As avaliações de determinadas obras por especialistas são tão antigas quanto a própria Arte, já que as pessoas gostam de ter algum tipo de referência para saber se aquilo que ela vai consumir tem qualidade ou não. Os primeiros escritos do gênero que se têm conhecimento vieram da Grécia Antiga e se resumiam a dar opiniões sobre as obras daquele tempo.
Já a análise como vemos hoje em diversos canais (inclusive aqui na Gamehall) tem sua origem no século XVIII durante o movimento iluminista, onde intelectuais faziam análises críticas perante músicas, pinturas, esculturas, livros, etc.
Geralmente as opiniões, mesmo discordantes em um ou outro ponto, chegam a um consenso, resultando no que se chama de “senso comum“. No entanto, há casos em que os críticos “detonam” uma obra e ela é sucesso de público, enquanto outras são “aplaudidas” pelos especialistas, mas não despertam nenhum interesse do povo. Isso aconteceu algumas vezes com os games e, pensando nisso, decidimos selecionar 5 jogos em que os críticos e os jogadores tiveram opiniões diferentes.
OBS: Estamos utilizando o Metacritic como fonte e esse artigo foi escrito no dia 25/11/2022;
1 – Pokémon Violet (Switch)
Crítica: 75 pontos Jogadores: 3.5
O caso mais recente e que me inspirou a fazer essa lista, os jogos de Pokémon Violet e Scarlet foram elogiados pelos jornalistas devido ao mundo aberto, permitindo que os jogadores explorassem o cenário de forma não linear, resultando em uma experiência divertida, apesar de alguns erros gráficos e a falta de polimento. Já os jogadores reclamaram que os games vieram infestado de bugs, possuem visuais datados e que ele parece ter sido não finalizado para o lançamento. O ponto de encontro entre ambos os lados é que todos esperam um patch de correção para os erros.
2 – Call of Duty: Modern Warfare 2 (PS4)
Crítica: 86 pontos Jogadores: 4.7
Sendo muito bem recebido pelos canais importantes na época de seu lançamento, as análises apontaram que o CoD: MW2 se destaca pela história elaborada, o sistema de missões, um ótimo modo multiplayer, além de ser incrivelmente polido. Já os jogadores discordam, apontando que o modo para um jogador é curto demais, além de não apresentar nenhuma novidade em termos de gameplay quando comparado a lançamentos anteriores, sendo “mais do mesmo”.
3 – Sonic Unleashed HD (PS3)
Crítica: 54 Jogadores: 8.3
Invertendo as notas de lugar, o Sonic Unleashed para PS3 e Xbox 360 foi massivamente criticado pela inclusão do ouriço em sua forma de lobo com jogabilidade God of War. Alguns canais reclamaram da câmera falha, problemas de level design, e que o ritmo da aventura não é tão bom. No entanto, no longo prazo o game conquistou respeito de boa parte do público, que diz que ambas as jogabilidades, mesmo discrepantes, são divertidas, a história é bem desenvolvida para os padrões do mascote, e os visuais e a trilha sonora também são valorizadas.
4 – The Last of Us Part II (PS4)
Crítica: 93 Jogadores: 5.7
Universalmente bem recebido pelos críticos, o The Last of Us Part II foi elogiado pelos lindos gráficos, gameplay melhorado quando comparado ao primeiro, uma história envolvente e emotiva, e ser uma experiência interessante em todos os pontos. Já a audiência criticou severamente o próprio enredo, dizendo que o final é decepcionante, além de que um personagem em específico é retratado de modo caricato e desrespeitoso. Também apontaram que os personagens que retornam do primeiro game estão com personalidades e motivações bem diferentes, descaracterizando-os completamente.
5 – Destiny 2 (PS4)
Crítica: 85 Jogadores: 5.0
As análises do Destiny 2 apontam que o gameplay é excelente e viciante, sendo um FPS com brilho próprio e evoluindo bem perante o primeiro game. Fora personagens bem aproveitados, excelente modo multiplayer e trilha sonora excepcional. Já os gamers não ficaram tão entusiasmados, e as opiniões apontam que os gráficos não evoluíram do primeiro, o modo para um jogador não é tão divertido quanto o multiplayer, que a história é um pouco confusa, e que o game estimula uma “tonelada de microtransações desnecessárias”.
