidores também devem ficar atentos a este tipo de briga na justiça e sempre quando possível se pronunciar sobre, pois isso afeta diretamente a todos nós. Quanto maior a concorrência no mercado, mais as empresas terão que ter um serviço de qualidade por preços justos, por isso, é importante que todos nós estejamos ligados para lutarmos juntos de serviços e empresas que nos servem satisfatoriamente.
O ruim é que isso pode sobrar pro consumidor, com aumento da mensalidade do Netflix e perda de parte do acervo para que o serviço se adeque às leis locais. E para as outras operadoras de TV a cabo, é mais um motivo pro consumidor não gostar dos serviços prestados.
