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Shantae: Risky’s Revenge – Director’s Cut

Se você é fã dos clássicos jogos estilo metroidvania então preste atenção em “Shantae: Risky’s Revenge – Director’s Cut” (SRRDC), um dos melhores títulos do gênero que apareceu no mercado nos últimos anos.

Desenvolvido pelo estúdio WayForward Technologies originalmente para o portátil DSi em 2010, “Risky’s Revenge” é o segundo título da série Shantae, sequência do game lançado para Game Boy Color em 2002.

Em 2014 o PC (Steam, por R$ 20) recebeu uma versão melhorada “Director’s Cut“, trazendo um novo “Magic Mode” e um Warp System reestruturado, versão essa que chegou em 2015 para o PlayStation 4 (também por apenas R$ 20) e recentemente no Wii U.

A série ainda conta com um terceiro jogo chamado “Shantae and the Pirate’s Curse” lançado em 2014 para o 3DS (com versões lançadas em diversos sistemas) e um novo título “Shantae: Half-Genie Hero”, que está atualmente em desenvolvimento.

Agora que você já está por dentro da série, confira conosco nossa análise de “Shantae: Risky’s Revenge – Director’s Cut“.

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Aventura das Arábias

O jogo segue as aventuras da meio-gênio Shantae no mundo mágico e de fantasia Sequin Land, com a missão de frustrar os planos malvados da sua arqui-inimiga, a pirata Risky Boots (como já denuncia o subtítulo do jogo).

A história segue um clima bem leve e divertido, com um estilo cartoon carismático. Não espere ver aqui temas pesados, carnificinas ou personagens sanguinolentos, sendo o jogo recomendável para jogadores de todos as idades.

Como todo bom metroidvania, nós começamos com uma heroína bem básica, cujo principal ataque é usar os seus longos cabelos roxos como um chicote para acertar os inimigos. A medida em que vamos avançando, Shantae adquire novas habilidades e itens, que progressivamente fazem dela mais forte.

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Como o jogo tem influências árabes/persas muito fortes, nossa protagonista é uma exímia e sexy dançarina do ventre, e suas danças funcionam como sua mágica, permitindo que ela se transforme em vários tipos de animais com habilidades únicas, como um macaco que pode escalar paredes, um elefante que pode destruir rochas e uma sereia que pode nadar embaixo da água – coisas que Shantae não consegue fazer normalmente.

É claro que, com cada transformação adquirida é possível abrir novas e vastas áreas para exploração, uma das principais características do estilo metroidvania da geração 16 Bits. E nesse quesito SRRDC é show de bola, com designs de cenários geniais, dezenas de plataformas móveis que vão testar suas habilidades e reflexos, inimigos em lugares estratégicos para dificultar o seu avanço, armadilhas espalhadas por todos os cantos e claro, várias passagens secretas que só serão encontradas pelos jogadores mais curiosos e exploradores.

E não se engane com o “visual fofinho” do game, como já era de se esperar, a dificuldade da sua aventura é bem elevada (ao menos no início), especialmente porque você possui apenas uma vida, começando com um medidor de energia com três corações (que pode ser aumentado) e sem saves points automáticos. Salvar o game nos pontos específicos é essencial, pois caso você morra no meio de um labirinto, começará do último ponto salvo, que as vezes pode ser bem distante. E prepare-se para morrer diversas vezes nas intensas lutas contra os chefões, que são bem barra pesadas.

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Mas certamente a primeira coisa que o jogador vai notar é que SRRDC não foi desenvolvido para consoles ou PC, e sim para a pequena tela do portátil DSi, sem gráficos de alta definição (com excessão das artes durantes os diálogos, inexistentes no game original). Portanto, o jogo não preenche toda a tela da sua TV ou monitor, mas é possível jogar com bordas laterais ou mesmo esticar os pixels para tela inteira (com um resultado não muito agradável).

Ver os sprites estourados na tela pode parecer meio estranho no início, mas nós rapidamente nos acostumamos com o seu estilo “retrô” de gerações passadas, principalmente por que o seu design artístico é belíssimo. Cenários bem desenhados e coloridos, animações graciosas e personagens carismáticos recheiam todo o game, resultando em um belo visual para se olhar. MAS, faltou aqui uma opção em HD para jogadores mais exigentes, como por exemplo visto em “DuckTales: Remastered“.

Outro ponto de destaque é a trilha sonora, que tem aquela pegada eletrônica nostálgica e contagiante das gerações passadas e assim como todo o resto do game, tem fortes inspirações nos temas musicais árabes/persas. Por fim, o jogo não é muito longo, tendo cerca de cinco ou seis horas de duração, que pode aumentar consideravelmente se você quiser explorar todos os segredos do jogo.

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Márcio Pacheco

Márcio Alexsandro Pacheco - Jornalista de games, cultura pop e nerdices em geral. Me add nas redes sociais (links abaixo):

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